Mesa de Bar

Lugar pra se falar sobre tudo e sobre o nada.

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Local: Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil

Sóbria, a maior parte do tempo. Na mesa de um bar me torno mais corajosa, mais sensível, mais emotiva, mais generosa. No bar e com umas cervejas a mais, as dúvidas se dissipam, as certezas afloram, as tristezas caem fora e a alegria reina. Sim, na mesa de um bar eu sou uma pessoa melhor do que fora dela.

sexta-feira, agosto 31, 2007

Desatualizado

O blog anda desatualizado. Eu queria muito ter algo interessante a dizer todos os dias, mas nos últimos tempos estou com pouco espaço na minha linda cabecinha para me ocupar com quase qualquer coisa que não seja o trabalho.
Vejam vocês:
nos últimos dois meses coletei material de 25 pontos de amostragem espalhados por Minas Gerais afora. Em cada ponto eu coleto uma amostra em triplicata, ou seja, é como se fossem três amostras. Em cada amostra, eu estou encontrando uma média de 500 organismos (larvas de inseto, moluscos, minhocas, microcrustáceos) que eu tenho que contar, medir, pesar e identificar a que espécie pertence. Isso pra não falar de três malditos pontos outliners que vieram com mais de 50.000 indivíduos, felizmente, para mim, de apenas duas espécies.
Em outubro começam as coletas tudo de novo, o que significa que, se eu não der conta de processar todas as amostras até fins de setembro, elas vão começar a se acumular com as novas que vão chegar e eu vou entrar em desespero com o volume de trabalho.
É por isso que quando fecho os olhos à noite, tudo o que vejo são animaizinhos minúsculos flutuando numa placa de Petri, dentro do campo iluminado de um microscópio estereoscópio.
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Ser mãe de uma criança em idade escolar significa ter bolhas permanentes no indicador e polegar da mão direita, de tanto apontar lápis.

quarta-feira, agosto 29, 2007

Dia besta. Hoje não deveria ter existido.

terça-feira, agosto 28, 2007

Bibi cantava alegremente uma música de sua autoria. Depois comentou:
- As pessoas gostam de músicas animadas, né mamãe? Eu vou fazer sempre músicas animadas pras pessoas esquecerem que vão morrer um dia.
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Voltei de viagem e tudo eram flores:

as azaléias floriram pela primeira vez
a kalanchoe, que eu achei que não ia sobreviver, está cheia de botões
a orquídea está em flor há quase um mês
a begônia não pára de lançar novas flores

Minha janela está linda!!!
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A viagem transcorreu sem grandes novidades. Mas ficar doze horas seguidas no carro acabou com as minhas costas. Estou descadeirada.
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Eita calorzinho bom!

quarta-feira, agosto 22, 2007

Vida de Viajante

Mal cheguei e lá vou eu de novo...
Até semana que vem!

Vida de viajante
(Luiz Gonzaga)

Minha vida é andar por esse país
Pra ver se um dia descanso feliz
Guardando as recordações
Das terras onde passei
Andando pelos sertões
E dos amigos que lá deixei

Chuva e sol
Poeira e carvão
Longe de casa
Sigo o roteiro, mais uma estação
E alegria no coração

Minha vida é andar por esse país
Pra ver se um dia descanso feliz
Guardando as recordações
Das terras onde passei
Andando pelos sertões
E dos amigos que lá deixei

Mar e terra, inverno e verão
Mostro o sorriso
Mostro alegria, mas eu mesmo não
E a saudade no coração

terça-feira, agosto 21, 2007

Filme do fim-de-semana

Quem passou a adolescência nos anos 80, se lembra com entusiasmo das Diretas Já. Lembra das notícias sobre o retorno dos exilados. Lembra do surgimento da Aids no país.
Quem foi jovem adulto nos anos 90, se engajou na Ação da Cidadania contra a Fome. Leu e adorou a Graúna e os Fradins. Quem é da minha idade conserva o hábito inconveniente de se emocionar com uma rodinha de violão bem tocado.

Por tudo isso, eu gostei bastante do documentário "Três irmãos de sangue", embora ache que não foi o grande filme que poderia ter sido. As imagens de arquivos são ótimas, muito bem garimpadas, muito significativas, uma viagem no tempo. Já os depoimentos e as filmagens atuais eu achei pouco expressivas. O filme fica superficial, uma vez que não nos conta nada que já não soubéssemos de antemão (pelo menos para os da minha geração). Talvez seja mesmo impossível fazer num único filme um relato muito detalhado sobre a vida de três pessoas, principalmente três pessoas que tiveram vidas tão intensas quanto Betinho, Henfil e Chico Mário.

sexta-feira, agosto 17, 2007

Relatório de viagem

Os ipês amarelos e brancos estão pura flor nesta época.

