Mesa de Bar

Lugar pra se falar sobre tudo e sobre o nada.

Minha foto
Nome:
Local: Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil

Sóbria, a maior parte do tempo. Na mesa de um bar me torno mais corajosa, mais sensível, mais emotiva, mais generosa. No bar e com umas cervejas a mais, as dúvidas se dissipam, as certezas afloram, as tristezas caem fora e a alegria reina. Sim, na mesa de um bar eu sou uma pessoa melhor do que fora dela.

quinta-feira, setembro 28, 2006

Choque pedagógico

Choque pedagógico é isso: conflito de interesses em sala de aula.
Eles resistem a aprender e você insiste em ensinar.
Eles não fazem esforço algum e você tem que se matar em dobro.
Você acha uó enrolar os alunos e eles acham tudo te enrolar.
Você tem o maior prazer em mostrar o que há de novo sobre determinado assunto e eles lançam o olhar mais enfastiado possível sobre todo o seu conhecimento acumulado.

E como eles são chorões!
Eles reclamam que têm muitas provas na mesma semana. (e o kiko?, pergunto eu)
Eles reclamam que o conteúdo da matéria é muito grande, (faço questão!, afirmo eu)
Eles reclamam que a biblioteca tem poucos livros (não posso fazer nada., lamento eu)
Eles reclamam que o tempo é curto (pra mim também., concordo eu)
Eu não lembro de ter sido assim chorona quando estudante, será que fui?

Ò, descoberta minha da semana: o Princípio Democrático de Direito não é aplicável em sala de aula. Por mais que me desagrade o papel, tenho que ser absolutamente centralizadora. Ou tudo vira bagunça.

Auto-ajuda e Marketing fabril

Parem já de falar mal dos livros de auto-ajuda, sim?
No outro dia conheci um cara (super mala-sem-alça, é verdade) que me deixou estarrecida ao contar que, aos 25 anos de idade, conseguiu superar sua gagueira de nascença graças a um livro de auto-ajuda do Lair Ribeiro.
Meus paradigmas e preconceitos foram terrivelmente abalados!
///---///---///---///

Acho que as confecções brasileiras estão aplicando o mesmo golpe das indústrias norte-americanas: abaixam a numeração das roupas para açular as consumidoras a comprar mais e mais.
Eu estou com o mesmo peso de sempre e sempre usei 38.
Só que agora os jeans 38 me caem quadril abaixo e eu tenho que apelar para os 36.
Em outro momento da vida eu até estaria feliz com isso, agora eu só quero é saber se estão me fazendo de boba.
///---///---///---///

Emo, eu?

terça-feira, setembro 26, 2006

Basquiat

O impacto de um murro na boca do estômago, com soco-inglês.
Este Pégasus é dos mais amenos e tranquilos. Mas tem crítica, raiva, sofrimento e denúncia criptografados.

Detalhe

Por aí...

"Estamos todos, filosoficamente, condenados à solidão."
Não deixa de ser verdade; mas uma boa companhia, de preferência na mesa de um bar, ajudar a aliviar a angústia existencial, né não?
///---///---///---///

Ser feliz é estar confortável no olho do furacão.
///---///---///---///

Veneno

- E Fulana? E Beltrana?
- São éguas passadas.
///---///---///---///

Todo mundo lembra ainda do filme Beleza Americana (American Beauty). Esse título é referência a um outro filme, de 1906, feito por Thomas Edison com duração de 1 min e que era usado para encerrar as exibições de cinema da época. O filme se chamava "Three American Beauties" e mostrava em sequência uma rosa, uma moça e a bandeira americana.
Esclarecedor, não?

Um ano...

T.E. Lawrence, nos seus anos de aviador, tinha uma moto a quem deu o nome de Boanerges: "Voz de Trovão". Ele a chamava carinhosamente de "Old Boa".

