Mesa de Bar

Lugar pra se falar sobre tudo e sobre o nada.

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Local: Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil

Sóbria, a maior parte do tempo. Na mesa de um bar me torno mais corajosa, mais sensível, mais emotiva, mais generosa. No bar e com umas cervejas a mais, as dúvidas se dissipam, as certezas afloram, as tristezas caem fora e a alegria reina. Sim, na mesa de um bar eu sou uma pessoa melhor do que fora dela.

terça-feira, fevereiro 23, 2010

Pão caseiro da Bibi


Tradução:
1 Misturar farinha, fermento e água na tigela verde grande
2 Sovar a massa com as mãozinhas até ficar lisa e homogênea
3 Cobrir a tigela com um pano e deixar descansar até dobrar de tamanho
4 Untar uma fôrma e assar em forno pré-aquecido
(notaram os números ainda espelhados? e as mãozinhas com quatro dedos? coisa mais linda!)

segunda-feira, fevereiro 22, 2010

Grand Torino



Vi esse filme há um bom tempo atrás e me incomodou muito. E continua a incomodar quando leio elogios desbragados ao velho Clint bancando o Charles Bronson. Porque eu odiei muito. E devo ter sido a única a odiar, já que só li críticas positivas. Mas achei um dos filmes mais preconceituosos de todos os tempos.
A única leitura que consegui fazer desse filme foi:
"Latinos, negros e orientais são um bando de pobres coitados sem qualquer capacidade de auto-organização (a não ser para formar gangues), inclinados ao crime e à degeneração. Eles precisam da proteção, dos conselhos e da tutela dos brancos-protestantes-anglo-saxônicos. Para seu próprio bem, claro."
E então o grande herói branco-protestante-anglo-saxônico se sacrifica por uma dessas racinhas inferiores. Ô, como os militares norte-americanos são bonzinhos!
E a grande trapaça psicológica do filme: o grande herói é incapaz de estabelecer vínculos afetivos com sua própria família; seus netos adolescentes mal o conhecem, não o respeitam, nunca ouviram suas histórias, nunca receberam dele atenção, ternura ou carinho de avô e, portanto, óbvio, também não têm nada disso para oferecer-lhe. Mas, magic moment, ele é capaz de se afeiçoar a uma família estrangeira e de cultura totalmente díspar, a quem inicialmente despreza.
Então tá.

Festival de Gastronomia em casa

Essa foi a brincadeira do domingo: fizemos um Festival de Gastronomia em casa!

Logo de manhãzinha, na cama da mamãe e ainda quentes do sono, as meninas me perguntavam o que íamos fazer durante o dia, onde íamos passear. Fiquei dando sugestões: fazer um Festival de Cinema (com filmes alugados), um Festival de Teatro (inventar, produzir e realizar uma peça em casa) ou um Festival de Gastronomia. Elas se amarraram na última idéia.

Simples assim: cada um tinha que fazer uma comida para os outros e receber notas de 0 a 10. Foi absolutamente delicioso! Escolhemos receitas nos livros e caderninhos, fizemos listinha de compras de ingredientes, fomos ao supermercado e mergulhamos na cozinha, com capricho e muita dedicação.

As menininhas me encheram de orgulho!

Bibi fez pão caseiro e limonada suíça. So-zi-nha! Claro, eu orientei, dei dicas, ensinei, cortei os limões (que eu não deixo criança mexer com faca de cozinha) liguei e desliguei o forno e o liquidificador (que ela podia se queimar ou machucar), tirei a fôrma quente e talz. Mas quem pôs a mão na massa, em tudo, foi ela mesma!

Laurinha foi ambiciosa e quis fazer 3 receitas. Não deu tempo. Mas fez duas coisas muito bem feitinhas: salada de frutas (mamão, laranja, pêra, maçã, banana e leite condensado) e bombom de chocolate que não vai ao fogo (que eu ajudei a enrolar por que a receita rendeu demais).

Eu fiz Galinhada Mineira (frango com canjiquinha) e também me surpreendi, ficou excelente!

O Boêmio não estava se sentindo muito em forma e ficou de jurado. A despeito da pouca parcialidade que o afeto lhe concede e obriga a dar nota 10 a tudo, ficou tudo realmente muito bom! Tão bom, que me deu vontade, não só de repetir os pratos, mas de repetir a brincadeira.

Não é necessário dizer que a minha cozinha virou cenário de guerra, o caos, coisa de assustar a mais valente das faxineiras. Cheguei quase, control freak que sou, a dar um pitizinho, mas segurei a onda, relaxei, me diverti e deixei que se divertissem.

E teve uns detalhes ótimos:
Bibi, que ainda não está alfabetizada, me pediu para ler a receita devagarinho, enquanto ela desenhava o passo-a-passo para depois conseguir fazer sozinha. Ficou lindo o caderninho dela com a receita ilustrada de pão caseiro!

