Trabalho, festa e cultura

Sábado de dia. Virei a “professora radical”. Ainda estou em dúvida se será um elogio. Mas que os aluninhos gostaram da novidade, gostaram. Voltaram esbudegados pra casa, depois de um dia de trabalho de campo comigo. Aliás, eu também.
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Sábado à noite. Então eu tava lá, no meio dos modernos de BH, a nata da vanguarda, la creme de la creme do que há de novo, de hype, dos que lançam moda e modismos, dos que criam, dos que prevêm as tendências. Eu, de olhos arregalados e boca aberta, que sou da roça. Gentes de todas as cores, todas as tribos, todos os sexos. Eu, achando tudo muito legal, muito doido, muito sensacional. Aí vem o amigo, acende um cigarro ao meu lado e, com o mais charmoso ar blasé, comenta enfastiado: “Não agüento mais a caretice dessas festinhas, sempre as mesmas pessoas, os mesmos papos...” Aí sim, meu queixo caiu no chão e quicou três vezes.
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Domingo. Confirmei o Renascimento como um dos meus períodos favoritos em termos de artes plásticas. Mas esperava mais do MASP. Já a Casa de Cultura que a Fiat montou junto com a Fundação Torino não deixou a desejar. O espaço é muito bom!

As menininhas adoraram ver o menino Jesus mamando.
Mas ficaram tristes ao verem-no machucado, “depois de ficar gente grande, né mamãe?” Elas não gostaram do cardeal, nem do santo: “ele é mau, mamãe?”
Gostaram das peças arqueológicas: “panelinha de brinquedo das crianças de antigamente”.
Aprenderam algumas regras de comportamento: “se é muito velho a gente não pode pôr a mão.”
Não se interessaram pelos livros, mas quiseram saber a idade de todas as cerâmicas e o que se punha dentro delas.
No fundo, o que mais as entreteve foi o bebedor de água gelada e natural que estava à disposição dos visitantes. (Suspiro...)
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Amigas que ligaram, amigas que comentaram, amigas que escreveram: hoje vou passar o dia sorrindo!