Mesa de Bar

Lugar pra se falar sobre tudo e sobre o nada.

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Local: Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil

Sóbria, a maior parte do tempo. Na mesa de um bar me torno mais corajosa, mais sensível, mais emotiva, mais generosa. No bar e com umas cervejas a mais, as dúvidas se dissipam, as certezas afloram, as tristezas caem fora e a alegria reina. Sim, na mesa de um bar eu sou uma pessoa melhor do que fora dela.

quinta-feira, novembro 30, 2006

Chove chuva

Os lençóis freáticos já estão cheios, os mananciais já estão alimentados, os aquíferos repletos, os reservatórios na cota ótima de operação.
Pode parar agora, já choveu quanto basta.
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A chuva me deixa de mau-humor e o mau-humor me deixa impertinente e atrevida.
Eu lá no computador, a mil, tentando pôr o atraso em dia e o chefe chega perguntando:
-Você tá fazendo alguma coisa importante agora?
-Não professor, estou só fingindo.
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Outro dia, encontrei entre as gôndolas do supermercado um ex-namorado com quem fui indesculpavelmente malvada há muitos anos atrás. Ele está gordo, careca, feio.
Meu lado ruim não pôde deixar de pensar:
"Putz, do que que eu escapei!"
Daí a momentos, encontro ele de novo no estacionamento do supermercado, saindo numa BMW enorme, tinindo de nova.
Meu lado ainda pior não pôde deixar de pensar:
"Putz, o que que eu perdi!"
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Uma colega pede à professorinha o favor de substituí-la em uma aula. Ela vai lá na turma desconhecida, tudo dentro dos conformes, dá a sua aula, até que a certa altura, vindo da turma do fundão, começa uma gritaria:
- Cala a boca!
- Cala a boca você!
- Vai à merda!
- Vai você!
-palhaço
-fdp
E dois marmanjos se levantam, punhos fechados, prontos a transformar a sala de aula num ringue.
O quê faz a professorinha sem noção e com metade do tamanho e peso de cada um?
Se posta entre os dois, de dedo em riste, e com toda a autoridade que acha que tem, vai logo avisando:
- Vocês me respeitem que aqui dentro só quem pode bater em alguém sou eu!
A turma, que estava tensa, começa a rir. Os dois ficam meio desconcertados. A professorinha pega um deles pela mão e o leva para sentar lá na frente. E continua a aula como se nada tivesse acontecido.
Torcendo para que os alunos não notem o tremor das mãos e dos joelhos.

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Bravo, que atitude perfeita!
Eu pedi a demissão quando assisti, nas minhas aulas, a vários desacatos que não sabia como controlar.
Nunca mais quis ser professora!

12/01/2006 5:55 PM  

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