Mesa de Bar

Lugar pra se falar sobre tudo e sobre o nada.

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Local: Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil

Sóbria, a maior parte do tempo. Na mesa de um bar me torno mais corajosa, mais sensível, mais emotiva, mais generosa. No bar e com umas cervejas a mais, as dúvidas se dissipam, as certezas afloram, as tristezas caem fora e a alegria reina. Sim, na mesa de um bar eu sou uma pessoa melhor do que fora dela.

segunda-feira, abril 27, 2009

Mais dele

Não se pode elogiar muito, senão estraga. E também pode atrair olho gordo. Mas o meu namorado não pára de me surpreender com suas qualidades inatas! Melhor agente de viagens do mundo, moçada! Eu, superestressada, sem tempo nem pra olhar preço de passagem na internet e quando vejo, ele já voltou com o angu pronto. Fez tudo, até organizar o roteiro de passeios!

Não tem como não amar muito esse Boêmio!
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Mais posts, só semana que vem. Tô numas de nem tirar os olhos dos livros.

quarta-feira, abril 22, 2009

Festa

Se você, ao entrar numa festa, reparar que todas as mulheres estão de chapinha no cabelo, seja simpática, sorria, cumprimente e fuja! A festa é uma roubada, chata, formal e deprimente.
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Procurando música boa na pasmaceira das tardes de sábado em BH?
Vá ouvir o samba da melhor qualidade do Camarão de Rama, lá no A Gosto de Deus.
Mas vá cedo ou não acha lugar pra sentar.

Boemia tá no sangue e o samba é da família. Rubão garante e nós dois recomendamos. Próximo sábado, sem ser este, o outro, estaremos lá. Fica marcado, a gente se encontra.
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Ontem, o Boêmio saiu de casa dizendo que ia procurar cerveja. Demorou quase duas horas pra voltar e ainda esqueceu o celular em casa. Voltou, noite fechada, quando eu já achava que era um clichê da mulher abandonada. Trouxe cerveja, cigarros pra mim, comida e filme para nós, etc.
Mas teve que ouvir assim mesmo.

quarta-feira, abril 15, 2009

Feitos um pro outro

Ele adora quadrinhos americanos, eu abomino
Eu me divirto com quadrinhos franceses, ele ignora
Eu curto musicais, ele dorme no meio
Ele é fã de futebol, eu acho chato
Eu amo A Obra, ele detesta
Ele sabe apreciar cerveja, eu só dou minhas goladas
Eu sou uma mulher de carboidratos, ele é um homem de proteínas
Ele gosta de cozinhar, eu prefiro comer
Eu acordo cedo, ele dorme o máximo que pode

mas nós dois adoramos:
presepadas,
livros,
farras,
filmes,
bares,
dançar,
esticar as madrugadas,
jogar imagem e ação,
coca-zero,
brincar com as crianças,
viajar,
rir um do outro,
o trabalho de cada um,
reclamar do emprego,
fazer planos para o futuro,
carnaval,
estar com família e amigos

e também odiamos juntos:
a música sertaneja, axé e pagode
os latidos dos cachorros da vizinhança
os políticos em geral,
Paul0 C0elh0,
past0res evangélic0s,
os respectivos ex-

Alunos

Tenho uma aluna que é cadete do C0rp0 de B0mbeir0s e vem para a aula toda uniformizada. Loura, linda e poderosa, com seus coturnos e farda!

Os alunos do período noturno estão sempre querendo ir pra casa o mais cedo possível. A aula não rende muita discussão, nem dá muita polêmica. Pena.

segunda-feira, abril 13, 2009

Preparando aula

Das coisas boas de preparar aulas, a mais gostosa é procurar no G00gle Image fotinhas bacanas para ilustrar os exemplos. Assim, se estou falando sobre a distribuição geográfica do gênero Microtus, eu vou lá e ponho ele no slide. Minhas aulas são cheias de fotos de bichinhos e plantinhas, além de muitos gráficos. Às vezes, nem faço referência às fotos durante a explanação mas acho legal que os alunos saibam de que ser estou falando.

Microtus agrestis
Só pego foto que já vem com a referência do autor, mas na verdade nem nunca pensei em direitos autorais. Professora é atividade sem fins lucrativos.

segunda-feira, abril 06, 2009

Já terminei

Livros:

Resistência, de Agnès Humbert.
Embora o tema seja dos mais interessantes, o início das organizações do movimento de Resistência na França ocupada por Hitler, o livro-diário deixa a desejar em termos de referência histórica, já que há mais não-ditos do que ditos, e como literatura, que aliás não tem obrigação de ser. Desconfio muito da veracidade do texto como diário; não da veracidade dos fatos, bem entendido, que já foram todos confirmados por historiadores da Segunda Guerra. O que é decepcionante é que a autora, após ter produzido e distribuído alguns números de seu jornal anti-nazista, passou a maior parte da guerra na prisão e, na verdade, não tem muito o que contar sobre o desenvolvimento e os grandes momentos da Resistência.