Saudades do velho e bom Boanerges...

segunda-feira, setembro 25, 2006

Punk

Frank Jorge: "Tenho pena dos rotwailers que se alimentam de poodles com gosto de shampoo."


huahuahuahuahua!

domingo, setembro 24, 2006

TPM

Sexta-feira: um dia de fúria. Vontade de jogar tudo pro alto e só fazer o que realmente eu gosto.
No dia seguinte volto ao normal e percebo feliz que entre as coisas que eu queria jogar pro alto está tudo o que realmente eu gosto.
///---///---///---///

Alimento o cérebro com migalhas, enquanto o coração passa fome.
///---///---///---///

Nada me apetece mais do que um gramado, onde eu me deite de barriga no chão pra ficar olhando as formiguinhas passarem. É que acabei de reler Manoel de Barros.
///---///---///---///

Primeiras Estórias (G. Rosa)

Que eu me identifico com algumas maluquices não é novidade.
Qualquer dia passo a mão em mim e numa canoa e me transformo na terceira margem do rio.
///---///---///---///

Quem gosta de roupas e de moda não pode perder “O diabo veste Prada”. Me diverti muito com este blockbuster. A Meryl Streep está ótima, me lembrou a Glenn Close em “101 dálmatas”.
Agora, tirando o glamour, o bom-gosto e a sofisticação, descobri que eu trabalho para uma Miranda Priestley de calças.

sexta-feira, setembro 22, 2006

Vindo das Fridas...

...todo pedido é uma ordem.


Se eu viesse com etiqueta, estaria escrito assim:

- Pode causar dependência física e emocional.
- Frágil. Manuseie com cuidado.
- Este lado para cima (às vezes). Outras, para baixo. Pode ser de lado também.
- Não empilhar. Não agüenta pressão.
- Manter longe do calor e da umidade, em ambiente arejado, com sombra e água fresca.
///---///---///---///

Se eu acho que o assunto Cicarelli na praia é um tema interessante para ser discutido por toda a nação e planeta?
Não.
///---///---///---///

A poderosa sou eu!
Eu sou a verdadeira Iansã, a Santa Bárbara, a deusa Ísis, a Senhora dos Ventos e Tempestades.
Exageros à parte, não tenham dúvidas que sou eu quem controlo o clima neste pedaço da Terra.
Vejam só: quando eu faço escova, começa a chover; quando eu marco depilação, desanda a fazer frio.

quinta-feira, setembro 21, 2006

Perdão

Foi a Fefê quem levantou a questão do perdão, há uns dias atrás. E me deixou remoendo o que eu já sabia, mas não consegui ainda pôr em prática.
É que é preciso perdoar. É necessário. Perdoar tudo, perdoar todos. Não pelos outros que eles, o mais das vezes, não merecem. Mas pela gente mesmo, que a gente merece conseguir perdoar.
Merecemos ser mais leves e livres. Viver sem essa carga de mágoa e rancor, de raiva e tristeza, que nos envenena a vida. Para dormir melhor, para respirar melhor, para sorrir melhor, para trabalhar melhor, para ter melhor e maior prazer em tudo.
Ninguém precisa ficar sabendo que se perdoou. Pode ser um segredo íntimo, mas que vai gerar uma onda de bem-estar perceptível.
Mas não é fácil, não é simples, por mais que eu ande me esforçando.
///---///---///---///

Abandono: uma jangada que sai sem você dentro dela.

Indecisão é quando você sabe muito bem o que quer, mas acha que devia querer outra coisa.

Solidão é uma ilha com saudade de barco.

Felicidade é um agora que não tem pressa nenhuma.

Ansiedade é quando faltam cinco minutos sempre, para o que quer que seja.”


Frases bacanas de Adriana Falcão. Dica preciosa da Fefê, minha personal edictor.

Antes e Depois


TUDO!




MEU EGO, ID E ALTEREGO!

