A mulher feliz
Por que será que quando uma mulher, que está sozinha, se declara feliz, alguém tem que achar que há um novo homem na parada?
Será possível que ainda estamos nessa? Em pleno séc XXI, depois de tantos anos de feminismo, tantos sutiãs queimados, tantos discursos Betty Friedan X Betty Crocker, esse povo ainda acha que as lindas só conseguem ficar bem caso estejam com um macho?
Passei o finde no interior, na casa de papai e mamãe. Tive conversas importantes com eles, sobre a vida e o futuro. Eles me ofereceram uma tranquilidade que há muito eu não sentia. Fiquei muito com meu irmão mais novo e me senti aceita e integrada com a geração bem mais nova que eu. O meu celular chamou três vezes. Na primeira chamada era o chefe avisando que a última parcela da nossa verba foi liberada e estará disponível em duas semanas (dinheiro!). Na segunda, a colega e amiga da Secretaria de Estado me convidando para participar de um edital em parceria com outra universidade importante (trabalho!). Na terceira, o ex-estagiário comemorando que um manuscrito que nós já dávamos por perdido foi finalmente aceito pela revista científica (reconhecimento!). Eu já queria beijar meu celular de tão feliz!
Não bastasse isso tudo, tranqüilidade, aceitação, integração, dinheiro, trabalho e reconhecimento, ainda tive esta suprema alegria: minha mãe desencavou do mais fundo dos baús o meu vestido de festa de 15 anos e ele não só serviu como ficou ÓTEMO!!! Consegui abotoá-lo de cima a baixo! Confesso que ficou um pouquinho apertado na cintura, mas nada que um pequeno conserto não resolva (18 anos e duas filhas depois, ninguém espera mesmo ter a cinturinha dos 14- 15 anos).
Digam lá, amigas leitoras, qual de vocês também não estaria levitando de contentamento, mesmo sem nenhum bofe por perto?
///---///---///---///
Vivendo e aprendendo. Não é que aquele bichinho que eu sempre denominei como 4º instar larval de Chironomus (família Chironomidae, Diptera, Insecta), na verdade atende pelo simpático nome de chunga-chunga?
A gente véve, véve e não vê tudo. Eu achava que já tinha trabalhado em algumas das águas mais infectas do planeta. Pois esse ribeirão onde estou agora fazendo EIA/RIMA é o pior dos piores, hors concours. É o lugar mais poluído, contaminado, sujo, degradado, impactado, nojento, tóxico que vcs podem imaginar. Dá até um aperto no coração ver o que fizeram com o rio. Só não posso contar onde fica e nem qual empresa o maltratou tanto.
Será possível que ainda estamos nessa? Em pleno séc XXI, depois de tantos anos de feminismo, tantos sutiãs queimados, tantos discursos Betty Friedan X Betty Crocker, esse povo ainda acha que as lindas só conseguem ficar bem caso estejam com um macho?
Passei o finde no interior, na casa de papai e mamãe. Tive conversas importantes com eles, sobre a vida e o futuro. Eles me ofereceram uma tranquilidade que há muito eu não sentia. Fiquei muito com meu irmão mais novo e me senti aceita e integrada com a geração bem mais nova que eu. O meu celular chamou três vezes. Na primeira chamada era o chefe avisando que a última parcela da nossa verba foi liberada e estará disponível em duas semanas (dinheiro!). Na segunda, a colega e amiga da Secretaria de Estado me convidando para participar de um edital em parceria com outra universidade importante (trabalho!). Na terceira, o ex-estagiário comemorando que um manuscrito que nós já dávamos por perdido foi finalmente aceito pela revista científica (reconhecimento!). Eu já queria beijar meu celular de tão feliz!
Não bastasse isso tudo, tranqüilidade, aceitação, integração, dinheiro, trabalho e reconhecimento, ainda tive esta suprema alegria: minha mãe desencavou do mais fundo dos baús o meu vestido de festa de 15 anos e ele não só serviu como ficou ÓTEMO!!! Consegui abotoá-lo de cima a baixo! Confesso que ficou um pouquinho apertado na cintura, mas nada que um pequeno conserto não resolva (18 anos e duas filhas depois, ninguém espera mesmo ter a cinturinha dos 14- 15 anos).
Digam lá, amigas leitoras, qual de vocês também não estaria levitando de contentamento, mesmo sem nenhum bofe por perto?
///---///---///---///
Vivendo e aprendendo. Não é que aquele bichinho que eu sempre denominei como 4º instar larval de Chironomus (família Chironomidae, Diptera, Insecta), na verdade atende pelo simpático nome de chunga-chunga?
A gente véve, véve e não vê tudo. Eu achava que já tinha trabalhado em algumas das águas mais infectas do planeta. Pois esse ribeirão onde estou agora fazendo EIA/RIMA é o pior dos piores, hors concours. É o lugar mais poluído, contaminado, sujo, degradado, impactado, nojento, tóxico que vcs podem imaginar. Dá até um aperto no coração ver o que fizeram com o rio. Só não posso contar onde fica e nem qual empresa o maltratou tanto.
4 Comments:
Meg, não acredito que vc cabe no vestido dos seus 15 anos. Tô de mal. Inveja mata, sabia? :P
Quanto às expectativas alheias, é a pura verdade, tenho constatado isso: se estou feliz, devo estar namorando. Se não estou, precisamos arrumar alguém pra te apresentar logo, logo. Tsc tsc tsc. Mal sabem eles que eu estou namorando sim: estou ME namorando. :D
Beijos
É foda, irrita, dá nos nervos.. Na semana passada, meu professor d Prática Jurídica, falando no mau-humor d uma juíza do trabalho aqui de João Pessoa [ela até recebeu o título d persona non grata da câmara municipal duma cidade do interior, na mesma época em q a dona do cabaré mais antigo da cidade recebeu o título d cidadã]; o advogatão soltou a seguinte pérola: '-Pra V6 verem a falta q faz um marido!' A sala td rindo e eu séria, incrédula, não, aquilo não estava acontecendo..
Mas entrar no vestidinho dos 15 é um prazer enorme.. orgasmático, eu diria.. ;)
Ame-se, e seja feliz! Cheirão!
Michelle
Nó! Caber no vestido de 15 anos é a glória, fia, merecia uma nova festa de debutantes pra comemorar!
PS: Tudo bem você não contar o nome do rio aqui na web, mas se por acaso ele passar perto de uma das cachoeiras que eu freqüento, cê por favor me avisa por e.mail? Tks!
Beijos!
É orgasmático ou orgástico?!?
Michelle na volta do trabalho, patrulhando o q escreveu.
Postar um comentário
<< Home