Mesa de Bar

Lugar pra se falar sobre tudo e sobre o nada.

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Local: Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil

Sóbria, a maior parte do tempo. Na mesa de um bar me torno mais corajosa, mais sensível, mais emotiva, mais generosa. No bar e com umas cervejas a mais, as dúvidas se dissipam, as certezas afloram, as tristezas caem fora e a alegria reina. Sim, na mesa de um bar eu sou uma pessoa melhor do que fora dela.

segunda-feira, setembro 22, 2014

Perdas e Danos

Muitas perdas em pouco tempo. Nos últimos 12 meses, mais ou menos, perdi minha avó, meu pai, e uma gravidez muito desejada. Nenhum ganho considerável no mesmo período, a não ser de peso.

Não estou deprimida, mas não sinto vontade de confratenizar com ninguém, comemorar coisa nenhuma, festejar ou me divertir. Quero muito dormir. Se acordada, quero ficar sozinha. Ver filmes, cuidar do jardim. Qualquer coisa que me ajude a evitar o convívio ou a conversa. Pensando melhor, acho que estou deprimida.

quinta-feira, julho 03, 2014

Um filho.

Meu pai se foi em fevereiro. E descubro agora, em junho, que vou ter um filho.
Não deixa de ser uma ironia, não deixa de ser uma alegria.

sábado, março 08, 2014

Meu pai

Ele morreu. Ainda me custa a acreditar. Não o verei mais, não verei mais seus olhos azuis, não ouvirei mais sua voz, não terei mais sua sensatez e experiência a me orientar. Não mais andaremos devagarinho, de braços dados, subindo e descendo com cuidado calçadas, degraus e meio-fio. Meu pai.

Ainda durante sua internação no hospital, implorei a Deus que o conservasse mais uns anos junto a nós. Mesmo que apenas dois ou três anos, mesmo que numa cadeira de rodas.

E depois, consternada, procurei motivos para ser feliz e agradecida pela vida que ele teve, que ele pôde ter. E consigo me manter serena pensando que tenho muito a agradecer. Agradeço por ele ter vivido 73 anos, mais do que os seus próprios pais. Agradeço por ele nunca ter passado pelo desgosto de perder um filho. Agradeço por ele ter vivido o suficiente para ver seus três filhos adultos, com a vida encaminhada, todos formados, casados e independentes. Agradeço por ele ter conhecido sete netos, filhos dos seus três filhos, todos saudáveis e inteligentes. Por ele ter construído a casa que planejou, do jeito que queria e por ter desfrutado dela por alguns anos no final da sua vida. Por ele nunca ter enfrentado fome, miséria, desemprego duradouro. Por ter sido reconhecido, ainda em vida, pelos seus pares, como o brilhante profissional que foi. Por ele ter trabalhado sempre na profissão que abraçou e escolheu. Por ele ter tido tempo para se aposentar e ter dignidade na velhice. Pela boa qualidade de vida que teve em seus últimos anos, fruto do seu trabalho e seu sacrifício ao longo de toda a vida. Por ele ter tido um jardim no qual se entretinha e do qual se orgulhava. Por sua doença ter sido breve e sua morte sem dor e sem agonia. Agradeço por ele ter a consciência de ter sido amado e respeitado pela sua mulher e filhos e por ele saber que nós também tínhamos a consciência do quanto ele nos amava.

domingo, janeiro 12, 2014

Começa 2014

O que é que a vida moderna anda fazendo com as pessoas? Estou aqui no meio das minhas férias e me sentindo culpadíssima por não estar trabalhando, não estar produtiva...

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Preparando um quarto novo para Bibi!
Cama comprada, armário encomendado,  faltando ainda reformar (ou comprar nova?) a escrivaninha e chamar o pintor no fim disso tudo.

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Minha super mãe ofereceu uma viagem sensacional para Maceió, uma semana com a família, mas sem os homens. Vamos no final desta semana, não vejo a hora e espero dar tudo certo, fui eu quem fiz as reservas na cvc e ando meio tensa, se algo der errado, responsabilidade minha.

