A Dália Negra
ATENÇÂO: se você ainda não assistiu o filme e pretende fazê-lo, não leia este post, porque eu vou quase contar o final.
Eu fui a única pessoa do universo que detestou a “Dália Negra”, né?
Então nem vou me dar ao trabalho de enumerar os erros, mas pensem direitinho no roteiro e vocês vão ver que nada daquilo faz sentido. De Palma na sua pior forma.
Apenas pra dar uma dica: o trio protagonista vai ao cinema assistir “O homem que ri”, filme mudo, grande sucesso na época do seu lançamento, hoje um clássico. Mas os testes de câmera para a candidata a atriz já são falados, aham...
Mas o que realmente me incomodou no filme foi exatamente aquilo que vem me aborrecendo em todos os filmes policiais dos últimos tempos, incluindo aí grandes sucessos como Seven, o Colecionador de Ossos, CopyCat, e quetais:
Primeiro: não há um motivo real para o crime. O assassino é pura e simplesmente um psicopata que mata por prazer de matar. Parece que os roteiristas estão com preguiça de pensar em bons motivos para se cometer crimes e então enfiam psicokillers a torto e a direito. Agatha Christie em seus 80 livros policiais nunca fez uma bobagem dessas. Um bom motivo é quase sempre dinheiro, seja na forma de uma herança, de uma dívida que não se quer pagar, de uma extorsão, de um sócio inconveniente, etc. Crimes passionais eventualmente também rendem histórias inteligentes, mas é raro.
Segundo: não há trabalho de investigação que leve ao verdadeiro culpado. O assassino se entrega de mão beijada aos policiais. Burrice ou preguiça intelectual dos roteiristas. Não há levantamento de pistas, evidências, confronto de contradições, nada disso. Os policiais não chegam a lugar nenhum, não descobrem absolutamente nada e o culpado, à toa, confessa o crime.
Os últimos bons filmes policiais que assisti foram os da série CSI. Os investigadores realmente investigavam, juntavam um monte de dados, faziam suposições inteligentes, levantavam hipóteses, testavam a veracidade dos depoimentos, descobriam motivos plausíveis e por fim acusavam um suspeito. Diante daquela montanha de evidências não havia nada a fazer senão confessar.
Hollywood não sabe mais fazer bons filmes policiais, inteligentes e criativos. Em vez disso mostram uma sanguinolência atroz e desnecessária. Como se a crueza da imagem de um corpo despedaçado compensasse a ausência de raciocínio lógico.
Eu fui a única pessoa do universo que detestou a “Dália Negra”, né?
Então nem vou me dar ao trabalho de enumerar os erros, mas pensem direitinho no roteiro e vocês vão ver que nada daquilo faz sentido. De Palma na sua pior forma.
Apenas pra dar uma dica: o trio protagonista vai ao cinema assistir “O homem que ri”, filme mudo, grande sucesso na época do seu lançamento, hoje um clássico. Mas os testes de câmera para a candidata a atriz já são falados, aham...
Mas o que realmente me incomodou no filme foi exatamente aquilo que vem me aborrecendo em todos os filmes policiais dos últimos tempos, incluindo aí grandes sucessos como Seven, o Colecionador de Ossos, CopyCat, e quetais:
Primeiro: não há um motivo real para o crime. O assassino é pura e simplesmente um psicopata que mata por prazer de matar. Parece que os roteiristas estão com preguiça de pensar em bons motivos para se cometer crimes e então enfiam psicokillers a torto e a direito. Agatha Christie em seus 80 livros policiais nunca fez uma bobagem dessas. Um bom motivo é quase sempre dinheiro, seja na forma de uma herança, de uma dívida que não se quer pagar, de uma extorsão, de um sócio inconveniente, etc. Crimes passionais eventualmente também rendem histórias inteligentes, mas é raro.
Segundo: não há trabalho de investigação que leve ao verdadeiro culpado. O assassino se entrega de mão beijada aos policiais. Burrice ou preguiça intelectual dos roteiristas. Não há levantamento de pistas, evidências, confronto de contradições, nada disso. Os policiais não chegam a lugar nenhum, não descobrem absolutamente nada e o culpado, à toa, confessa o crime.
Os últimos bons filmes policiais que assisti foram os da série CSI. Os investigadores realmente investigavam, juntavam um monte de dados, faziam suposições inteligentes, levantavam hipóteses, testavam a veracidade dos depoimentos, descobriam motivos plausíveis e por fim acusavam um suspeito. Diante daquela montanha de evidências não havia nada a fazer senão confessar.
Hollywood não sabe mais fazer bons filmes policiais, inteligentes e criativos. Em vez disso mostram uma sanguinolência atroz e desnecessária. Como se a crueza da imagem de um corpo despedaçado compensasse a ausência de raciocínio lógico.
2 Comments:
concordíssimo! o que tem de roteirista preguiçoso. o que + tem são idéias que dariam bons 15 minutos num filme virarem o filme inteiro.
Eu também não gostei do filme, e nem foi por causa de todos esses excelentes motivos q vc listou! Parei na superfície: achei o filme um pastiche de film noir, só que tenta se levar a sério. Bad, bad, Palma.
Bjs
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