Mesa de Bar

Lugar pra se falar sobre tudo e sobre o nada.

Minha foto
Nome:
Local: Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil

Sóbria, a maior parte do tempo. Na mesa de um bar me torno mais corajosa, mais sensível, mais emotiva, mais generosa. No bar e com umas cervejas a mais, as dúvidas se dissipam, as certezas afloram, as tristezas caem fora e a alegria reina. Sim, na mesa de um bar eu sou uma pessoa melhor do que fora dela.

quarta-feira, março 15, 2006

É isso aí...

Eu tava levando o dia quase numa boa, achando que estava superando um monte de coisas, mas vem a Ana Carolina e começa a cantar "É isso aí...", com aquela voz de veludo e de tristeza. E eu lembro a primeira vez que ouvi a música, com fones de ouvido, e me disseram pra acreditar em milagres e eu quis acreditar.
E agora só me restou correr para o banheiro do departamento, para chorar escondido, soluçando baixinho.
///---///---///---///

Que droga de tristeza que não passa de uma vez, será que a dor nunca mais vai embora?
Não basta eu querer deixar de sentir mágoa pra mágoa me deixar?
Por que essa merda de nó na garganta, essa dor física em todo o corpo, esse peso no peito, essas lágrimas que teimam em escorrer enquanto escrevo?
Será que nunca mais vai ser possível ser feliz plenamente?
Que desgraça de fim-de-tarde.
///---///---///---///

Tu me quieres Blanca (Alfonsina Storni)

Tu me quieres alba,
Me quieres de espumas,
Me quieres de nácar.
Que sea azucena
Sobre todas, casta.
De perfume tenue.
Corola cerrada

Ni un rayo de luna
Filtrado me haya.
Ni una margarita
Se diga mi hermana.
Tú me quieres nívea,
Tú me quieres blanca,
Tú me quieres alba.

Tú que hubiste todas
Las copas a mano,
De frutos y mieles
Los labios morados.
Tú que en el banquete
Cubierto de pámpanos
Dejaste las carnes
Festejando a Baco.

Tú que en los jardines
Negros del Engaño
Vestido de rojo
Corriste al Estrago.
Tú que el esqueleto
Conservas intacto
No sé todavía
Por cuáles milagros,
Me pretendes blanca
(Dios te lo perdone),
Me pretendes casta
(Dios te lo perdone),¡
Me pretendes alba!

Huye hacia los bosques,
Vete a la montaña;
Límpiate la boca;
Vive en las cabañas;
Toca con las manos
La tierra mojada;
Alimenta el cuerpo
Con raíz amarga;
Bebe de las rocas;
Duerme sobre escarcha;
Renueva tejidos
Con salitre y agua;
Habla con los pájaros
Y lévate al alba.

Y cuando las carnes
Te sean tornadas,
Y cuando hayas puesto
En ellas el alma
Que por las alcobas
Se quedó enredada,
Entonces, buen hombre,
Preténdeme blanca,
Preténdeme nívea,
Preténdeme casta

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Olá Meg, tô dentro do programa de domingo - Casa Fiat de Cultura. É só combinar. Me liga (9607.0779).
bjs Mônica

3/15/2006 11:29 PM  

Postar um comentário

<< Home