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Laurinha começa escola nova este ano. Estou apreensiva.

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Havia mais alguma coisa a dizer, mas esqueci.

quarta-feira, dezembro 18, 2013

Atualizo

Atualizo (que piada!) o blog de quando em quando, apenas para ter certeza que ainda sou capaz de acessá-lo. Uma boa parte da minha vida está registrada aqui. Talvez não a melhor parte, mas não quero perdê-la. Ainda quero, tenho esperança, que minhas filhas leiam isto um dia, quando mais crescidas, e que possam me conhecer melhor e me entender melhor, talvez me perdoar melhor, através de palavras que nunca lhes disse, mas que escrevi com muita sinceridade.
Por isso, atualizo.

domingo, novembro 10, 2013

2013, é pra acabar...

O ano que não quer acabar.
O ano em que praticamente abandonei a mesa do bar.
O ano em que fiz quatro viagens internacionais.
O ano em que praticamente não vi os amigos, nenhum deles.
O ano em que perdi minha avó.
O ano em que desisti de ter mais um filho.
O ano em que engordei horrores.
O ano em que passei metade do ano dentro do carro, parada no trânsito.
O ano em que li poucos, mas só bons livros.
O ano em que minha filha me enlouqueceu por causa das notas na escola.
O ano em que construíram dois prédios ao redor do nosso e nos tiraram o sol.
O ano em que mais tivemos incertezas profissionais.

Que ano...

quinta-feira, junho 27, 2013

Luto.

Maria da Conceição Saraiva Batarda da Silva Granate
8 de Novembro de 1920 - 
23 de Junho de 2013 

Minha maravilhosa avó faleceu no último domingo. A mais maravilhosa das avós que alguém possa ter.
A avó que sabia e contava histórias sensacionais, fugindo dos clichês chapeuzinho-vermelho e patinho-feio. A que recitava Camões durante o almoço. A que escrevia poemas ocasionais. A que tinha muito jeito com plantas e um jardim lindíssimo. A que estava sempre elegante, perfumada, bem-vestida, mesmo aos 95 anos. A que tinha lucidez crítica, análise aguda, grande cultura e ainda um sentido de justiça altamente desenvolvido. A que tinha a saúde pública como causa e profissão. A que sabia História mais que todos. A que apreciava arte, monumentos, antiguidades. A que valorizava o estudo, o conhecimento, a ciência, o trabalho. A que era dotada de grande senso de humor. A que cantava bem. A que dirigia mal. E ria disso. A avó que eu quero ser um dia...

Saudade e amor imensos, avó Conceição.

domingo, maio 12, 2013

Na Costa Rica

O curso foi sensacional! Das melhores experiências! Um grupo super interesado e empolgado com ciência, discussões ótimas.
Quanto ao país, achei bem parecidinho com o Brasil, florestas incluídas. As cidades, achei feinhas e nem vi as praias, que é o que eles dizem terem de melhor.
Agora estou sozinha num hotel bacaninha em San Jose, o Cacts, me sentindo mega-cidadã do mundo mas, na verdade, morrendo de medo de sair para explorar a cidade. Preciso de companhia para meu espírito aventureiro se manifestar.

domingo, abril 28, 2013

Apenas para falar alguma coisa

Recebi um inesperado convite para participar, como professora e instrutura, de um curso de pós-graduação na Costa Rica. Desafio: as aulas têm que ser dadas em inglês. Ainda não tenho certeza absoluta se vou ou não. De qualquer forma, comecei a preparar tudo para ir. Medinho, mas empolgada!

sábado, março 23, 2013

Uma semana antes da Páscoa

Como quase todos os anos, vamos para a casa dos meus pais passar a Páscoa. As meninas vão se encontrar com os primos, nós vamos comer e beber bem, não nos preocupar com nada e descansar, que a vida não anda fácil.