Consumismo descontrol

Dá vontade de ter mais um filho, só pra comprar o enxoval aqui:
http://www.minihumanos.com.br/

(indicado pela Letícia do Nosso Cotidiano)
///---///---///---///

Eu não me garanto. Fico aqui posando de descolada, elogiando as fofas de Rubens e Renoir e achando pouco e bom o veto às magrelas de Madri. Mas na hora em que a chata do lado diz que acha que engordei um pouquinho, eu desisto incontinenti do bombom que estava prestes a comer.
Aliás, tem gente que não perde mesmo uma chance de ficar calada. Não deixa passar nenhuma oportunidade de ser desagradável. Me erra, mocréia.

quarta-feira, setembro 20, 2006

Hai Kai Astronômico

A Terra é azul
Marte é vermelho
E Plutão nem mais planeta é.
///---///---///---///

Ouvido de Passagem

- Coitada, ela está envelhecendo mal.
- É. E nós estamos envelhecendo más.

domingo, setembro 17, 2006

O bilhete

Estou emocionada, radiante, felicíssima! Hoje Laurinha escreveu, de livre e espontânea vontade, seu primeiro bilhetinho! Estou inchada de orgulho!
Ela tinha feito um bonequinho muito legal de massinha e colocou em cima da sua cômoda, pra enfeitar. Mas ficou com medo que, no dia seguinte, a faxineira o amassasse na hora de arrumar o quarto. Aí, de moto-próprio, pegou papel e lápis e escreveu sozinha:

NÃO MECHE
PU FAVO

Fui às lágrimas com esse lindo exemplo de boa literatura, elegância na escrita e clareza de idéias. Além, claro, da maravilhosa criatividade ortográfica!
///---///---///---///

As autoridades enchem a boca pra contar que o país já é auto-suficiente em petróleo.
Eu, que não entendo nada de economia, penso cá com meus botões que a gasolina então devia chegar um pouco mais barata aos consumidores brasileiros. Mas não, segundo quem entende do assunto, o presidente da Petrobrás, o que regula o preço da nossa gasolina é o mercado internacional de petróleo. Nesse caso, pergunto eu, caro por caro, não valeria mais a pena comprar de alguém e deixar o nosso petróleo como reserva estratégica para o futuro?

sexta-feira, setembro 15, 2006

Cartuns de Paulo Barbosa


Na próxima semana, vai ter uma exposição muito legal do cartunista Paulo Barbosa, um dos mais premiados nos Salões de Humor pelo Brasil afora. O cara, além de desenhista talentoso, é um crítico mordaz e engraçado da sociedade de consumo, da politicagem de baixa extração, dos maus-usos e costumes.

Cerveja gelada e bom-humor! Que mais alguém pode querer?

Siglas

Há tempos eu não ria assim, de doer a barriga e escorrer lágrimas.
Então o professor supra-careta resolve contar a novidade pra toda a equipe, talvez pra se livrar do estigma de supra-careta, sei lá.

- Sábado fui num bar LSD.
- LSD? Tavam distribuindo ácido?!
- Não, não, era um bar MST.
- Dos sem-terra?!
- Não, peraí, era um bar...err,...

E começou a zoação:

- Não era um bar DDT? Serviam inseticida?
- Ou talvez um bar DDD, cheio de telefones públicos!
- Mas com um ambiente DDI, privê!

Gargalhadas por todos os lados, o sujeito não conseguiu atinar com a sigla GLS.

Marcando território

Liguei pro celular de um colega de trabalho, a pedido do chefe, para saber uma particularidade qualquer do projeto comum. Atende uma voz feminina.

Eu: Boa tarde, queria falar com X, por favor.
Ela (com voz de má-vontade): Quem quer falar com ele?
Eu: Meu nome é M., trabalho com ele na UFMG.
Ela: O meu namorado está no banho. (Ênfase na palavra MEU)

Fiquei até com dó do cara. Essa aí deve marcar cerrado.

quinta-feira, setembro 14, 2006

O Papa quer ser pop

Ainda não engoli aquele lance do Bento XVI em Auschwitz. Pra mim foi coisa comercial, jogada pras câmeras. Como é que um sujeito, alemão, que viveu infância e adolescência durante o regime nazista, só agora, depois de virar Papa em pleno séc XXI, se lembrou de ficar horrorizado com o holocausto?
Não tenho a menor simpatia por esse Torquemada moderno.

