Mesa de Bar

Lugar pra se falar sobre tudo e sobre o nada.

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Local: Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil

Sóbria, a maior parte do tempo. Na mesa de um bar me torno mais corajosa, mais sensível, mais emotiva, mais generosa. No bar e com umas cervejas a mais, as dúvidas se dissipam, as certezas afloram, as tristezas caem fora e a alegria reina. Sim, na mesa de um bar eu sou uma pessoa melhor do que fora dela.

sábado, dezembro 30, 2006

Adeus Ano Velho

“E o que me diz dos santos, tão mansos e tão quietos, e das virgens cobertas de mantos? Se não fosse pelos anjos e uma ou outra pomba, eu preferiria os demônios, embora estes também, com suas asas de morcego, tridentes e rabos, evidentemente sejam concepções de uma mente espalhafatosa e de mau-gosto.”
Adolfo Bioy Casares
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Temos que ter a humildade de admitir que a verdade não é privilégio dos grandes livros ou dos grandes pensadores. A verdade fala pela boca dos inocentes (crianças ou tolos). E pode ser encontrada até onde é menos esperada.
E uma das grandes verdades universais é esta:
“Quem nasce mané, cresce mané, morre mané.”
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Fiquei surpreendida com as coincidências cronológicas que unem Alena, Monix, Fefê e eu.
Acho que é porque 2005 foi o ano do Macaco e a vida nos mandou uma banana.
Já 2006 foi o ano do Cachorro e nós aprendemos a roer o osso, ficar atentas, farejar em torno e abanar a cauda ou mostrar os dentes, conforme a ocasião.
Bem, 2007 é o ano do Porco (ou javali). Acho que é um inconfundível sinal do cosmos nos orientando para, no próximo ano, nos jogarmos na lama, ficarmos roliças sem culpa e fuçarmos a vida à vontade!
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Parece mesmo que 2007 vai começar melhor do que 2006.
Afinal, Pinochet morreu, Saddam foi morto e Fidel não anda se sentindo mesmo muito bem.
Só faltou o Bush.

Não sou uma pessoa ruim. Não fico feliz com a morte de ninguém, mesmo dos crápulas. Mas acho mais seguro um mundo sem essas pessoas.

quinta-feira, dezembro 28, 2006

Mau Humor em Gotas

Lembram dos tempos da escola, que tinha aquele garoto no fundo da sala que ficava rabiscando garatujas na última folha do caderno?
Pois é, o garoto cresceu, virou um artista de verdade, colocou seus desenhos num monte de jornais, publicou seus próprios livros de quadrinhos e charges, ganhou um tantão de prêmios em Salões de Humor nacionais e internacionais e, finalmente, após a desesperada insistência dos milhares de fãs, resolveu fazer um blog
.
E ele não só é talentoso, divertido e inteligente mas ainda consegue tempo para ser liiiiiindo e fazer mestrado em cinema.
Ui, esse moço é assim, uma coisa...

quarta-feira, dezembro 27, 2006

Playground dos velhinhos

Ali na praça JK foi inaugurado o "Playground da Longevidade". Um monte de aparelhos de ginástica para a terceira idade, presente de uma grande rede de drogarias para os coroas.
Eu sou mesmo muito chata e acho que, numa praça que não tem brinquedos para as crianças, um playground infantil devia ser prioritário.
Tirando a minha rabugice de mãe, eu fiquei pensando se aquilo não seria um verdadeiro perigo para os velhinhos que fazem caminhada por lá. Testei os aparelhos. Alguns exigem agilidade e flexibilidade que não sei se todos os idosos terão bastante. Tem um negócio que simula andar de esqui e outros que você tem que virar e se contorcer pela cintura e outro que é para alongar as pernas, mas que se você não tomar cuidado acaba quase fazendo uma abertura completa. E, claro, não tem nenhum instrutor, nem garantia de manutenção dos aparelhos.
A grande rede de drogarias pode ser processada se acontecer algum acidente, inclusive cardiovascular?
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Uma parte de mim sempre se decide pela vida e pela alegria.
A outra parte fica se perguntando porquê.
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Adolfo Bioy Casares. Estou lendo suas "Histórias Fantásticas" e adorando!
Ele não tem a mestria das palavras nem a erudição do seu ídolo Borges, mas é muito muito muito mais bem-humorado e divertido!

