Teatrinho

Ontem à noite encenamos em casa a originalíssima peça "Chapeuzinho Vermelho". Bibi quis ser a Chapeuzinho, Laurinha quis ser o Lobo e me sobrou (oh surpresa!) o papel da mãe, da vovó e do caçador.
Então fomos improvisar os figurinos. Eu me ajeitei com um lenço na cabeça, um avental e o guarda-chuva à guisa de espingarda. Bibi vestiu um casaco vermelho com capuz e Laurinha entrou no meu quarto e voltou de salto alto, vário colares e pulseiras e maquiagem completa. Isso é que é caracterizar bem um personagem!
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E o friiiio que está fazendo de manhãzinha.... Meus pés, mãos e nariz estão permanentemente gelados.
Fico passada vendo as pessoas correrem na rua às sete da matina, por puro prazer ou vaidade.
É muito masoquismo.
Imagino que o nosso mil-tataravô, ao matar o último tigre-dentes-de-sabre, deve ter pensado: "Agora meus filhos não precisarão mais correr." Quão pasmo o pobre não ficaria se visse seus descendentes correndo alucinadamente, sem nenhum propósito urgente, pingando suor à toa e gastando calorias que para ele eram tão árduas de estocar...

Muitas de nós

Num feliz lançamento de livro Mothern recente! Eu estou de chapinha, alguém consegue me reconhecer?

Duas de nós

Eu e minha pequena princesa num feliz aniversário recente!

Decadência com elegância?

Às vezes, uma mulher tem que fazer o que ela tem que fazer.
Como, apesar de tudo e de todos, provar uma skinny e decidir que, sim, fomos feitas uma pra outra.
Mal aê, perifa.
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E estou ficando incomodadíssima de não ter máquina fotográfica.
Nos últimos dias, a Laurinha participou de uma Folia do Divino, de princesa. E de uma coroação, de anjinho. E eu não pude registrar, sniff...
Então minha próxima dívida será adquirida através de uma máquina digital zero bala. Nada muito sofisticado, mas boa.
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Não se deixe seduzir por nada (nem ninguém) que não seja de primeiríssima.

Música, frase e viagens

A gente sabe que está no bom caminho quando as músicas que nos faziam chorar há um bocado de tempo atrás são passíveis, agora, de serem cantaroladas sorrindo.
Esta aqui, do Tambolelê, por exemplo:

Eu também tive um sonho que passou
Também sou feiticeiro e cantador
Eu também ouço histórias na voz do tambor
Eu também tive um rio que secou
Também sou guerreiro e sonhador
Eu também sei cantar pra não gritar de dor
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Frase da semana

E-mail de aluna, justificando o atraso na entrega do trabalho:

“Prof.,

Eu me emprenhei ao máximo, mas não foi possível.”
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Já notaram que todo o lugarejo, por mais mínimo que seja, tem sempre um “Bar do Tatu”?
E além do bar, tem sempre um campinho de futebol, uma igrejinha católica e um templo evangélico.
É assim em Sobragi, em Cotegipe, em Lagoinha, em Buriti das Mulatas, em Cachoeira Escura. Não estão no mapa, mas têm seus encantos.

O motorista chupou mexerica tirada de um pé dentro de um cemitério. Depois arrependeu, disse que podia ser sacrilégio. “E se eu tiver comido a mãe de alguém?”

Quando termina um dia de trabalho de campo, eu estou suja, suada, empoeirada, enlameada, cansada, faminta. Mas com a alma levinha, levinha...

Às margens do rio Paraibuna eu sentei e xinguei. Tinha me atolado na lama até os joelhos.

Atenção quem trabalha com produção de locação:
Procurando cenários de fazendas e curriolas? Conheço os lugares mais incríveis! Nem eu acredito nas biroscas e buracos em que ando metida.