Medo e Submissão, de Amélie Nothomb. Um mulher ocidental, encantada e iludida sobre as maravilhas de uma tradicional civilização milenar oriental, resolve trabalhar numa grande empresa japonesa e descobre o que é o inferno. Até eu, que nunca me deixei levar por essas fábulas de "tradicionais civilizações milenares orientais", achei meio chocante. Se você acha que seu chefe maltrata os empregados, dê graças aos céus por não estar no Japão. Fora isso, o livro não é grandes coisas.

Filmes:

Revolutionary Road, achei muito bom. Bom mesmo. Da gente ficar um tempão calado depois de terminar, ruminando as idéias.

Outro bom: Entre os Muros da Escola. Se na França a valorização da educação está assim, imaginem no Brasil. Pra quem é professor, é fácil e consolador se identificar. É fácil desanimar também. Mas pra quem gosta muito de ensinar, é também possível ficar encorajado e tentar fazer diferença na vida dos seus alunos.

E teve dois outros filmes, vistos recentemente, que começaram muito bem, se desenvolveram bem mas, na hora de escrever o final, o roteirista teve uma crise aguda de diarréia e cag*u tudo. Um é A Lista, com o ator de Wolverine. O outro é Presságio, com o Nicholas Cage. Não percam seu tempo, não valem o preço nem de uma cópia pirata, muito menos de uma locação.

Babado forte

Nas duas últimas festinhas infantis a que fui, estava entre as convidadas uma ex capa da Pl@yboy. Óbvio que eu não reconheceria a moça nem em mil anos, mas o Boêmio (o sem-vergonha!) bateu o olho e soube de cara quem era. Mulher bonita, sem dúvida, um tanto perua demais no estilo. O comentário maldoso do dia foi que, ou o photoshop trabalhou muito ou a dona engordou bem no último ano.

Mas foi a identidade daquela senhora que gerou grande falatório. Estão curiosos? Pois bem, era a jornalista que se tornou famosa por ser amante de um senador corrupto e impune e receber uma pensãozinha básica de 12 mil reais com o seu, o meu, o nosso suado dinheirinho. É isso: a filha do Ranen Celheiros agora é colega de sala da minha filha mais nova. Por sinal, a menina é bonitinha e simpática.

A despeito da indignação geral, todos se comportaram com a máxima civilidade, como era de se esperar. Ninguém afrontou ou fez a menor descortesia, embora também ninguém tenha ido espontaneamente conversar com ela, exceto as anfitriãs que tiveram que recebê-la. Quanto a ela, o constrangimento era visível. Não se sentou em nenhuma mesa comum, foi para os lugares mais escondidos, atrás das pilastras. Não olhou ninguém nos olhos, não falou com ninguém, sorriso amarelíssimo o tempo todo. Uma espécie de pária social, pelo menos no círculo das pessoas honestas que ganham o pão com trabalho duro. Há uma consequência para cada opção de vida, não é?

Devo confessar que em determinado momento fiquei com pena. Mas minha piedade durou só o tempo de me lembrar que sua vida deve estar muito melhor que a minha em uma série de coisas. Ela e o ex-amante é que deviam ter pena de nós.

sexta-feira, abril 03, 2009

Não se pode elogiar

Um relatório meu foi elogiado para o meu chefe. Ele veio todo contente me contar que o relatório tinha agradado muito ao "cliente". Fiquei bem satisfeita também, mas... o que ganhei com isso? Mais dois outros para fazer! Tomei, papuda.

Tá certo que um era serviço meu mesmo, mas o segundo foi assim um presente, uma honra ao mérito, um bônus pelo bom desempenho. E os dois para a próxima semana.

Adivinhem o que vou fazer neste sábado e domingo?
Me divertir muito com as minhas filhinhas, claro, e garantir que nunca mais me elogiem para o chefe.

Ih, começou...

Laurinha:
- Não vejo a hora de ter carteira de motorista pra poder ir onde eu quiser, na hora que eu quiser!

Eu:
- Não basta ter carteira, filha, tem que ter o carro também.

Laurinha:
- Ué, eu pego o seu emprestado.

Já viram o que me aguarda?