Mesa de Bar

Lugar pra se falar sobre tudo e sobre o nada.

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Local: Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil

Sóbria, a maior parte do tempo. Na mesa de um bar me torno mais corajosa, mais sensível, mais emotiva, mais generosa. No bar e com umas cervejas a mais, as dúvidas se dissipam, as certezas afloram, as tristezas caem fora e a alegria reina. Sim, na mesa de um bar eu sou uma pessoa melhor do que fora dela.

quinta-feira, maio 31, 2012

Micos, abraços e beijinhos sem ter fim

Bibi anda de mãos dadas comigo na rua, não se importa com abraços e beijinhos em público, gosta de colo em qualquer circunstância.

Para a Laurinha, tudo isso é um tremendo mico. Não me dá mais acesso físico a ela. Nada de demostrações de afeto explícitas, muito menos num raio de 2 km ao redor da escola, onde pode correr o risco de ser vista por algum coleguinha em constrangedor momento de não-rebeldia (aliás, outro dia usei com ela a palavra "coleguinha" e fui severamente reprimida).

Ser mãe é treinar o desapego.

segunda-feira, maio 28, 2012

A la Carte - Cartinhas & Cartões

Olha só coisa mais linda que o Boêmio fez pra enteada:

Imprimimos a logo um cartaz e Bibi pregou na sua banca de vendas.

Quanto aos cartões, a casa dos artistas é aqui, vejam a produção:















Foram ao todo 30 cartões, todos diferentes uns dos outros, e um marcador de livro.
Venderam feito pão quente! A menina voltou com meio quilo de moedinhas pra casa!

quinta-feira, maio 24, 2012

Dia de Lojinha

Na próxima segunda-feira, a escola da Bibi irá promover, entre os alunos do 3º ano, o Dia da Lojinha. Cada criança vai levar um produto (balas, brigadeiro, figurinhas, revistinhas, etc.) e montar uma banca para vender suas coisinhas para os colegas. A pretensão não é exatamente estimular o empreendedorismo na tenra infância, mas sim exercitar os pequenos a fazer contas usando números com casas decimais, os centavos.

Há alguns anos atrás, quando a Laurinha passou por isso, nós fizemos bijuterias em casa para ela vender. Numa rápida visita ao Mercado Central voltamos com contas, berloques, pingentes e confeccionamos colares e pulseirinhas. Alguns ficaram até bem bacanas.

Desta vez Bibi não quis fazer bijuteria. Disse que um monte de colegas já vai fazer, assim como brigadeiros e docinhos. Botamos juntas a cachola pra funcionar e tivemos a brilhante ideia de fazer cartões artesanais


Acho uma delicinha esse tipo de coisa: aproveitar a deixa da escola e fazer algo bem legal e criativo junto com elas! Fomos as duas para o G00gle procurar modelos de cartões que nos inspirassem, imprimimos alguns moldes, fizemos lista do material necessário e pusemos mãos à obra. Já temos uns poucos prontos e combinamos passar o próximo fim de semana armadas de tesoura e papel, bolando cartõezinhos bonitos.

Amore mio, que participa ativamente de tudo, já pensou no nome e logo da lojinha e também fez um cartão muito bacana. Quando estiver tudo pronto, vamos tirar fotos e mostrar a nossa "arte".

quarta-feira, maio 23, 2012

O primeiro banho na pet

Nelson Rodrigues tomou hoje, aos quase dois anos de idade, seu primeiro banho em pet shop.
Voltou macio, fofinho e perfumado como nunca antes. Devem ter deixado de molho no amaciante, só pode.
Até dá gosto deixar o bichão vir pro colo.

segunda-feira, maio 21, 2012

Saldo do fim-de-semana

Filmes:
-Histórias Cruzadas (The Help), de Tate Taylor.
-Cavalo de Guerra (War Horse), do Spielberg.
-O Homem que Mudou o Jogo (Moneyball), de Bennet Miller.
-Plano de Fuga (Get the Gringo), de Adrian Grunberg.

Comidas:
-Frango de padaria e batatinhas assadas.
-Creme de frango da mãe do Rodrigão.
-Lombo assado da Cidinha.
-Macarrão alho e óleo, meu.
-Doce de leite do supermercado.

Livros:
-Tudo sobre Arte, de Stephen Farthing e Richard Cork.
-O Jardim das Cerejeiras, de Tchékhov.

Roupas:
-Pijama quase o tempo todo!

Quem bate? É o frio!

Mudou o tempo, alterou o sistema respiratório, afetou o imulógico.

O nariz de uma sangra, o da outra escorre, o do outro entope. Bronquites e sinusites nos rondam.

Só eu fico de boa, mas nem sei por quanto tempo.

