Casório
Casar na Igreja Católica Apostólica Pedófila Romana?
Não, enquanto o Ratzinger for Papa. Vamos esperar pelo próximo e aí, quem sabe?
Nem é só o Papa. Até gostaríamos de fazer alguma coisa religiosa porque, mesmo que nenhum de nós siga nenhuma religião, também não somos propriamente ateus, no sentido estrito de negar a existência do divino. Acreditamos que possa haver algo que não sabemos bem o que é, embora duvidemos que seja aquilo que as igrejas atuais pregam. Enfim. Até gostaríamos de fazer uma celebração religiosa e nesse caso teria que ser na Igreja Católica Romana porque é a única que conhecemos relativamente bem, o suficiente para poder falar mal com propriedade. Se já seria um pouco estranho casar nela, não faria sentido nenhum casar em qualquer outra.
Mas as exigências nos constrangeram. A taxa é ainda mais cara que o cartório. Tem que fazer um curso de noivos cuja data é incerta e não-sabida e teríamos que percorrer paróquias cidade a fora para conseguir fazê-lo a tempo para o início do ano que vem. E, acima de tudo, querem um documento chamado Batistério, que é uma certidão de batizado atualizada (não pode ter mais de 6 meses). Ora, o Boêmio foi batizado em Teófilo Otoni há pelo menos três décadas e eu fui batizada numa cidadezinha do Alentejo chamada Vendas Novas, há quase quatro. E aí, como é que arruma o tal Batistério? Vou ter que incomodar minha avó de 90 anos para sair de Lisboa, viajar, pedir o documento, pagar taxa, esperar ficar pronto e mandar pra mim? Ou incomodar algum outro parente com quem eu tenho pouco contato e menor intimidade? Ficou difícil.
Dificultar as coisas para os que já não estavam lá muito empolgados em fazê-las, é, na verdade, facilitar para que desistam. Então já desistimos. Vai ser só no civil mesmo.
Não, enquanto o Ratzinger for Papa. Vamos esperar pelo próximo e aí, quem sabe?
Nem é só o Papa. Até gostaríamos de fazer alguma coisa religiosa porque, mesmo que nenhum de nós siga nenhuma religião, também não somos propriamente ateus, no sentido estrito de negar a existência do divino. Acreditamos que possa haver algo que não sabemos bem o que é, embora duvidemos que seja aquilo que as igrejas atuais pregam. Enfim. Até gostaríamos de fazer uma celebração religiosa e nesse caso teria que ser na Igreja Católica Romana porque é a única que conhecemos relativamente bem, o suficiente para poder falar mal com propriedade. Se já seria um pouco estranho casar nela, não faria sentido nenhum casar em qualquer outra.
Mas as exigências nos constrangeram. A taxa é ainda mais cara que o cartório. Tem que fazer um curso de noivos cuja data é incerta e não-sabida e teríamos que percorrer paróquias cidade a fora para conseguir fazê-lo a tempo para o início do ano que vem. E, acima de tudo, querem um documento chamado Batistério, que é uma certidão de batizado atualizada (não pode ter mais de 6 meses). Ora, o Boêmio foi batizado em Teófilo Otoni há pelo menos três décadas e eu fui batizada numa cidadezinha do Alentejo chamada Vendas Novas, há quase quatro. E aí, como é que arruma o tal Batistério? Vou ter que incomodar minha avó de 90 anos para sair de Lisboa, viajar, pedir o documento, pagar taxa, esperar ficar pronto e mandar pra mim? Ou incomodar algum outro parente com quem eu tenho pouco contato e menor intimidade? Ficou difícil.
Dificultar as coisas para os que já não estavam lá muito empolgados em fazê-las, é, na verdade, facilitar para que desistam. Então já desistimos. Vai ser só no civil mesmo.
10 Comments:
Gaste o dinheiro do casamento religioso na festa! Vale mais a pena! =D
Vamos gastar é numa viagem pras Europa! Vale mais a pena ainda!
Oi Linda!
Obrigada por ter passado por nosso blog! Também adoramos conhecer o seu cantinho.
Bjus
Meg, comcordo com vc em gênero, número e grau. Eu e Rodrigo fizemos exatamente isso. Uma celebração civil simples com uma bênção de um ex-padre e investimos a maior parte da grana numa super viagem pras "Europa". Valeu a pena demais e nem por isso me sinto mais ou menos casada!! Parabéns pela decisão e pelo casório!!!
Eu e o marido vamos casar um dia (sem data definida), mas já combinamos: nada de cerimônias nem festa. Vamos casar na segunda-feira pra pegar os 5 dias cheios da licença e viajar pelas "oropa", mediterrâneo, caribe, seja lá onde for. Mas o investimento vai ser na viagem, porque festa é pros outros aproveitarem. E ver o dinheiro ir embora. E ganhar presentes porcaria.
É nóis!
Oxe! Tem nem o que discutir...sou bem assim de acreditar mas sem ter convicção no que acredito, mas imagino e sinto que se Deus é Deus, ele está acima da Igreja Católica, Evangélica, Muçulmana etc. E se "Deus é amor" e vocês exalam amor, sem dúvida, ele vai estar com vocês até no cartório!!!!!
Beijos
Só discordo de um detalhe em um comentário. Quando me casei, ganhei muitos presentes bacanas e, principalmente, senti que muitos eram a representação do carinho e votos sinceros de felicidade da parte de meus amigos. Mesmo os mais humildes, não os taxaria de porcaria.
E vocês ficam muito bem, com Igreja, sem igreja, com festa, sem festa.
Bjim.
Olha que engraçado, Meg: justo eu que chego a mudar de calçada quando aparece uma flor, tive como impulso dizer "Peraí, pensa melhor", hohoho. Eu sou uma farsa, eu sei. E se tem uma coisa que eu não sou é católica. Mas tem o que o Leo disse aí em cima, sobre os presentes, e principalmente sobre o ritual. Todas as vezes na minha vida em que me deparei com esses ritos sagrados eu parei para me perguntar detidamente o que aquilo simbolizava pra mim, e procurei recirá-los à minha maneira. Assim eu casei (no circo, by the way - outra boa frase pra uma conversa morna) e batizei minha filha numa cerimônia ecumênica, e foram momentos preciosos. Querendo, eu estendo a conversa, mas fico por aqui senão comentário vira post.:-)
Beijos e sejam felizes, anyway.
Quando casei, apesar de nao ser ateia, nao tinha religiao.Nem cogitei casar em nenhuma igreja.Fui batizada, primeira comunhao, blablab, mas nao ia e nem tinha sentido pra mim na epoca.
Entao. cartorio. E so porque fomos pressionados, porque eu nao queria nem isso.
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