E Laurinha, braços e pescoço doendo de tanto descascar e picar frutas, bater massa de chocolate e enrolar bombons, aprendeu, como nunca antes, a valorizar o trabalho doméstico: "Cozinhar cansa, né mãe?"

Estão servidos?

quinta-feira, fevereiro 18, 2010

Carnaval

Não pulamos, mas nos esbaldamos.
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O segredo está na escuridão (eu acho).
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Um sonho me incomodou muito. Não consigo detectar os símbolos e significados.
Tudo o que penso me parece artificial.

sexta-feira, fevereiro 12, 2010

Minha mãe


Linda, não é?

Que saudades do mar


Bala e Dani, excelente companhia! Toca Jorge Amado!


Nós


São Sebastião de Guarapari


Quem resiste a tirar uma foto com duas bananas e um morango?


Kara de ryka!!!



Na praia


Bibi e Badan, o caragueijo engarrafado, novo mascote


Laura, a garota dourada



O Boêmio em seu habitat natural


Nosso QG


Cara de meganha



Parada estratégica na estrada







A caminho do mar











segunda-feira, fevereiro 08, 2010

Para uma menininha

Ô, menininha, como é que eu vou te dizer, sem estragar sua infância, que o mundo é todo feito de sem-razões?
Como é que eu vou te contar, sem apagar sua alegria, que boa parte dos nossos sorrisos é dada em vão, desperdiçada em nadas?
Como é que eu vou te explicar que, muitas vezes, a paz é inviável,
as pessoas são más, a vida é injusta, o amor pode devastar,
sem pôr risco sua inocência?
Como é que vou te avisar, sem te lançar em pesadelo, que muitos dos teus apelos e soluços não serão ouvidos, teus medos terão fortes fundamentos
e ninguém pode nos salvar de nós mesmos?
Como é que eu vou te falar, sem te deixar confusa, que há mentiras demais, enganos demais, desilusões que mortificam.
Ô, menininha, como é que eu vou te ensinar, sem te causar susto, que ser feliz é tão difícil?

Tristeza

Às vezes, me vem uma tristeza tão grande e tão funda, que é como se tivesse a alma doente, sulcada com todas as lágrimas do mundo.
A desesperança sem razão, numa segunda-feira tão igual às outras, me engoliu esta manhã...

Mas o cotidiano me grita de volta. Comprimo os olhos com a ponta dos dedos, paro o choro que não chegou a emergir, me dou uma boa desculpa: foi a noite mal-dormida.

E mergulho no mundo.
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"A mentira é uma princesa
Cuja beleza não gasta
E a verdade vive presa
No espelho da madrasta"

Zeca Baleiro- Dindinha

sexta-feira, fevereiro 05, 2010

Por um cisco

Um cisco no olho me deixou no estaleiro por dois dias.
Nunca imaginei que uma coisa tão à toa pudesse causar tanto estrago, incômodo e aflição.
O cisco (ou corpo estranho, como dizem os oftalmos, o que me lembrou de imediato a hipótese de carregar comigo um alien olheiro) ficou cravado na córnea, coçando o globo ocular, irritando a mucosa, ferindo a pálpebra e me deixando em desespero.
Foi necessário que um oftalmologista me raspasse o olho com uma espátula para que o malvado saísse e depois esperar cicatrizar a pequenina lesão para que parasse de doer.
Fiquei inutilizada, invalidada, com um curativo tão grande na cara qual o Fantasma da Ópera pós-plástica. Não conseguia dirigir, não conseguia ler, não conseguia ver tv, não conseguia usar o computador, não conseguia ficar sob luz forte.

O que me leva, mais uma vez, a refletir sobre a nossa fragilidade física e moral.
Fosse isso a 10 mil anos atrás e eu, uma mulher das cavernas dependente da visão para fugir de predadores e alimentar a mim e à minha prole, tinha morrido, provavelmente.
E quanto à fragilidade moral, o fato é que, apesar do meu tão propalado estoicismo e capacidade de encarar as agruras e adversidades com a fleuma de um lord inglês arruinado, me vi às portas de um piti homérico ao enfrentar o segundo dia de dores intensas.

Deixo aqui um agradecimento público e amoroso ao Boêmio, que me levou e buscou das consultas e retornos médicos, fez comidinha, me alimentou, me cuidou e, graças ao seu carinho, paciência e ternura, impediu que eu me atirasse pela janela (se é que eu, cegueta como estava, seria capaz de achar a janela).

terça-feira, fevereiro 02, 2010

Férias Perfeitas

Muito sol, o tempo todo
Sombra das castanheiras
Muita água de côco
Calor constante
Cerveja bem gelada
Toneladas de protetor solar
Pele dourada
Camarão na beira do mar
Peixe assado na brasa
Leve intoxicação alimentar
Passeio de caiaque
Furar onda
Pular onda
Pegar jacaré
Ondas nem muito grandes, nem muito pequenas
Frescobol
Tartarugas marinhas
Tatuagens de henna
Celular desligado
Parquinho de diversão, montanha russa incluída
Bons amigos
Elas
Ele