Hora de:
- tirar do maleiro purificador e umidificador de ar.
- arrumar um aspirador de pó.
- manter todos com os casaquinhos vestidos e os pés calçados.
- tornar obrigatório o uso do secador após o banho, pras costas não ficarem úmidas e frias com o manto de cabelos molhados que vai quase até a cintura.

sexta-feira, maio 18, 2012

As meninas exemplares

Essas minhas filhas são um luxo:

-Laurinha já está com notas acima da média em todas as matérias, e ainda falta o lançamento das notas das provas finais desta etapa! Sucesso total e absoluto neste começo de ano letivo. Destaque para Ciências, História e Redação, nas quais ela superou as dificuldades anteriores.

-Bibi trouxe o boletim com um pequeno diploma anexo: Mérito Escolar! Não só fechou todas as matérias mas ainda se destacou pelo bom comportamento, pelo excelente relacionamento com colegas, professores e funcionários da escola; interesse e dedicação ao estudo.

Mamãe baba de orgulho!

quarta-feira, maio 16, 2012

A Revoada (o enterro do diabo)

Acabei de ler A Revoada (o enterro do diabo), romance de estréia de G.G. Marquéz, publicado em 1955.

Mais uma vez seu universo fantástico se tornou momentâneamente mais real do que o concreto chão onde apoio os pés e ao meu redor tudo parece turvado por névoas de sonho. Sei que a sensação é passageira e é mesmo isso que me deixa abismada: em algum canto de mim tenho a certeza que amanhã acordarei cedo, levarei crianças à escola e farei compras no supermercado, como se Macondo nunca houvesse existido.

sexta-feira, maio 11, 2012

Confissão de mãe

Já houve um tempo, quando as meninas eram menores, em que eu achava que o melhor presente para o Dia das Mães seria poder passar um dia inteirinho longe de filhos.

Desnaturada, eu.

quarta-feira, maio 09, 2012

Desejos:

-Espanha, 21 dias: Madri, Toledo, Barcelona, Córdoba, Sevilha, Santiago de Compostela.

-Nova Iorque, 10 dias. Metropolitan, MoMA, Guggenheim, Museu de História Natural, musical na Broadway, missa gospel no Harlem, passeio de mãos dadas pelo Central Park, galerias modernosas.

-Volta à Itália, 21 dias. Para voltar a Veneza e para ver o que não vimos: Milão, Verona e o sul.

-Volta à França, 21 dias. Provence, Bordeaux, Normandia, vale do Loire.

-México, 15 dias. Cidade do México e seu Museu de Antropologia, Teotihuacán, Chichén Itzá, Uxmal.

quinta-feira, maio 03, 2012

Voltamos à programação normal.

Descrever a viagem é importante pois tendemos a achar que tudo foi inesquecível, mas em poucos meses a memória nos trai e começamos a nos perguntar "onde era mesmo aquele lugar?", "como se chamava aquele museu?".

Todas as noites em Paris, antes de dormir, eu sacava a minha agenda e anotava os passeios, museus e monumentos vistos naquele dia. Ou não teria sido capaz de reconstituir para mim mesma tudo o que vi e vivi.

Tendo registrado tudo devidamente, no papel e no blog, anuncio que retornamos ao nosso comezinho, mas feliz, dia-a-dia.

Hoje, por exemplo, não aconteceu nada de relevante comigo. Mas foi um dia ótimo! O trânsito não estava pior que o normal, o trabalho não deu nenhuma dor de cabeça excepcional, o restaurante de comida-a-quilo caprichou no peixinho assado, a volta pra casa foi tranquila, meu amor chegou com boas notícias do trabalho.

E agora, acabamos de tomar uma cerveja juntos e vamos dormir de conchinha!

quarta-feira, maio 02, 2012

Itinerário Parisiense XI

Décimo-quarto dia:

Giverny- tínhamos feito, ainda em BH, uma reserva de um carro popular, mas para nossa surpresa tivemos um upgrade e recebemos, pelo mesmo preço, um carrão daqueles que não falta nem falar!


De posse do possante e das instruções impressas do google maps sobre como chegar, tomamos o rumo de Vernon até a pequena cidade de Giverny, onde Monet morou por muito tempo. A sua casa e jardins hoje são um museu aberto à visitação e estão entre as coisas mais lindas que vimos na França. Recomendo demais a quem for a Paris que não deixe de tirar uma manhã para ir até lá.





Os artistas franceses sabiam se tratar! Não é por acaso que a expressão bon-vivant nasceu neste país!
Passamos a manhã em Giverny e tomamos a estrada para Chartres, onde visitamos a famosa catedral, uma das que mais nos impressionou pela aparência extravagante e imponência.


Após Chartres seguimos para o vale do Loire, onde ficamos na cidadezinha de Chenonceaux, mas como chegamos lá no finalzinho da tarde, só deu tempo de deixar a pouca bagagem no hotel e rodar pela vila procurando um lugar para comer.