Natal e urubus

O Natal foi muito bom, não ocorreu nada de realmente extraordinário e por isso mesmo foi muito bom.
Meus pais, minhas filhas, meus irmãos, meus sobrinhos, minha cunhada e só. Éramos doze e tava bom.
Nos empaturramos de peru, pernil, doces e vinhos e tava tudo muito bom.
Demos uns aos outros presentes fofos e todo mundo achou bom (menos o meu sobrinho mais velho que não gostou do livro que eu dei, porque ainda não sabe ler direito. Toma, tia distraída, fez o menino chorar).
As crianças brincaram sem brigar, os adultos discutiram sem brigar e felizmente não temos adolescentes na família.
Saí de lá mais gorda, mais feliz e satisfeita com meus novos brinquedos.
Espero que todos tenham passado um bom Natal também!
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Na estrada, Laurinha vê, pela janela do carro, os urubus voando em círculos:
- O que os urubus comem, mamãe?
- Bichos mortos, filha.
- Então os bichos mortos deviam fingir de vivos para escapar dos urubus.
-HUAHUAHAUAHUAHAHUAUHUAHAUH

Tive que parar o carro no acostamento, senão eu batia de tanto rir.

sexta-feira, dezembro 22, 2006

Não se preocupem.

Já passou.
E mesa de bar não é muro das lamentações, portanto, post apagado.
Nada mais uó do que bêbado deprimido.

Feliz Natal, Mundo!

terça-feira, dezembro 19, 2006

Mea Culpa

Deve ser porque o Natal está próximo e a carola que há em mim começa a se manifestar.
Fico pensando nos meus erros e o quanto eles são (ou não) realmente errados. E acabo pensando, obviamente, em termos cristãos, ou mais exatamente, católicos, que é a única religião que conheço de perto.
Então chego à conclusão que se eu não vou diretinho pro paraíso, igual a um foguete, não é por culpa minha. A culpa é de existirem pecados demais e maneiras demais de cometê-los. São sete pecados capitais e quatro maneiras de cair na esparrela (pensamentos, palavras, atos e omissões). O que nos dá exatamente 28 via expressas para o inferno ou pelo menos para o purgatório.
Deviam ao menos desconsiderar os pensamentos, o que já aumentaria substancialmente as chances de algum dia o Céu ter quórum. Ou pelo menos as minhas chances de lá entrar. Porque os pensamentos são de fato a minha fraqueza. Não há um só dia em que, mentalmente, eu não caia em todas as tentações.


Não há dia em que eu não pense em mandar alguém se danar. Ira.
Não há dia em que eu não pense, ao menos rapidinho, em, ao menos, uma rapidinha. Luxúria.
Todos os dias tenho vontade de comer chocolate e outras delícias. Gula.
Todos os dias procrastino alguma tarefa chatinha. Preguiça.
Todos os dias me acho um must. Soberba.
Com o dinheirinho contado, me doem todos os gastos não essenciais (e até alguns essenciais). Avareza.
“E não há mendigo que eu não inveje só por não ser eu.” Inveja. *

Atos, palavras e omissões podem prejudicar as pessoas, mas eu não faço mal a ninguém pecando em pensamentos, faço? Até porque não se exerce grande controle sobre eles.
Podiam aliviar essa.

* Fernando Pessoa

domingo, dezembro 17, 2006

Diálogos

Como escolher um filme

- O que está passando de bom no cinema?
- Tem o Caminho para Guantánamo, O ano em que meus pais saíram de férias, Uma verdade inconveniente.
- Ah não, tô com preguiça desses filmes.
- Por que?
- Excesso de consciência. Preciso é de uma boa dose de evasão acrítica, escapismo e alienação.
- Então, O Ilusionista?
- Bora lá.
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Laura, com as mãos em concha, vazias:
- Mãe, esse aqui é o meu bichinho de estimação.
- Humm, um bichinho imaginário, né filha?
- Imaginário nada! Ele é real, só que é invisível. Só porque você não vê não quer dizer que não existe.
- “O essencial é invisível aos olhos”.
- O quê, mãe?
- Quando você for Miss vai entender.
- Hã?
- Me lembra desta noite eu ler “O Pequeno Príncipe” para vocês.

