Mesa de Bar

Lugar pra se falar sobre tudo e sobre o nada.

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Local: Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil

Sóbria, a maior parte do tempo. Na mesa de um bar me torno mais corajosa, mais sensível, mais emotiva, mais generosa. No bar e com umas cervejas a mais, as dúvidas se dissipam, as certezas afloram, as tristezas caem fora e a alegria reina. Sim, na mesa de um bar eu sou uma pessoa melhor do que fora dela.

sexta-feira, agosto 17, 2012

Ouvido de passagem

"O mundo trata melhor as louras, essa é que é a verdade!"

De uma ex-morena, colega de trabalho.

Cinema francês em alta, e libanês também

Dois filmes que vimos nos últimos dias e foram puro deleite e boa diversão:

-E Agora, Onde Vamos?, de Nadine Labaki.
Uma misturinha de drama e comédia ou, talvez, uma comédia melancólica ou, ainda, um drama bem-humorado. Não interessa a definição. O que o filme traz é a história dos habitantes de uma aldeia isolada nos confins do Líbano, onde os habitantes cristãos e islâmicos conseguem conviver de forma mais ou menos pacífica, graças aos criativos e imaginativos esforços das mulheres para suavizar ou escamotear as hostilidades. Todas elas estão cansadas de sofrer e não querem ver multiplicados os túmulos de que tanto tomam conta. Não tanto um conflito de gêneros, mas o que se assiste é a disputa, um pouco triste, um pouco risível, em grande parte absurda, entre os de boa-vontade e os que se deixam levar pela fúria dos acontecimentos externos.


-Intocáveis, de Eric Toledano e Olivier Nakache.

Posso dizer que é uma verdadeira comédia. Uma das que faz rir de verdade, quero dizer. É que já fazia um bom tempo que eu não ria de verdade, com vontade, gostosamente, ao assistir um filme. O argumento é batido: duas pessoas com vidas e personalidades muito diferentes vão passar um bom tempo juntas e acabam transformados para melhor pela convivência com o diferente. "Um aristocrata francês rico e paraplégico contrata um enfermeiro africano dos subúrbios de Paris. Acabam se tornando grandes amigos." Dizendo assim, não se convence ninguém que o filme não seja uma sucessão de clichês pseudoengraçadinhos e piadinhas bobas. Mas os pontos fortes do filme são a estupenda atuação de Omar Sy e os excelentes, divertidíssimos, diálogos entre os protagonistas (W. Allen com as barbas de molho). Recomendo demais!

quinta-feira, agosto 16, 2012

Em casa do Bill Bryson

Tendo terminado o segundo volume das "Memórias da Segunda Guerra Mundial", do W. Churchill, e ainda sob o impacto de tantos detalhes factuais que eu desconhecia, procurei algo bem diverso, mas cuja leitura fosse tão interessante e apaixonante quanto. Encontrei na cabeceira do Boêmio.

O excelente Bill Bryson, que eu já conhecia da "Breve história de Quase Tudo", agora se voltou para os mistérios do lar, aqueles que nos rodeiam a cada passo e em cada canto de nossa própria casa. O autor investiga a história e a evolução do ambiente doméstico a partir de cada cômodo de sua própria casa, incluídos aí o desenvolvimento dos materiais de construção, das técnicas construtivas, do mobiliário, dos acessórios de cozinha e, principalmente, das relações interpessoais entre membros de uma mesma família, da família com seus empregados domésticos ou com a sociedade exterior. Do hall para a cozinha, da cozinha para a sala de jantar, desta para a de visitas, vamos passeando pela casa moderna e entendendo como suas funções variaram ao longo dos séculos e porque nossas casas são como são hoje em dia.

Considero Em Casa, uma breve história da vida doméstica como um fragmento, um zoom, do "História da Vida Privada". Com um outro tipo de linguagem, menos acadêmico e mais divertido, e voltado para um outro público, mais leigo, a pesquisa do autor faz um recorte no tempo e no espaço (era moderna, Grã-Bretanha) para detalhar e explicar as residências atuais.

Estou adorando e recomendando.