Carpe Diem

Um dia em que nada de muito excitante acontece não é necessariamente um dia ruim, desde que sua rotina seja agradável e você goste do que anda fazendo. Me parece extenuante a perspectiva de que, para se ter a sensação de "estar vivo", deve-se estar em contínuo frenesi.
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Espero manter todos entretidos por alguns dias com estes vários posts de hoje.
O rio Paranaíba do Sul precisa de mim. Vou ali e volto já.

Concorrência

Vocês acham que é fácil manter funcionando um lugar como este? Não imaginam o que eu enfrento para manter o buteco aberto. A competição por clientes está acirradíssima, com bares do mais alto nível, menu caprichado e criativo e instalações luxuosas. Olha a concorrência:

Thinking Blogger Award

Já disse aqui uma vez que quase tudo e qualquer coisa pode servir de estímulo para fazer os neurônios se exercitarem. Mas tem estímulos e estímulos. No mondo blog existe um gradiente que vai do “imediatamente esquecível” ao “enxaqueca por excesso de reflexão”.
O Inagaki contou há uns dias sobre o “Thinking Blogger Awards”, ou “Prêmio Blogueiros que Fazem Pensar”.
Me fez pensar sobre o assunto. E decidi colocar aqui uma lista de cinco blogs que, com frequência, me levam a questionar e repensar meus pontos de vista ou inverter ângulos e a raciocinar de maneira diferente da que usualmente faço.
Não vou colocar nenhum blog dos que já estão linkados ao lado. De fato, se eu já os listei é porque todos aí me induzem algum tipo de incentivo mental e/ou emocional.

Verdade seja dita, vou também linkar estes em algum momento posterior.
Aproveitem:

Pensar Enlouquece, pense nisso. O próprio Inagaki.

Síndrome de Estocolmo. Já sou refém da Denise Arcoverde há tempos.

O Biscoito Fino e a Massa. Do mineiro Idelber Avelar.

Liberal, Libertário, Libertino. Agora Radical, Rebelde, Revolucionário.

Contemporânea. E atualíssima, da Carla Rodrigues.

Festa da Música 2007

A amiga deu o toque. Eu aproveito pra divulgar, pros belo-horizontinos pararem de reclamar. Recomendo com força o Hermeto Pascoal, o Yamandu Costa, o Gabriel Guedes, o Toninho Horta. Já fui em shows desses quatro e acho chique.

Depois, num tête-a-tête, eu conto um babado forte do filho lindo e fofo do Beto Guedes...

Taqui a programação:

25 DE MAIO

* Lagoa Seca

Nenê Trio 19h
Pau Brasil 21h

* Praça do Papa

Projeto Brasil 19h
Dominguinhos 21h

* Teatro da Prefeitura de BH

Mauro Senise Quarteto 18h

26 DE MAIO

* Praça do Papa

Babilak Bah Enxadário 19h
Hermeto Pascoal & Grupo 21h

* Praça Santa Tereza

Enéias Xavier 19h
Márcio Montarroyos 21h

* Praça da Savassi

Orquestra Bossa Jazz 16h30

27 DE MAIO

* Praça do Papa

All Star Jazz 18h
Marcus Viana & Orquestra
Saecula Saeculorum 20h

* Praça da Pampulha

Gilberto Mauro 18h
Itiberê Orquestra Família 20h

28 DE MAIO

* Museu de Artes e Ofícios

Turíbio Santos 19h30

* Teatro Alterosa

Toninho Horta 21h

* Praça da Liberdade

Suíte dos Orixás 20h

* Teatro da Prefeitura de BH

Coral Cariúnas 18h30
Coral Mater Ecclesiae 19h

29 DE MAIO

* Teatro Alterosa

Mauricio Einhorn 21h

* Museu de Artes e Ofícios

Sylvia Klein 19h30

* Praça da Liberdade

Túlio Mourão 18h
Cristóvão Bastos e João Lyra 20h

* Teatro da Prefeitura de BH

Coral Copasa 18h30
Orquestra Sesiminas 19h30

30 DE MAIO

* Teatro Alterosa

Duo Fel 21h

* Praça da Liberdade

Guinga 20h

* Teatro da Prefeitura de BH

Coral Ars Cantorum 18h30
Coral BDMG 19h

31 DE MAIO

* Teatro Alterosa

Violões do horizonte 21h

* Museu de Artes e Ofícios

Aliéksey Vianna & Ensemble SP 19h30

* Teatro da Prefeitura de BH

Monte Pascoal 18h
Quinteto Villa -Lobos 19h

* Praça da Liberdade

Big Band UFMG 20h

1º DE JUNHO

* Praça do Papa

Sarau Brasileiro 19h
Zé da Velha e Silvério Pontes 21h

* Praça Floriano Peixoto

Cleber Alves 19h
Gilson Peranzzetta 21h

* Teatro da Prefeitura de BH

Harvey Wainapel 18h

* Museu de Artes e Ofícios

Rufo Herrera 19h30

2 DE JUNHO

* Praça do Papa

Juarez Moreira 19h
Paulo Moura 21h

* Praça JK

Celso Moreira 19h
Arismar do Espírito Santo 21h

* Praça da Liberdade

Gabriel Guedes 16h30
Ausier e Grupo Pedacinhos do Céu 18h30

3 DE JUNHO

* Praça do Papa

Weber Lopes 18h
Yamandu Costa 20h

* Praça da Assembléia

Tabajara Belo 18h
Carlos Malta & Pife Muderno 20h

BH, hora do rush

Presa no trânsito, começo a fazer planos pro futuro.
Um dia, vou comprar uma terrinha no arraial de Capão Preto, onde as casinhas são mínimas mas todas têm flores na porta. Vou viver de criar umas galinhas, plantar horta, lavar roupa na beira do rio. E só vou ouvir barulho de carro uma vez por mês, passando láááá longe.
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Estou corrigindo provas. Minha única atividade física regular no momento.
Os alunos são capazes de, num mesmo parágrafo, me fazer sapatear de raiva e gargalhar até às lágrimas.

O filme do fim-de-semana

No sábado, fui ver uma co-produção Alemanha /Chile baseada unicamente naquele argumento proposto por Eça de Queiroz em um dos seus contos: "O que não se conta ao melhor amigo, nem ao médico, nem ao padre, conta-se a um estranho numa hospedaria."
O filme, de Matías Bize (2005), chama-se "Na cama". Título, aliás, muito apropriado, já que me deu uma vontade intensa de ir dormir.

Manuelzão

Foi quem o conheceu de perto que me contou esta:
Diz que o velho Manuelzão media as distâncias em tiros de espingarda. Se alguém perguntava "tal lugar é longe?" ele respondia, apontando com o nariz:
-Logo ali, a dois tiros de espingarda.
Aí um dia ele estava levando o povo a um lugar pertinho. E eles andavam, andavam e nunca mais chegavam. Reclamaram:
-Mas não eram só três tiros de espingarda?
E ele:
-É que eu atiro muito bem.
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Frase da Semana:

"O Papa devia ter excomungado a mãe do frei Galvão, afinal ela virou mãe-de-santo."

hahahahaha, do Macaco Simão, na Folha.
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No bar, o casal discute.
Ele: "Mas você vai implicar com tudo hoje?"
Ela: "Vou. E faça o favor de me aturar que eu tô com tpm e como não posso matar o garçom vou descarregar em você"

Decepção

Por questões de segurança, tenho que parar de erigir pedestais e colocar lá as pessoas.
Elas caem muito facilmente.

Adônis do sertão

E sempre tem umas surpresas boas!
Como os inesperados e belíssimos olhos azuis do jovem peão de boiadeiro a quem paramos para pedir informação e cujo cavalo quase enfiou a cabeça na janela do carro.
Um Adônis pelas veredas!

Trabalho de campo

A viagem de campo foi dura. Pouco tempo para muito trabalho. E muito sol, muito calor, muita poeira.
Mas no finzinho da tarde, quando o céu e a água estavam dourados, atravessei o Velho Chico numa balsa lenta e lânguida e bandos de aratingas e tucanos, além de um grande e belo casal de araras azuis, voaram sobre nós. E todo o esforço foi recompensado!