Muitas áreas queimadas no cerrado, sobrando só eucalipto.

Logo no primeiro dia nos perdemos nas estradinhas de terra. Um dia inteiro tentando achar um ponto de coleta. Mais uns 50 Km tínhamos caído em Goiás. Nunca mais esqueço que os nativos ao dizerem "vira à direita no quinto mata-burro" podem querer dizer no sexto ou no quarto ou à esquerda.

Seringais em S. Gonçalo do Abaeté. Ou tem alguém perdendo muito dinheiro, ou tem alguém muito esperto, que pegou financiamento do governo, e está perdendo o nosso dinheiro.

As estradas estão horríveis, tanto as estaduais quanto as BRs. Muitos dos trechos sem pavimentação estão melhores do que o asfalto.

Restaurante típico
Ramírez & González: Comida Chinesa

Parabéns à Petr*brás pelo projeto humanista-sanitário "Banheiro Limpo". Uma boa iniciativa visando a qualidade de vida de quem anda pelas estradas. Os postos de gasolina que participam do projeto têm banheiros altamente confiáveis.

Nessas andanças tenho conhecido paragens do arco-da-velha, mas sempre tem alguns lugarejos que me escapam. Por exemplo, quero muito conhecer Onça do Pitangui, por onde sempre passo mas nunca entro. A placa na estrada indica uma cidade histórica. Deve ter ao menos uma igreja antiga e bonita esperando por mim.

A seleção musical foi uma aventura à parte. Little brother foi comigo e, junto com o motorista, nos revezávamos escolhendo os cds.
Little brother punha Pearl Jam e o motorista contra-atacava com Rick & Rener.
Eu escolhia Titãs e o motô vinha depois com "Zezzo e seus Teclados".
Se tocava Red H*t Chili Peppers, ele se vingava com José August*.
Enfim, espírito de tolerância, sincretismo musical e ecletismo absoluto.
De qualquer maneira foi melhor do que na vez em que passei dez dias no Parque do Rio Doce e só tínhamos uma única fita cassete do Zé Ramalho para ouvir. Aquilo ia rodando, lado A, lado B, lado A, lado B, até a absoluta saturação dos ouvintes.

segunda-feira, agosto 13, 2007

Gente feliz com lágrimas

A moça amiga teve que tirar o útero. Ela ainda é relativamente jovem e não tem filhos. Fiquei triste por ela, embora tenha me garantido que está tudo bem. Mas, não sei, é uma porta que se fechou definitivamente e mesmo que hajam outras soluções, como adoção, acho que em algum momento no futuro isso ainda vai ser muito doloroso pra ela. Se é que já não está sendo e ela está só segurando a onda.

Por outro lado, uma colega me confidenciou que este está sendo o melhor ano da vida dela: "Realizei tudo o que eu mais queria. Entrei no doutorado e fui morar com meu namorado. Nunca fui tão feliz como agora!"
Eu fiquei muito feliz, e até comovida, por ela também! É bom que haja gente assim no mundo e é tão raro encontrar alguém que se autodeclare perfeitamente feliz. Geralmente temos tanto a reclamar...

sábado, agosto 11, 2007

Falando sem pensar

Essa gente não pára pra pensar antes de dar declarações pros jornais e me faz morrer de rir!
O presidente da Associação brasileira de Provedores de Internet reclamando dos impostos no Brasil:
"Sabe quanto recai de impostos sobre links de internet nos EUA? Zero! Aqui o preço é pelo menos dez vezes mais alto!"

huh, dez vezes mais que zero é quanto? Não é zero mais não?
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"Isso de marido reclamando demais de não ter as melhores cuecas à disposição na gaveta é típico de homem que vai tirar as calças em outro lugar."

E foi um ex-marido sincero que me contou (não o meu, claro).

quinta-feira, agosto 09, 2007

Me fez sorrir

Bibi, ao ser acordada de manhã cedo:

- Só mais um pouquinho, mãe. Deixa só eu terminar um pensamento.
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O artista, sobre arte comercial:

- Eu até tentei me vender para o sistema. Só não achei quem quisesse comprar.
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Laura, recusando minha ajuda:

- Eu tenho meu orgulho, sabia?

terça-feira, agosto 07, 2007

O livro da hora

Estou lendo agora “Por amor à Índia” de Catherine Clément. O livro diz respeito ao romance verídico entre lady Edwina Mountbatten, mulher do último vice-rei britânico da Índia e do líder socialista pró-independência Jawaharlal Nehru, sucessor político de Mahatma Gandhi e pai da Indira Gandhi.
Muito, muito bom, principalmente para quem gosta de História. Eu ando meio sem paciência para ficção ultimamente, estou preferindo ensaios, história e biografias. Assim, o chamado romance-histórico é o gênero, dentro de ficção, que venho lendo com mais freqüência.

