Mesa de Bar

Lugar pra se falar sobre tudo e sobre o nada.

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Local: Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil

Sóbria, a maior parte do tempo. Na mesa de um bar me torno mais corajosa, mais sensível, mais emotiva, mais generosa. No bar e com umas cervejas a mais, as dúvidas se dissipam, as certezas afloram, as tristezas caem fora e a alegria reina. Sim, na mesa de um bar eu sou uma pessoa melhor do que fora dela.

sábado, junho 16, 2012

40 anos, hoje!

A inexorabilidade do tempo que passa, a decadência da carne em todas as suas formas mais abjetas, a evidente constatação da própria mediocridade, a ausência das pretendidas realizações pessoais, profissionais e etc.

Tudo isso me dirigia a tomar a firme decisão de me deprimir nos meus 40 anos. Mas fui acordada com abraços e beijinhos e carinhos e sorrisos sem ter fim. E com uma enooorme cesta de café da manhã, tão grande e tão cheia de gulodices que deve durar até os 41. Como não ficar feliz?

E seria necessário ter expectativas muitos irreais para não avaliar como "muito satisfatória" a vida que vivi até aqui. Eu teria que estar classemédiasofrendo demais para me declarar triste. Mas tenho filhas crescendo com saúde, um homem cujo amor me remete ao que de mais belo e puro e bonito pode existir, um trabalho que gosto e considero importante, uma casa e jardim deliciosos, uma conta bancária que não impressiona mas também não cai no vermelho, pais tão maravilhosos que se deram ao trabalho de encarar 4 horas a estrada só pra vir me abraçar hoje, bons amigos para todas as horas. Como não ficar feliz?

Deus conserve que todos os anos sejam assim!

segunda-feira, junho 11, 2012

40 anos, esta semana.

Ainda não decidi como me sinto a respeito.

Enquanto isso, lá no facebook...

Com alguma resistência, eu e o pai da Laurinha aquiescemos e permitimos que ela tivesse um perfil no fb. Impusemos uma série de regras e restrições de segurança. Com alguma resistência, ela aceitou.

Entre as regras, a obrigatoriedade de aceitar os pais como amigos (mico, mico, mico) e a proibição de bloqueá-los (quatro olhos vigiam melhor que dois).

Para minha grande surpresa, as amiguinhas dela (como ela odeia que eu as chame assim) começaram agora a me adicionar também como amiga. Achei um sinal muito positivo. Curti!

Aprontando altas confusões num feriadão da pesada

Alergias e sinusites têm nos rondado muito de perto. Passamos o feriadão limpando e desinfetando armários com possíveis focos de mofo, lavando toda a roupa de cama da casa, sugando com o aspirador de pó todos os pelos de animais, removendo tapetes e cortinas, passando pano úmido no chão, encomendando persianas verticais para substituir as cortinas, tentando conter gato e cão e mantê-los fora de casa, ligando purificadores de ar, comprando e instalando coisas anti-umidade, dando vitaminas e sais minerais a quem deles precisa, e nem sei mais o quê.

Mas também almoçamos fora num lugar muito legal, assistimos série de terror, cuidamos do jardim, penduramos quadros lindos nas paredes, sonhamos com a casa perfeita que um dia teremos.

Saldo geral: positivo!

terça-feira, junho 05, 2012

O Novo Código Florestal e o Patrimônio Natural

Não entendo a dificuldade das pessoas entenderem e aceitarem que o Patrimônio Natural (rios, lagos, florestas, biodiversidade, flora e fauna em geral) é um bem público e, como tal, sua preservação, manutenção e cuidado são obrigação não só do Estado mas da coletividade, ou seja, todos nós, incluído aí o proprietário da terra na qual o bem público está assentado.

O curioso é o fato de que as pessoas já aceitam bem o conceito de Patrimônio Cultural. Não passa pela cabeça de ninguém (eu espero) que o proprietário de um imóvel tombado, um casarão do séc XVII em Ouro Preto por exemplo, tenha o direito de botá-lo abaixo apenas porque é o "dono" daquilo. Então por que alguns ainda acham aceitável que um proprietário rural passe o trator num fragmento de Mata Atlântica em sua fazenda?

A afirmação de que a preservação ambiental e a conservação da biodiversidade são obrigações exclusivas do Estado, como li outro dia, é no mínimo ingênua, pra não dizer que é má-fé. Se o Estado tiver que comprar todas as áreas de preservação permanente (APPs) ou, por analogia, todos os edifícios históricos, e arcar com as despesas de sua manutenção, proteção e fiscalização, inviabiliza-se todo e qualquer esforço de preservação do Patrimônio Público, seja Natural ou Cultural.

Outro argumento que me causa muita estranheza é o de que o Estado não tem o direito de intervir na utilização do espaço numa propriedade privada: "na minha casa quem manda sou eu". Na verdade, o Estado não só tem o direito como tem o DEVER de regulamentar o uso e ocupação do solo não só em zonas rurais mas também nas urbanas (a isso se chama ordenamento territorial e é atribuição municipal).



Definição de Patrimônio Público, aqui.
Sobre Ordenamento e Administração, aqui.