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La mala educácion

_ Meninas, vamos nos acostumar a falar sempre baixinho, em vez de gritar?
_ Porque nós somos três mocinhas bem-educadas, né mãe?
_ Isso filha!
_ Mas só de mentirinha, né mãe?
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Entre amigas:

- Ontem nós fomos pro Café Tina, de lá pra Baiana e depois pra Obra.
- Roteiro ótimo, supertradicional!
- E coerente.
- É, vocês foram assim, num crescendo.
- Ou, sob o ponto de vista da lama, num afundando.

sábado, dezembro 16, 2006

Fim de ano

O ano está no fim e é inevitável fazer aquelas reflexões de praxe sobre o que se passou e o que está por vir:
2005 foi um ano de muitas perdas
2006 foi um ano de grandes definições
2007 há de ser um ano de conquistas importantes
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Melhores momentos da prova final:

“O aumento no buraco negro da camada de ozônio irá causar...”

“A eutrofização ocorre devido ao desmatamento das espécies aquáticas.”
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Poeminha de presente para o amigo astrônomo.
(M., lembrei de você na hora!)

Quem sabe? (Luiz Fernando Veríssimo)

Diz a mecânica quântica
que as partículas atômicas
se comportam de um jeito
quando são observadas
e de outro quando estão sós
(como, aliás, todos nós).
E quem nos assegura
que o Universo que está aí
não é como aí está
quando ninguém está olhando?
E que quando os astrônomos
se viram do telescópio
para a prancheta
o Universo não faz
uma careta?

sexta-feira, dezembro 15, 2006

Trivial variado


Invejo as pessoas que têm grandes certezas na vida.
Mas acho mais interessantes as que têm grandes dúvidas.
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Ouvido de passagem:

- Vai com aquela sandália e a bolsa nova, que tal?
- Amigan, em termos de complementos e acessórios o que ia cair matando era um bofe magavilhoso pendurado a tiracolo.
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Eu amo ser professora.
Não o tempo todo, que tem horas que os alunos são um saco. Mas a maior parte do tempo eu amo. E tem momentos em que eu amo ainda mais.
Como quando, pela segunda vez, algum vem me dizer que minhas aulas o ajudaram muito a ser aprovado no mestrado.
Ou quando, de olhos brilhantes, fitando o quadro, uma aluna diz: "Puxa fêssora, nunca tinha pensado nisso antes".
Ou quando outra vem me dizer que fiz "milagre": consegui fazê-la gostar de ecologia.

Nessas horas eu tenho vontade de gritar de alegria, um verdadeiro orgasmo intelectual, tal a sensação de plenitude e felicidade. Me controlo pra não lhes dar um beijo estalado na testa.
Uns queridos, esses meus alunos!
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Eu acho que, para o Carnaval, a decoração natalina da Praça da Liberdade está muito adequada.
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E aquele novo 007? É o James Bond depois de um implante facial? Tá faltando homem bonito em Hollywood?
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Em BH:
Não se esqueçam que esta semana começa a exposição da Camille Claudel no Museu de Artes e Ofícios.
E que abriu um novo museu na av. Afonso Pena. O Museu do Brinquedo, com um acervo de 5.000 peças antigas.
E que dias 16 e 17 vai rolar o V Vende-se Moda, ali no Sion, com programação cultural e produção alternativa.
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E ainda dizem que em BH não tem nada pra fazer, nem onde ir, nem coisas pra ver.
Aqui tem muita coisa legal acontecendo sim. O problema é que é tudo meio mal divulgado e as pessoas têm preguiça de correr atrás da informação. Preferem ficar esperando a informação vir até elas.
E aí passam o domingo vendo televisão e reclamando que BH é uma roça iluminada.

quinta-feira, dezembro 14, 2006

And the loser is...

O Esporte briga com a Cultura e quem se fode é... a Ciência e Tecnologia!
O lobby dos esportes queria que projetos esportivos também fossem contemplados na Lei de Incentivo à Cultura, que permite que empresas deduzam até 4% do imposto em projetos culturais (teatro, cinema, livros, etc). Aí os artistas deram a grita, porque isso ia reduzir os incentivos que eles recebem.
O que faz o governo?
Resolve tirar parte da cota reservada aos programas de inovação científica e tecnológica para dar aos Esportes!
(outra parte vai vir da concessão do tíquete alimentação para o trabalhador)

PQP pra eles todos!