Eu até gostava do João Paulo II, acho que seu maior defeito foi mesmo ter durado tempo demais.
///---///---///---///

Falando em Papas, todo mundo sabe que “nepotismo” vem do tradicional costume papal de empossar sobrinhos em altos cargos da hierarquia católica. O que não se fala muito é que boa parte desses “sobrinhos” eram na verdade filhos ilegítimos dos papas com suas muitas amantes, concubinas e teúdas-e-manteúdas.
O exemplo mais clássico é o do patriarca do clã dos Bórgia, o papa Alexandre VI. Tornou cardeais vários dos seus vinte filhos, deu aos outros títulos e rendas importantes e sua filha preferida, Lucrécia, foi uma das mulheres mais importantes e poderosas da época (além de perigosa).

O meu problema

Dá até arrepios quando alguém tem o despautério de me perguntar:
"Sabe qual é o seu problema?"


É claro que eu sei qual é o meu problema. Aliás, quais são os meus problemas, porque eu tenho vários ,um pra cada dia da semana, pelo menos.
Mas se eu não os resolvo, não é por não saber identificá-los, mas porque:


a) eu não sei a solução para eles
b) eu sei a solução, mas não tenho meios de alcançá-la
c) eu gosto de alguns problemas e não quero me ver livre deles

E, como a pergunta é retórica, antes mesmo que eu abra a boca, a pessoa já vai afirmando:
"É que você é muito..."

Mas a verdade é que a falha que me é apontada pela bem-intencionada pessoa, geralmente é problema dela, não meu. Ela é que não consegue viver bem com aquilo.
Eu não tenho nenhum problema em ser excessivamente crítica, ou exigente, ou racional ou um monte de outras coisas. Os outros é que têm problemas por eu ser assim. E portanto eles é que têm que resolver isso.

Aquilo que realmente me causa problemas, eu sei o que é. Mas mais ninguém ainda descobriu.

quarta-feira, setembro 13, 2006

Alejandra Pizarnik

“...la libertad absoluta de la criatura humana es horrible.”

(La condesa sangrienta, 1971)

-------

CARÊNCIA

Eu não sei de pássaros
Não conheço a história do fogo
Mas acho que minha solidão deveria ter asas.

(Las aventuras perdidas, 1958)

Tradução minha
---------

SOMENTE

já compreendo a verdade

estala em meus desejos

e em minhas tristezas
em meus desencontros
em meus desequilíbrios
em meus delírios

já compreendo a verdade

agora
vou buscar a vida.

(La última inocencia, 1956)
Tradução minha

segunda-feira, setembro 11, 2006

Moleque

Então eu fico aqui tentando fazer pose de fatal, misteriosa, exótica, aristocrática, feena e outras mistificações e vêm me dizer que tenho jeito de moleque. Humpf!

De volta ao Palácio das Artes

Pois tive que voltar ao Palácio das Artes neste fim de semana. Já tinha ido à abertura das exposições do Murilo Rubião e do Projeto Fred, mas estréia, vernissage, aberturas são eventos sociais em que se vai ver gente, conversar, parabenizar. Não dá pra prestar muita atenção nas obras expostas, por causa da multidão, do barulho, dos garçons metendo as bandejas na nossa cara o tempo todo, etc.
Valeu muito a pena ir lá de novo!

Na galeria Genesco Murta está a exposição fotográfica “Olhar Viajante”, com trabalhos de Frédéric de La Mure, fotógrafo oficial do Ministério das Relações Exteriores da França. Ele viajou pelo mundo inteiro acompanhando delegações diplomáticas e, nas horas de folga, saía pelas cidades fotografando o que encontrava de interessante. Ele podia ter caído na tentação fácil de fotografar os pobres e miseráveis do planeta fazendo cara de tristeza e desespero, bem ao estilo Sebastião Salgado. Mas ao contrário, fotografou as pessoas tal como elas são no dia-a-dia: às vezes tristes, às vezes alegres, ás vezes cansadas, às vezes apressadas, tranqüilas, etc. Gostei demais!

Na galeria Mari’Stella Tristão foi montada a exposição multimídia “Muriliana”. Estão expostas peças e objetos do acervo pessoal do escritor, assim como obras de artistas contemporâneos que interpretam de alguma maneira os contos e o mundo do realismo fantástico que ele construiu. Tem de um tudo: pinturas, desenhos, quadrinhos, vídeo-montagens, instalações. De encher os olhos! Adorei também!

