O Dilema do Onívoro

Todos falam em consumo consciente, nestes tempos ecologicamente corretos porém insustentáveis. Só que, para se ter consciência de qualquer coisa, é preciso do seu quase sinônimo: o conhecimento.

Se você se preocupa em fazer as escolhas certas nas prateleiras do supermercado (seja lá o que você chamar de certo), eu recomendo com muita força o livro "O Dilema do Onívoro" do jornalista americano Michael Pollan. Para o consumo consciente se efetivar é preciso ir muito além da tabela nutricional contida nos rótulos.

Leiam a resenha nos links aí e me digam se não deve ser fascinante. Já comprei mas ainda estou só no começo. E cada vez mais preocupada.

Quarentonas e atrevidas

Duas amigas que quarentaram há pouco me contaram que os maridinhos vieram com aquela gracinha-clichê de arrumar duas de vinte. Responderam na lata:

Uma: "Isso mesmo, arranja duas gatinhas de vinte. Uma pra você, outra pra mim."

A outra: "Oba, vamos nos divertir muito, nós quatro!"

Mães amigas

Uma amiga, quando tem que dar bronca nos filhotes, não os ameaça com palmadas. Ela diz assim: "Te dou um banho com bucha nova."
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Outra amiga andava às turras com o filho de 14 anos, sendo o principal (e único) motivo ela ter proibido que ele varasse as madrugadas em frente ao computador jogando games pela internet.

O moleque então resolveu fugir de casa. E deixou um bilhete dizendo que ela não o procurasse. A mãe semi-enlouqueceu e foi procurá-lo na casa do melhor amigo (onde mais, né?).

Na volta, tentou ser compreensiva:
- Fugir de casa, meu filho? Que é isso? O que te aconteceu?
E ele:
- A minha vida é uma desgraça naquela casa!
Aí ela terminou de enlouquecer o que ainda não tinha enlouquecido:
- Desgraça?! Desgraça!? Desgraça eu vou te mostrar o que é, agora.

E dali foi direto pro Hospital João XXIII (o maior hospital público de BH). Chegou e ficou com ele na porta do pronto-socorro, disposta a passar a noite inteira, se preciso fosse.

E foi chegando gente esfaqueada, gente atropelada, gente baleada, gente queimada, gente estropiada de todos os jeitos e formas. E era polícia entrando, polícia saindo, polícia trazendo, polícia levando. E tinha pais chorando pelos filhos e filhos chorando pelos pais. E mulheres gritavam pelos maridos/namorados/filhos/irmãos. Sirenes de ambulância, viatura e rabecão. E desceu do ônibus um rapaz com um braço preso ao corpo só por um tendão. E veio outro rapaz, a pé por quilômetros, carregando o pai idoso às costas. Mães com crianças inertes nos braços. Havia desespero, dor e medo por todos os lados.

Lá pelas três da manhã, ela se vira pro garotão:
-Então, filho? Já viu bem o que é desgraça?
E o menino, pianinho:
- Já, mamãe. Me desculpa.

Sigilo

Sumi porque estava trabalhando muitíssimo, mas não posso dizer o que era. Me pediram sigilo, não sei bem por que. Mas tudo bem, adoro fazer a misteriosa!

A hora da virada

Se uma boa champanhota transtorna e transborda mesmo as criaturas mais sérias e sisudas do mundo, o que não se daria comigo e com o Boêmio, seres que se querem e se pretendem livres, leves e soltinhos?

Pois na hora da virada, na contagem regressiva final de 2008, saímos de casa e fomos pro meio da avenida, em frente ao meu prédio, sambar no asfalto, brindar à vida, saudar o Ano-Novo e beber com a alegria que Deus dá e o diabo permite.

E como os prédios em volta estivessem vazios, a rua absolutamente deserta, as janelas apagadas, todos comemorando (ou não) o revéillon em outro lugar ou em suas camas, não resistimos à tentação de uma molecagem inédita para ambos, ainda que mínima, inócua e sem testemunhas.

Então, entramos em 2009 fazendo bunda-lelê para o mundo!!!