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Décimo-quinto dia:

Castelo de Chenonceaux e jardins. A região do vale do Loire é famosa por seus castelos renascentistas e sua fama não é à toa. São lindíssimos, com jardins igualmente maravilhosos. O castelo da Cinderela na Disneylândia é inspirado neles, assim como o castelo de Moulinsart, das aventuras de Tintin.


O castelo de Chenonceaux foi construído sobre uma fortaleza medieval da qual atualmente só resta um torreão, a Torre dos Marques, cuja posse pretendo reclamar na justiça francesa. Sua arquitetura é das mais interessantes, pois foi feito de forma a atravessar o rio, como uma ponte coberta.

Adoraríamos ter ficado mais e conhecido as outras cidades e seus fabulosos castelos, mas tínhamos que devolver o carro. Pretendemos voltar.

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Décimo-sexto dia:
Jardim de Luxemburgo, belíssimo.
Arenas de Lutécia, interessante.

Jardim das Plantas. Bom para quem se interessa por História Natural, quem não curte, não vai achar muita graça.
Galeria da Evolução. Idem.
Exposição didática sobre aranhas. Idem.
Museu de Paleontologia e Anatomia Comparada. Idem. Vi a Lucy, chorei.

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Décimo-sétimo e último dia:

Tradicional passeio de bateau-mouche pelo Sena. Já nos despedindo da cidade.

Flanamos pelas ruas até o canal de St. Martin.



Passamos uma última vez pela torre Eiffel.



Ainda deu tempo de ir ao Museu Marmottan, dedicado a Monet. Palacete lindo, muito bem decorado e conservado, com algumas das mais importantes telas do Impressionismo. Para minha satisfação, havia uma exposição temporária reunindo as obras de Berthe Morisot, única mulher (ou uma das poucas) desse círculo de pintores e que eu sempre achei subestimada e pouco valorizada. Muito menos conhecida que seu marido, Manet, mas tão talentosa quanto, ela me deixou deslumbrada.



Última ceia em Paris: pão e vinho. Com queijo de cabra, presunto defumado e legumes frescos.

Fomos dormir cedo e tristes.

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Décimo-oitavo dia:
Bora pro aeroporto bem cedinho. De metrô, como sempre.

terça-feira, maio 01, 2012

Itinerário parisiense X

Décimo segundo dia:

Mercado das Pulgas, de novo, porque queríamos ver e comprar mais umas coisinhas.

Conciergerie- é a parte que sobrou do mais antigo palácio real da cidade. Já no século XIV foi transformado em prisão. Foi ali que a rainha Maria Antonieta passou seus últimos meses de vida. Muito me impressionou e incomodou a falta de privacidade da sua cela: tinha que dividir permanentemente o pequeno espaço com dois homens, guardas revolucionários, separados apenas por um leve biombo.

(reconstituição da cela de Maria Antonieta)

Torre de St. Jacques de Compostela- descobrimos ali que Tiago em francês é Jacques! Então, esta torre (resto também de um antigo palácio) é o ponto inicial da peregrinação pelo Caminho Francês até a Basílica de Santiago na Galícia.

 Hôtel de Ville- é o equivalente às nossas Câmaras Municipais (ou Prefeitura, não sei direito). No interior, algumas partes estão abertas à visitação pública, mas nós não chegamos a entrar.

(meu imperador, em frente ao Hôtel de Ville)

Centro Pompidou- enquanto o Louvre expõe o melhor da arte da antiguidade até os séculos XVII e XVIII e o D'Orsay se propôs a exibir o séculos XVIII e XIX, o Centro Pompidou se especializou em Arte Moderna, do final do séc XIX até o momento contemporâneo. Mon amour tem certa resistência com a contemporaniedade e mesmo eu enfrento algumas dificuldades com certas obras e instalações, mas podemos dizer que gostamos muito do que vimos até a década de 50 do século passado. Depois fica tudo muito doido.

(a vista do alto do Pompidou é bem bacana também)

E neste dia, à noite, começou a bater aquela tristezinha típica de quem sabe que as férias vão acabar em breve.

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Décimo terceiro dia:

Segunda-feira, museus fechados. Vamos rodar e curtir a cidade, sentar em cafés e passear pelas praças, andar pelos bairros e apreciar a rotina alheia. Onde fomos:

Marais, um dos bairros mais tradicionais da cidade.
Praça de Vosges, linda, linda, linda.
Quartier do Judeus, interessante e movimentado.
Praça da Bastilha. Não sobrou pedra sobre pedra da antiga fortaleza-prisão, mas no chão pode-se ver as marcas do traçado das muralhas.
Les Halles. Um grande shopping center sem graça.