E por fim, mas não menos importante, na sala Arlinda Côrrea estão os magavilhosos tapetes do Projeto Fred, sob a batuta da magavilhosa Pattylda. Tudo lindo, colorido, alegre, pop, divertido! A composição de bichinhos me deixou alucinada, vontade de levar pra casa e pôr no quarto das meninas. E os vestidos de tapeçaria? TUDO!!! E os puffs? Me deixaram cheia de inspiração decorativa para minha sala de jantar...Vale demais ir lá ver os tapetes e vir aqui conhecer o projeto.
Pattylda, irmã-sister, me orgulho demais de vc! Encho a boca para dizer que tenho uma amiga que expõe até no Palácio das Artes!
///---///---///---///

No outro dia me disseram que não posso avaliar a qualidade de uma obra de arte pelo meu critério “vontade de levar pra casa”. Pura bobagem!

A minha vontade de levar para casa é regida por uma série de critérios rigorosíssimos, que levam em conta a singularidade da obra (ou a criatividade do artista), o acabamento técnico (ou a habilidade do artista), o contexto social, histórico, econômico e o escambau em a obra em questão foi criada, a sensação de beleza (ou outra sensação qualquer) que aquilo me transmite e otras cositas más.
Eu só resumo, numa única expressão, a minha aprovação estética.

TV ligada

Já tinha um bocado de tempo que eu não assistia o Jornal Nacional. Fui ver este sábado e fiquei impressionada. O editor daquele noticiário é o próprio Dr. Pangloss e através dele eu constatei que vivemos no melhor dos mundos possíveis. Ou isso ou realmente não tem acontecido nada de importante no planeta.
Nós vamos bem no vôlei feminino, a Fórmula 1 continua mais ou menos na mesma, temos muitos jogos de futebol, o Papa viajou e falou as mesmas coisas de sempre, os candidatos estiveram aqui e ali e disseram isto e aquilo.
Então, tá. Nada de novo no front. São oito e meia da noite e está tuuudo bem.
///---///---///---///
Todos os candidatos afirmam que saúde, educação, segurança, desenvolvimento e cultura serão prioridades no governo deles. Alguém devia ler para eles a definição no dicionário da palavra "prioridade".
///---///---///---///
Continuo amando o Hilário Eleitoral Gratuito.
Os versinhos de pé-quebrado são o que há:
" Vote sem medo e sem dó,
Vote Nenén da Vovó."
E os nomes são tudo de bom:
Nenén da Vovó, supracitado
Zé Coador
Zói Bad Boy
Jorginho do Orkut
E quando eles resolvem fazer discursinhos de 10 segundos, saem estas pérolas:
"Eu sou a única esperança de Minas Gerais"
"Discordo com tudo isso"
E somos nós que pagamos esse horário eleitoral. Tem que rir pra não chorar.
///---///---///---///
Já decidi meu voto pra presidente, governador e deputado federal.
Mas ainda não tenho candidato a Senador. Sou capaz de votar até no Eliseu, só pra não deixar o Newtão ganhar. Já pensou o vexame pra Minas Gerais se esse homem é eleito?
Pra dep. estadual também não tenho nenhum nome, acho que vou votar na legenda.
///---///---///---///
Cês viram a entrevista do Clodovil, candidato a deputado federal por SP, na Folha de ontem?
Esse Clô, vil, ainda será processado por racismo. Fiquei com horror do cara, e olha que eu antes até me divertia com sua afetação.
///---///---///---///
Tenham uma semana feliz!