O meu amor, sendo agora sócio da empresa, adquiriu uma série de responsabilidades e preocupações que não tinha até então. Eu ando assoberbada de trabalho também, muitos projetos, muitos relatórios, muitas pequenas atividades burocráticas. Estamos rindo e sorrindo menos; estamos sem tempo um para o outro; estamos, ao fim do dia, exaustos demais para qualquer coisa que não seja ver tv.

Fiz uma breve viagem a Miami, a trabalho e confesso que tive que me arrepender pelos meus preconceitos contra a mais consumista das cidades. Gostei de Miami. Achei surpreendentemente bonita, arborizada, espaçosa, festiva. Vontade de voltar para turistar.

quarta-feira, janeiro 30, 2013

Pouco siso.

Três dias de dores e noites mal-dormidas. Dente de siso extraído ontem. A dor desapareceu e deu lugar a um incômodo leve mas constante. Estou extremamente indisposta.

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Acabaram as férias, que foram bem boas até, na praia e em casa.

quarta-feira, janeiro 09, 2013

Partiu praia!

Começa a chover a menos de dois dias de viajarmos pra praia. Complexo de perseguição define.

Eu, mámis, e meus dois docinhos de côco. Porto Seguro, pela CVC, sete dias.

E parece que o povo torce contra, até os queridos. "Vai ser muita farofa, só música péssima, perigo de assalto, é época de chuva por lá, etc". Antipatia define.

Hoje: fazer mala já sentindo saudade do meu amor.

quarta-feira, janeiro 02, 2013

Feliz 2013 para você também!

Passamos bem a virada, mas logo derrapou. Questões menores. Jardim assim ou assado. Além do fato de eu ser meio chata mesmo. Pode haver algo por trás disso tudo: calor, cansaço, noites mal-dormidas e frustrações em série. My fault.

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Apenas para registro e consulta futura: as meninas passaram o Natal conosco em Lavras e o ano-novo com o pai.

quinta-feira, setembro 06, 2012

Depois de cinco dias pendurado no vapor.


 
Este é o Benjamim Guimarães, um dos três últimos dos tradicionais vapores que há mais de um século, desde 1871, singravam as águas do rio São Francisco. Na época, os vapores tornaram-se de extrema importância para o transporte de passageiros e mercadorias atuando como forte fator de integração social e econômica no país. Este tipo de embarcação se tornou parte integrante da paisagem, compondo a cultura e o imaginário popular de todo o trecho médio e alto da bacia do rio São Francisco. Chegaram a coexistir mais de 30 vapores de linha, fazendo o trajeto de Pirapora, em Minas, até os sertões nordestinos.
Entretanto, em meados do século passado, foram considerados obsoletos e antieconômicos. Substituídos por rebocadores a diesel, foram encostados, sucateados e desmantelados. A hegemonia do transporte rodoviário foi o golpe de misericórdia. Em Minas Gerais, só o Benjamim Guimarães sobreviveu para contar aos turistas e crianças a história das barrancas do rio.
E mesmo consciente do progresso inevitável, dá um nó no coração quando João Félix, velho vapozeiro aposentado, contemplando o rio e o vapor, nos diz:
"E quando ele apita? O que fazer? É aguentar ali, e segurar as lágrimas."

segunda-feira, setembro 03, 2012

Branca de Neve e o Caçador

Não vou dizer que achei ruim. Pelo contrário, na minha opinião foi até um bom entretenimento prum final de domingo. Defeitinhos no roteiro aqui e ali, mas com boas sacadas para fazer uma nova leitura do clássico dos contos de fadas. No geral, bons figurinos, bons cenários, bons efeitos.

O que me chamou a atenção foi a atuação espantosamente ruim da Kristen Stewart. A moça se consagra como a pior e mais bem paga atriz de Hollywood. Escola Keanu Reeves de interpretação: nenhuma expressão corporal ou facial é capaz de transmitir a intensidade do sentimentos da personagem; então faz-se cara de boba, de boca aberta, o tempo todo. Não interessa se a princesa está aterrorizada, tristíssima, divertida ou apaixonada. Mesma cara, sempre. Afinal o público infanto-juvenil não é mesmo muito exigente.