Já rodaram por quilômetros e quilômetros numa estradinha de terra, sem ver nem uma casinha, nem uma pessoa, sem cruzar com nenhum carro? E num lugar tão, mas tão plano, que em qualquer ângulo ao redor, o horizonte parece estar sempre a mil quilômetros?
Eu me senti tão minusculazinha...
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O grande volume do rio São Francisco dilui os poluentes, mas a situação está crítica nos tributários de pequena ordem.
Ô dó que dá!
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E eu vi televisão no quarto daquela espelunca onde me hospedei. E tenho a dizer que o único telejornal noturno que contextualiza as notícias e convida gente que entende do assunto para comentá-las é o da RedeMinas. Pena que passa tão tarde.

Se eu fosse pintada por Mucha

Futilidades

Outro dia, li uma psicóloga argumentando que, em termos emocionais, é muito mais saudável levar uma vida fútil e superficial. Que as pessoas mais felizes e desestressadas são aquelas que consomem sem culpa, se negam a ter muita responsabilidade, são alienadas e evitam se aprofundar em temas difíceis.
Eu, obviamente, discordei de imediato. Até porque me considero muito feliz e nem um pouco fútil. Mas como não sou infalível e, infelizmente, não tenho o hábito de ter sempre razão, começo a achar que pode haver alguma verdade aí.
Isso de ficar se auto-analisando o tempo todo, questionando tudo, mergulhando na essência de todas as coisas, pode acabar levando uma criatura à depressão, ao desespero, à loucura (Nietzsche, Schopenhauer e Kierkegaard que o digam).
No meu caso, seguindo os conselhos da psicóloga, o primeiro passo para a felicidade plena e absoluta seria apagar a interrogação no tornozelo e transformá-la em um enorme ponto de exclamação!
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Modéstia às favas, estou mandando muito bem na cozinha!
Preparo um molho pesto de fazer as mamas italianas emagrecerem de inveja (misturo um pouco de manjericão seco com o fresco e troco o pinole por nozes, ponho muito alho e o melhor azeite que encontrar no supermercado).
Outro dia, fiz um salmão com pimenta rosa e alecrim, acompanhado por risoto de gorgonzola e pêra, que estava de comer ajoelhada.
E aprendi a fazer um arroz de pequi capaz de deixar todo o norte de Minas salivando.
Isso sem falar nos doces, que o meu pudim de maria-mole e o meu bolo de côco sem farinha estão entre as delícias celestes reservadas aos justos.
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E agora, com licença, que eu vou ali em Abaeté, Biquinhas e Três Marias ver como andam as águas do rio São Francisco.

Dia das mães

Eu me ofereci um presentão:

A História da Arte, de E.H. Gombrich.
O clássico dos clássicos pra quem quer começar a entender de arte. Eu comecei bem, com a Fal. Agora quero ir me aprofundando em alguns períodos.
Estou só no primeiro capítulo, mas o texto é tão delicioso que me dá água na boca imaginar o que está por vir.

E a minha mãe esteve aqui em BH neste dia o que também foi um presentaço!
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Quando as coisas dão errado, não me ofereço mais palavras de consolo. Só de encorajamento.
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Madame sabe o diz:

"Não alimentemos raivas, ódios, porque esses sentimentos consomem, mas não esqueçamos nunca os nomes e sobrenomes de nossos desafetos nem como a dor por eles infligida calou fundo na nossa carne. Há uma linha excessivamente tênue entre a nobreza e a estupidez. "

Papal

Papa por Papa, prefiro o Papa Léguas e o Papa Capim que são bonzinhos.