sexta-feira, setembro 08, 2006

A criança diferente

A Ju contou que a Natália, filhota dela, se vê diferente das outras crianças. E me fez lembrar que eu também era uma criança "diferente" de todas as outras.
Uma vez, na quarta-série, a professora mandou escrever uma redação cujo título seria "A viagem dos meus sonhos". Dos 30 pirralhos em sala de aula, eu era a única que não queria ir pra Disneylândia. Eu queria escalar o Monte Kilimanjaro, na Tanzânia.
E, sim, a África continua nos meus sonhos.
Outra vez, já não lembro em que série, tínhamos que descrever um piquenique. Houve vários piqueniques na praia, na fazenda, no parque. Eu descrevi um piquenique no inferno, com suco de lava e bolinhos de brasa servidos por diabinhos de espeto na mão.
Influenciada por Enid Bluton desde a mais tenra infância, eu tendia a escrever redações que eram mini-contos de mistério e suspense, enquanto meus coleguinhas se satisfaziam em contar como tinham passado as férias no sítio do vovô.
Felizmente, na época as professoras eram menos psicoanalíticas do que hoje, ou teriam chamado meus pais para uma conversa, sugerido problemas de fundo emocional e eu teria enfrentado, em vão e precocemente, o divã.

Passando a borracha

Eu tenho um blog super hiper ultra mega plus legal! Nele não cabem cretinices alheias, só as minhas próprias. Portanto, post apagado e bola pra frente.
Amigas lindas, obrigada pela força!
///---///---///---///

Quem avisa, amigo é:
não percam seu precioso tempo e dinheiro assistindo "O sabor da melancia".
O fato do filme não ter nenhum diálogo não chega a ser defeito; passa-se bem sem eles.
O diretor fez algumas tomadas muito interessantes, ângulos inusitados, imagens incomuns e até bonitas.
O problema é que ele pesou demais a mão no deboche. Ficou de mau-gosto, exagerado, over. Não sou de maneira nenhuma contra o humor, em qualquer situação. Acho que pode-se rir de tudo, mesmo dos sentimentos mais íntimos e das percepções mais delicadas. Mas com certos temas, é preciso inteligência e sutileza, senão a coisa cai no escracho e na escatologia. E aí eu, pessoalmente, não gosto.
///---///---///---///

Tenham todos um ótimo feriado! O meu vai ser muito produtivo: trabalhando, para adiantar o serviço da próxima semana.
///---///---///---///

OUVIDO DE PASSAGEM:

- Nossa existência será dada em sacrifício.
- Hein?
- Tamo fudido.
- Ah, entendi.

segunda-feira, setembro 04, 2006

Convite Imperdível


Este foi a Fefê quem mandou. E a exposição vai ser ainda mais especial porque tem a participação dela.

domingo, setembro 03, 2006

Tudo o que rolou no fim de semana

O pão integral ficou ótimo, sovado a seis mãos! Elas amaram fazer a massa, acompanharam com curiosidade o crescimento (aliás como cresce, em 40 min triplica de tamanho, leveduras saradas aquelas) e comeram com gosto.
A bagunça e lambança na cozinha nem foram tão grandes assim. Aproveitei a mão-de-obra infantil para evitar aqueles serviços que eu detesto, como untar a assadeira, coisa que elas adoraram fazer, ficar com as mãos engorduradas.
Como a prática leva à perfeição, da próxima vez vou fazer com recheio de alguma coisa (passas, aveia, ainda não sei). Fiquei me sentindo um pouco picareta por usar massa pronta, mas já pesquisei algumas receitas de verdade na internet, fáceis de fazer, e estamos prontas para abrir uma padaria aqui em casa, hehehe.
///---///---///---///

Espestapamospos crapraquespes napa línpinguapua dopo pepe.
///---///---///---///

“Nunca fique do lado dos donos do poder.” Maria da Conceição Tavares
///---///---///---///

A única coisa realmente democrática que já houve no mundo foi a varíola.
///---///---///---///

Fomos ver o desenho “A Casa Monstro”. Bibi ficou com medo, Laurinha não se interessou e eu achei chatérrimo. Não recomendamos.
///---///---///---///

Patty Shopping Show, ícone do glamour belorizontino, avisa que vai ter exposição no Palácio das Artes do Projeto FRED, a partir desta segunda-feira.
Tapeçarias modernas, coloridas, alegres, hypes, super-hiper-mega-plus luxo. Vou levar as meninas, claro, que gosto é algo que não se discute, mas bom-gosto é algo que se aprende e se cultiva desde o berço.