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Neste próximo finde, as meninas estarão com o pai. E meu little brother estará aqui em BH comigo.
Sabem o que isso significa?

meninas ausentes + brother presente = lama

segunda-feira, agosto 06, 2007

O novo homem, um novo otário



Cês já viram o novo lançamento da Editora Abriu (hehehe), uma revista para o homem muderno, no melhor estilo "Nova" e "Boa Forma"?
Não satisfeitos em engabelar a mulherada por décadas, agora vão também tentar o mesmo com os homens. Será que eles caem nessa?
Reparem nas matérias:

- Queime gordura, ganhe músculos!
- 21 idéias para esquentar sua relação
- Malhe transando, transe malhando
- Entenda sua cabeça, 8 truques para afiar sua memória
Nada de novo no front, quer dizer, na capa...nem no conteúdo, com certeza.
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E na vitrine da locadora estava aquele cartaz horrível do filme "Jogos M*rtais" (não assisti e não gostei). Eu tentei evitar que as meninas olhassem aquele horror, mas a Bibi não só viu, como ainda comentou toda cheia de sapiência:
- É isso que acontece com quem não escova os dentes, né mamãe? Fica banguela e leva injeção do dentista.

quinta-feira, agosto 02, 2007

Nas estantes

Fato: não sei organizar livros. Consigo no máximo separar os científicos dos de literatura e, nestes, consigo separar ficção e não-ficção. Mas aí já começa a bagunça: onde coloco as crônicas? poesia tem que ter uma seção só pra ela? Não me parece adequado afastar a poesia e as crônicas e contos de C. D. de Andrade, assim como não acho certo esquartejar a obra de Saramago em prateleiras distintas: num canto os contos, no outro os romances.

Acabei fazendo um arranjo que à primeira vista parece aleatório mas, se não me satisfaz inteiramente, pelo menos consigo achar os livros que quero. Eles estão mais ou menos agrupados de acordo com afinidades inter-autorais. Por exemplo: tomei o cuidado de colocar G. G. Márquez bem longe de Vargas Llosa; assim como J. L. Borges bem ao lado de Bioy Casares. Numa mesma panelinha estão os escritores anglo-saxões de ação e suspense: Scott Turrow, Frederick Forsyth, Michael Crichton; e em outra os franceses sensíveis: André Gide, Anatole France, Alphonse Daudet e, próximo a estes, os italianos barulhentos: Umberto Eco, Ítalo Calvino e G. Papini.

Em cantos opostos coloquei as garotas da chick-lit (Candance Bushnell, Marian Keyes, Katherine Mansfield e cia) e os MachoMen da literatura (Hemingway, Jack London, David Goodis e o resto da gang que não tem medo), mas estou repensando a situação e acho que talvez a convivência fizesse bem aos dois lados.

As biografias são uma parte especial da estante. Mauá e Chatô estão ladeados por Olga e pela coluna Prestes. Fiz de propósito, quase posso ouvir os gritos e acusações mútuas: “porcos capitalistas”, “comedores de criancinha”, “lacaios do capital”, “ralé vermelha”!

Coloquei as biografias dos antigos portugueses todos juntos, afinal Fernão de Magalhães, Vasco da Gama, Afonso Henriques e Dom Sebastião devem se fazer boa companhia. Por outro lado, acho que Anne Frank está meio sozinha, deslocada e sem muito assunto com Monty Roberts. Será que ela se daria bem com as Cortesãs e Favoritas?

Ah, e claro que os blogueiros no papel Marina W. e Alex Castro ficam colados. Imagino que devam ter muito papo.

E tem também uma prateleira chamada "lixo", onde jogo todos os livros ruins que dou azar de comprar. Nessa não tem ordem, atualmente são 80 desgraçados volumes, misturados.

Cartão clonado

Clonaram meu cartão do banco. Alguém deve ter visto a minha senha enquanto eu a digitava em uma loja qualquer e, de alguma forma, conseguiram copiar as informações eletrônicas da máquina e fizeram um cartão como o meu.
A minha sorte é que, quando tentaram fazer compras com ele, o computador do BB acusou uma operação suspeita e o cancelou imediatamente, bloqueando seu uso. É que eu tinha usado o cartão em BH quase ao mesmo tempo em que tentaram usá-lo em Salvador. Não me levaram dinheiro, mas tive que mandar fazer outro e vou ficar uns dias tendo que pegar fila em banco, enquanto o novo não chega.
O gerente do banco me disse que, só naquela agência, eu já era a quarta pessoa na mesma semana a ter o cartão clonado. E até que tive sorte.
Cuidado ao digitar sua senha em qualquer lugar. Cuidado até com as camêras de segurança das lojas, elas podem registrar o momento em que vc digita e pronto! sua senha deixa de ser secreta.