Tá todo mundo vendo, né?

Então, aumentar salário mínimo pra R$375,00 eles não podem, mas dobrar, eu disse DOBRAR, o próprio salário, tudo bem!
Corja, cambada, nojentos, malfeitores.

http://ultimosegundo.ig.com.br/materias/brasil/2627001-2627500/2627155/2627155_1.xml

O próximo monumento público a ser construído em Brasília devia ser uma guilhotina. Bem na porta do Congresso.

SE JOGA!!!




Festa luxo da diva Pattylda, marquem nas agendas:

dia 22 de dezembro (sexta-feira), no Mary in Hell (ali na Prof. Morais), a partir das 23:00h.
Traje: EXAGERADO (vale plumas, lantejoulas, purpurina e plataformas).
Vai ter pocket show, ótema música, os melhores DJs, as figuras mais figuras da cidade.

Eu já fui no sacolão escolher a minha melancia pra pendurar no pescoço!

quarta-feira, dezembro 13, 2006

O ilustre desconhecido

Não é horrível a falta de tato de boa parte das pessoas quando nos apresentam um quase-famoso?
Quase-famoso é aquela pessoa que se destaca e é reconhecida no círculo do seu métier mas cujo nome não diz nada à maioria, não chega a ser famoso.
É sempre assim:
- Meg, deixa eu te apresentar o Fulano de Tal.
- Prazer, Fulano de tal.
- Prazer, Meg.
- Você já conhecia o Fulano, né?
- Não, acabei de conhecer.
- Mas já ouviu falar dele, né?
(começo a sentir que piso em terreno minado)
- Não, acho que não.
- Mas ele é O Fulano de Tal, autor do livro/filme/música/programa "Qualquer Coisa". Disso você já ouviu falar, não?
- Bem, eu... err... na verdade, não.
Nesse momento, só há uma pessoa no mundo mais sem graça do que eu: o próprio Fulano de Tal. Nós dois só queremos que a tortura se acabe logo. A minha ignorância e a sua falta de projeção nos humilham igualmente.
A única maneira de sair com a dignidade de ambos intacta é apelar para o humor. Dou o meu sorriso mais simpático e digo:
- Fulano, não é desmérito seu ou da sua obra. É que eu sou alienada mesmo, não leio jornais, nem revistas, não acesso internet, não saio de casa, não falo com ninguém. Mas me conta: é sobre o quê mesmo o seu livro/fime/programa?
O constrangimento diminui, as pessoas riem e dá pra começar uma conversa de verdade.
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No último domingo, eu perambulava por uma exposição de fotos no Palácio das Artes, quando um desconhecido esquisitão veio falar comigo:
- Você vai no show do Chico?
- Não.
- Por quê não?
- Vou ao cinema. (eu, achando tudo muito estranho)
- Ah tá. Posso te dar um autógrafo meu?
- hã?... é... pode.
Enquanto ele rabiscava num papel fiquei olhando pra cara dele. Será que não reconheci uma celebridade? E por acaso, celebridades oferecem autógrafos?! Nunca o vi mais gordo nem mais magro. O autógrafo também não me disse nada: um rabisco ilegível. Agradeci (nem sei porque) e ele foi sentar numa mesinha do café.
Aí chegaram os amigos que eu tava esperando. Discretamente contei o caso e mostrei o cara. Ninguém conhecia, ninguém conseguiu ler o nome.
Então é isso: virei pára-raio de maluco!

terça-feira, dezembro 12, 2006

Nomes próprios

Depois de dar aula por algum tempo, começo a achar que já vi de tudo em termos de nomes próprios.
Já tive uma aluna chamada Disneilândia e outra chamada Odisséia (sempre tive vontade de perguntar pra Odisséia se ela não tinha uma irmã chamada Ilíada).
Já conheci uma Flordelys (assim mesmo, tudo junto, numa palavra só).
Agora conheci uma Maria Flor de Maio da Silva e um Matos Além da Silva (Matusalém deve estar se contorcendo no túmulo, ou de riso ou de horror). Os sobrenomes foram trocados para proteger a identidade das pessoas hahahaha
Isso pra não falar de nomes que são uma combinação quase aleatória de sílabas resultando em casos como:
Valdenilson, Wanderlan (wonderland seria a intenção?), Kalyne, Claudismeire, etc.
Valha nos o bom gosto e o bom senso. Alguns pais não têm noção.