Aliás falando em luxo, Pattylda, cê viu nossos ídolos TLF no Estado de Minas? Anunciando o show na Utópica!
Morrrrrdam-se de inveja, eu e Pattylda somos fãs VIP da melhor banda da cidade, tá boa?
///---///---///---///

Eu reclamo tanto do big boss e ele vai e me cobre de elogios, oficialmente, ali, no papel. Vontade de morder a língua.
///---///---///---///

Ontem:
“Pourquoi suis-je si belle?
Parce que mon maître me lave.” Eluard

Hoje:
“Le squelette était invisible
Au temps heureux de l’art païen.” Gautier
///---///---///---///

É a segunda vez que vêm me dizer que pareço uma musa existencialista, saída de um filme. Deve ser por causa dos óculos, só pode. Se eu tivesse saído de algum filme seria de uma comédia pastelão. E com uma torta na cara.

///---///---///---///

Este bar recebeu duas mil visitas em um mês.
Tá ruim não, né?

sexta-feira, setembro 01, 2006

Utilidade pública

De Xico Sá, do Blônicas ( http://blonicas.zip.net/. )

"Catalogando os machos -utilidade pública para as fêmeas

Os homens são todos iguais, já sabemos. Alguns, no entanto, são bem mais perigosos que os outros. Eis alguns tipos que merecem cuidados especiais:

Homem-bouquet - aquele macho que entende de vinhos finos, abre a garrafa, cheira a rolha, balança na taça, sente o "bouquet" da bebida... Reúne os amigos para aporrinhá-los com o tal "bouquet"... O mesmo elemento costuma apreciar também o que ele chama de "um bom jazz", uma "música de qualidade"... Corra, Lola, corra de criaturas desse naipe.

Homem-hortinha _ Aquele mancebo que, ao receber as moças elegantemente para um jantar, usa o manjericão cultivado na própria hortinha que mantém no quintal ou na área de serviço. Cultivar o próprio manjericão não é exatamente o defeito do rapaz. O problema é que ele passa duas horas a discorrer sobre o cultivo da hortinha, os cuidados, o zelo, uma chatice só, para não dizer outra coisa. Corra, Lola, corra, enquanto é tempo!

Homem-do-predinho-antigo _ Aquele sujeito que ou é gay ou é um metrossexual enrustido. O pior não é habitar um predinho antigo. O que dói é quando ele pronuncia, como toda a afetação desse mundo, que mora num "predinho antigo, charmoso". Você entra lá e avista logo umas revistas chiques estrangeiras espalhadas pela sala, tipo "ID", "Wallpaper" e quetais. O cara entende de iluminação indireta, tem cada abajur que só vendo. Fuja Lola, fuja.

Homem-Ômega 3 - Trata-se do camarada-saúde, preocupado em combater os radicais livres e encher o saco da humanidade com as suas receitas, dietas e bulas. Adora um salmãozinho, que ele pronuncia "salmon", claro, como os mais frescos exemplares da raça. Voa Lola e não se fala mais disso.

Homem-ONG - O sujeito oenegê é o que há. Todo politicamente correto. Adora um abaixo-assinado, uma passeata, e está sempre morto de decepcionado com o governo, qualquer governo. Sim, ele acredita na humanidade, na responsabilidade social, no terceiro setor... Se você reparar, ele quase levita, de tão puro, de tão bom. Dá um "ninja" nele e some, Lola, some que é roubada-mor.

Homem-chorinho - Ele odeia tudo que é do estrangeiro, mesmo que seja um velho e bom rock´n´roll do Lou Reed ou do Elvis _tanto o rei como o Costello. Mas é capaz de passar horas, dias, quinzenas, como se estivesse numa festa igual à do filme "Anjo Exterminador" (de Buñuel), só ouvindo uma "MPB de qualidade" ou "zum de besouro ímã" do gênero. Finja que vai no banheiro, Lola, e dê área."

HUAHUAHAUHAUHAUHAUHUAHUAHUA
E quando o homem acumula numa única persona as chatices do Hortinha, do Bouquet e do Homem-ONG?
Pica a mula, Meg, pica a mula
Azula no cerrado, Meg, azula no cerrado

Só uma observação: se os homens são todos iguais, quero um com a cara do Brad Pitt, a conta bancária do Bill Gates e o cérebro do Stephen Hawking!