Deus me livre

de quem não tem compaixão.
de quem não consegue se pôr no lugar do outro.
de quem não consegue sentir a dor e sofrimento do outro.
de quem não consegue se alegrar com a felicidade do outro.

e de quem, conseguindo tudo isso, não faz nada a respeito.
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Está frio. Está ventando. Boa desculpa pra comer chocolate.
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E teve umas viagens que eu não contei aqui.
Mês passado começou o meu trabalho de campo. No meio de tanta confusão, com filha doente e tudo, eu ainda consegui correr toda a bacia do rio das Velhas.
De Nova Lima e Honório Bicalho até Pirapora e Guaicuí, passando por Caeté, Corinto, Curvelo e Cordisburgo. As viagens foram sensacionais, deu tudo certo na coleta das amostras de água e sedimentos.
E confirmei o Cerrado como o meu bioma do coração. A minha paisagem favorita. E o Cerrado está lindíssimo nesta época do ano, sem muitas flores, mas absoluta e intensamente verde por causa das chuvas recentes.
Também gosto de Mata Atlântica (são os dois únicos ecossistemas em que já trabalhei), mas no Cerrado vê-se o céu, o horizonte, as montanhas, dá pra caminhar com mais conforto, dá para identificar as árvores mais facilmente.

E eu, no Cerrado, incorporo um certo espírito de Diadorim, e me sinto livre, corajosa e aventureira, mesmo sem Riobaldo por perto. Adoro!
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E tem uma frase de Guimarães Rosa que eu queria muito conseguir usar casualmente algum dia:

"Vou pro céu, nem que seja à porretada."
Augusto Matraga, em A Hora e a Vez de Augusto Matraga

Na sapataria

Cliente:
- Eu queria uma bota de couro, cano médio, salto alto, assim e assado.
Vendedora:
- Sei. Como essa aqui?
Cliente:
- É... como essa aí. Mas que seja bonita.

Presente pra mãe

Folheando o jornal, vejo "dicas e sugestões para o dia das mães".
Algumas coisas muito legais, tipo um carro esporte conversível importado que custa a bagatela de 100 mil reais. Ou um dia de beleza num spa, por apenas 500 paus. Eu não sei em que mundo vivem os leitores do Estado de Minas, mas com certeza não é o meu.
A "oferta" que mais me deixou pasmada e me fez ter certeza de que essa gente perdeu a noção, foi um conjunto de 3 panos de prato por simbólicos 60 reais! Comassim?! Pagar 20 reais por pano de prato?! Dar panos de prato de presente?! Qual perdulário desnaturado daria isso pra sua mãezinha? Merece ficar de castigo, enxugando a louça até gastá-los.

Disputa amorosa

- Mamãe, eu te amo.
- E eu te amo muito, filha.
- E eu te amo muitão
- E eu te amo muitíssimo.
- Mas eu te amo mais.
- Eu te amo demais.
- E eu te amo dez.
- E eu te amo mil.
- E eu te amo o céu.
- E eu te amo o universo.
- E eu te amo de até lavar a louça pra você.

Diálogos assim fazem tudo valer a pena!

Silêncio demais

O fim de semana teve tudo de bom:
Showzinho sexta-feira no Tanganika Art Bar (o nome é pomposo, mas é só um boteco frequentado por estudantes, perto da Católica)
Lançamento de livro das Motherns e almoço com as muitas amigas no sábado.
Passeio com as menininhas no final da tarde.
No domingo: brincadeiras na praça da Assembléia de manhã, almoço com o vovô e brincadeiras na praça do Papa de tarde.
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Eu devia estar feliz, eu sei. Está tudo certo, está tudo no seu lugar. Todos estão bem.
Mas elas adormeceram muito cedo, de cansaço pelo dia cheio. Não são nem 8 da noite e a casa está silenciosa demais. A lua ainda está quase cheia e o telefone não vai tocar.
E eu começo a ficar meio triste.

Adorável inocência

- Mamãe, fica aí bem distraída, que eu estou preparando um susto pra você.

De regresso

Pronto, ufa, passou. Bibi está bem. Agora é tomar muito cuidado pra não ter outra.
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Voltando devagarzinho ao blog que está me dando muita preguiça. Parece que perdi o pique.
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Frase da semana:

"Quem não foi comunista antes dos trinta anos não tem coração.
Quem não deixou de sê-lo depois dos trinta não tem cabeça."

hahahahahahaha