Mesa de Bar

Lugar pra se falar sobre tudo e sobre o nada.

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Local: Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil

Sóbria, a maior parte do tempo. Na mesa de um bar me torno mais corajosa, mais sensível, mais emotiva, mais generosa. No bar e com umas cervejas a mais, as dúvidas se dissipam, as certezas afloram, as tristezas caem fora e a alegria reina. Sim, na mesa de um bar eu sou uma pessoa melhor do que fora dela.

quinta-feira, março 23, 2006

Deve ser o excesso de umidade daquela cidade, sei lá. O fato é que a alma de algumas pessoas apodrece quando expostas por um determinado período a certas condições climáticas.
Mas o sorriso brilha e ilumina. Vou me aquecer sob o sol, que já larguei tudo o que me mantinha no frio e na escuridão.
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Ouvido de passagem:
“Não rola: ficar amiga da atual do ex, nem da ex do atual.”
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Há tanta desigualdade neste mundo... Uns com muito, outros com pouco, a maioria sem nada. E eu com tudo!
Uns findes em que só com muita imaginação se espanta o tédio que bate à porta. Outros em que tem churras, festa e viagem ao mesmo tempo, em cantos diferentes do globo. O mesmo se aplica aos pretês. Ou a seca é brava ou chove demais na horta e afoga a plantação.
Por isso sou favorável à clonagem humana, queria ser três e fazer tudo ao mesmo tempo, agora, já.
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Eu quero, eu preciso, eu tenho que ter:
-uma presilha de cabelo multicolorida
-uma vela com cheiro de mel
-um livro novo
-um programa de fim-de-semana inteligente, erudito, capaz de impressionar mesmo as almas mais esnobes.
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Se eu fosse milhardária eu seria insuportavelmente generosa. Se alguém viesse me contar que pensa em fazer esgrima eu ofereceria logo, emprestado, o meu pavilhão de treinos no Liechenstein.
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O meu aluno coroa sessentão me chama de “professora querida” ou “professora do meu coração”. Eu, toda sorrisos. O meu aluno gatinho de 25 me chama de “professora gatinha”. Eu amarro a cara. O chefe, na idade ideal, só me chama de “professora Meg” e pra esse nem sorrio nem amarro a cara.
Eu sei respeitar as hierarquias e nós quatro sabemos reconhecer o perigo.

2 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Eu acho que entendi isso de almas que apodrecem.
Beijos

3/23/2006 5:20 PM  
Anonymous Anônimo said...

hierarquias e perigos... é preciso saber reconhecer, correr, quebrar. quando possível, claro. beijos

3/24/2006 9:48 AM  

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