Mas sabem, Maria Flor de Maio eu nem achei tão feio!

sexta-feira, dezembro 08, 2006

Papai Noel dos Correios

Ontem fui aos correios fazer a minha boa ação de Natal. Eu contava pegar uma meia dúzia de cartinhas com pedidos singelos, acrescentar um presentinho a mais ao pedido e fazer algumas crianças sorrirem.
Doce ilusão. As cartas com pedidos singelos já foram escolhidas por outras pessoas. As que estão lá, e são milhares, têm desejos muito mais complexos. Fiquei mais de hora procurando entre as cartas e concluí que 99,9% das crianças querem é: patinetes e bicicletas, laptops da Xuxa, videogames PlayStation 2, celulares que tiram fotos e DVDs. Ninguém pediu um simples carrinho HotWheels ou uma simples boneca Barbie, o que eu até poderia dar. Com muito custo, encontrei um garoto que queria um skate. Bom, isso eu posso comprar!
Algumas pessoas ao meu redor reclamaram das ambições das crianças e isso me incomodou. Afinal são só crianças e não é por serem pobres que não têm o direito de sonhar e desejar um presente bom e caro.
Mas também entendi e senti a frustração dessas pessoas. Entre os que escolhiam as cartinhas como eu, ninguém tinha cara de estar podendo muito: nenhum engravatado, nenhuma madame. Todos com jeitão de classe média assalariada que sofre pra pagar as contas. Todos estavam dispostos a contribuir de alguma forma para um Natal melhorzinho, mas sentiam-se desanimados em gastar cerca de 200 reais, ou mais, com um presente para uma criança desconhecida.
Mas enfim, é a vida. O Rudiery vai ganhar o seu skate e os outros vão achar papai Noel um tremendo mão-de-vaca.

quarta-feira, dezembro 06, 2006

Papai Noel dos Correios

Recebi este e-mail de uma colega e achei a idéia ótima!

"Amigos do coração,
Que tal ir à agência dos Correios da Av.Paraná, 477 (Belo Horizonte) e pegar uma das milhares de cartinhas de crianças pobres e ser o Papai ou Mamãe Noel delas?
Tem cada pedido inacreditável!!
Tem criança pedindo um panetone, pirulito, uma blusa de frio para a avó ou material escolar.
Repasse esta idéia!
É só pegar a carta, de acordo com suas possibilidades, e entregar o presente em uma agência do correio até dia 20 de Dezembro.
O próprio correio se encarrega de fazer a entrega.
DIVULGUE!!!"

Desmaio

Sempre me deixou curiosa o fato das mulheres desmaiarem tanto nos filmes de época e na literatura do séc XIX. Era só ficarem um pouquinho emocionadas e pluft... desmaiavam!
Como nunca vi ninguém desmaiar, mesmo quando extremamente emocionada ou irada ou nervosa, eu ficava pensando se aquelas mulheres do passado não estavam simplesmente fingindo, fazendo chantagenzinha emocional e talz.
Só no outro dia é que eu descobri o fato científico por trás do glamour* do desmaio.
A culpa era dos espartilhos! As mulheres espartilhadas respiravam apenas com o terço superior dos pulmões, não ocorria respiração abdominal. Num momento de grande intensidade emocional, o corpo tem necessidade de hiperventilação, a gente fala de maneira um pouco ofegante quando está com muita raiva, ou muito desesperado, etc. Aí acontecia dessas mulheres não conseguirem suprir o corpo com o oxigênio necessário, ocorria um déficit de oxigenação no cérebro e elas, pluft... desmaiavam.
Aliado ao espartilho estava o fato de que elas, por excesso de repressão da época, ficavam muito mais facilmente alteradas do que nós, e por muito menos motivos. Era a tal da histeria, que Freud tão bem explicou.

Aliás, dizem os especialistas que aquela história das bruxas de Salem foi um caso de histeria coletiva feminina, causado por uma sociedade hiper-repressora.

* Glamour, sim! Quem é que nunca se postou na frente de um espelho e com a mão na testa não deslizou gretagarbianamente sobre o sofá, simulando um desmaio cinematográfico?

