Para que conste dos autos
Eu me considero péssima poeta. Cometi, na juventude, alguns atentados contra a nobre arte de versejar. Ainda hoje, me assaltam, às vezes, instintos de fazer poesia, mas consigo me controlar. Ou, pelo menos, apago as provas do crime antes que cheguem ao conhecimento do público e traguem prejuízos ao senso estético alheio. Agradeçam-me, faço-o em nome do bem-estar da coletividade.
Também sou terrível dramaturga. Tentei (uma única vez, é fato) escrever uma peça de teatro e fracassei essencialmente por falta de talento. O argumento, modéstia às favas, era bom. Aliás, era ótimo, qualquer dia eu conto a história que tinha inventado. Mas escrever diálogos, que coisa difícil! E é justamente a forma como mais nos comunicamos, desde a infância; não deveria ser tão árido.
Só que eu não conseguia dar naturalidade a nenhuma das falas dos personagens. Ou ficava tudo muito óbvio, ou não ficava nada claro. Sem especificar o tom de voz, a postura, a expressão, etc é quase impossível (para mim) manifestar a personalidade de alguém. Se você quer que alguém seja amargo, triste, traumatizado com o passado, não pode colocar uma fala dizendo exatamente isso. Soa falso. Mas de alguma forma essas características do personagem têm que ficar claras, ou não se justificariam certas atitudes que ele vai tomar ao longo da trama.
Enfim, um desafio interessantíssimo que deixo para outros mais capazes do que eu.
Também sou terrível dramaturga. Tentei (uma única vez, é fato) escrever uma peça de teatro e fracassei essencialmente por falta de talento. O argumento, modéstia às favas, era bom. Aliás, era ótimo, qualquer dia eu conto a história que tinha inventado. Mas escrever diálogos, que coisa difícil! E é justamente a forma como mais nos comunicamos, desde a infância; não deveria ser tão árido.
Só que eu não conseguia dar naturalidade a nenhuma das falas dos personagens. Ou ficava tudo muito óbvio, ou não ficava nada claro. Sem especificar o tom de voz, a postura, a expressão, etc é quase impossível (para mim) manifestar a personalidade de alguém. Se você quer que alguém seja amargo, triste, traumatizado com o passado, não pode colocar uma fala dizendo exatamente isso. Soa falso. Mas de alguma forma essas características do personagem têm que ficar claras, ou não se justificariam certas atitudes que ele vai tomar ao longo da trama.
Enfim, um desafio interessantíssimo que deixo para outros mais capazes do que eu.
3 Comments:
Obrigado por nos poupar.
De nada.
A gentileza dos anônimos sempre me impressiona.
Antes de entrar nessa blogosfera, eu possuia sérias aspirações literárias... Agora, já tomei longas doses de realidade, e como você, decidi deixar para os profissionais.
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