Utopia

Entre as minhas grandes decepções literárias, posso colocar agora a Utopia de Thomas More (ou Morus, pra quem não perde o seu latim).
Talvez seja culpa minha, que tinha grandes expectativas e imaginava encontrar um tratado de sócio-política-economia renascentista. Mas a obra é de um simplismo e ingenuidade que chega a irritar. A complexidade social das relações humanas e a heterogeneidade de personalidades não são minimamente considerados. A população de Utopia tinha que ser toda lobotomizada para conseguir viver ali, com tanta paz e harmonia.
Isso para não falar das contradições: pena de morte pelos motivos mais fúteis, a falta de liberdade de ir e vir, a escravidão, o determinismo social, entre outros.
Eu não sei como esse livro ficou tão famoso, a ponto de ser referência ainda hoje. Só pode ser porque hoje ninguém o lê. Na minha opinião, deveria ir para as estantes da categoria infanto-juvenil das livrarias.

terça-feira, dezembro 05, 2006

Sessão infantil

Acontece que perdi o Festival Internacional de Cinema Infantil. Não consegui levar as meninas em dia nenhum. Pena.
Mas temos ido com frequência às sessões comuns nas salas de shopping. No último mês fomos ver: Deu a Louca na Chapeuzinho Vermelho, Happy Feet- o pinguim e O Segredo dos Animais.
E olha, não gostei de nenhum. Particularmente detestei o Segredo dos Animais. As meninas também não se entusiasmaram demais com nenhum deles. Aguardamos novos lançamentos.

No teatro fomos ver "Em Busca da Cidade Encantada" (ou coisa parecida). Tirando o fato de ter uma mensagem ecologicamente correta, a peça não é nada atraente. Não prende a atenção das crianças e aborrece terrivelmente os pobres adultos que as acompanham.

A melhor programação infantil está sendo levar as meninas todos os dias para brincar na pracinha após buscá-las na escola. Eu sempre gostei de horário de verão, e agora que tenho filhos eu simplesmente AMO chegar no fim da tarde e ainda ter sol quente e dia claro. Dá pra ter, pelo menos, mais uma hora de brincadeiras ao ar livre, juntas (quando a chuva deixa, óbvio). E elas chegam em casa cansadíssimas, com fome de lobo. Batem um prato que nem eu daria conta. Dou aquele banho rápido e ponho logo na cama que elas começam a ficar muito rabugentas e mal-humoradas de cansaço. E dormem 11 horas seguidas.

segunda-feira, dezembro 04, 2006

A Última Noite

Neste fim-de-semana, fui ver “A última noite”, filme que tinha tudo para ser triste e lúgubre, já que fala sobre morte, fim, despedidas. Mas, ao contrário, é engraçado, leve e meio caindo pro pastelão, que é pra quebrar a morbidez do tema. Gostei muito!
Meryl Streep, a melhor atriz viva na minha humilde opinião, está divertidíssima, com um sotaque redneck ótimo. Os dois cowboys (Woody Harrelson e John Reilly, o primeiro é uma coisa!) roubam a cena várias vezes e Kevin Kline está de matar!

Já a trilha sonora é assim, meio, err..., enfim, pra quem gosta deve ser bom.

O diretor que já estava muito doente durante as filmagens, morreu logo após o lançamento do filme. Acho que ele aproveitou várias das cenas para dizer tchau.
Robert Altman se foi em grande estilo. Com muito humor e sem nada de sombrio.

Domingo em Pasárgada

Churrasco Mothern em um belo domingo de sol!
Música boa, cachorrinhos simpáticos, comida deliciosa, companhias maravilhosas, crianças divertidas!
Fefê e Maurício, vocês estão merecendo o Troféu Mothern Anfitriões do Ano!
O post tá atrasado, mas a gratidão se estende até agora. Muito obrigada!




E pra quem acha que eu exagero quanto à beleza da minha prole, olha a gente aí!
Esnobando os paparazzi, Bibi esconde o rosto, enquanto Laurinha faz uma careta. Mas dá pra ver que elas são lindinhas, não dá?
(seguindo o exemplo da Isabella
, escondi as outras crianças, já que nem todos os pais gostam de ter fotos dos seus filhos divulgadas na net)