Um bom ano
Como é que um diretor renomado, dois atores afamados e um cenário lindíssimo conseguem fazer um filme tão, mas tão, ruim?
Pois é, juntaram Ridley Scott, Russell Crowe, Marion Cotillard na Provence e fizeram uma comediazinha romântica ultracaricata, bobalhona e previsível. Se liguem no clichê: um empresário frio e calculista sai direto da chuva londrina para descobrir o amor e os prazeres da vida no ensolarado sul francês, ao lado de uma mocinha pobretona mas cheia de personalidade. Sem transição. É pá-pum, a personalidade do cara simplesmente se transforma ao cheirar alfazema. Só assistimos essa joça porque queríamos ver as paisagens provençais com as quais andamos sonhando.
Coisas que me incomodaram:
1) Um homem de negócios aí dos seus quarenta anos, rico e sofisticado, se comportando como um palhaço de circo, tropeçando nas coisas, caindo numa piscina vazia, fazendo um humor corporal bem pastelão. Cadê a dignidade, Russell?
2) A reafirmação contumaz e acrítica dos ridículos estereótipos que os anglo-saxões fazem dos povos meridionais: desorganizados, primitivos, irresponsáveis, comilões, sempre pensando naquilo, mas no fundo, de bom coração. Já tínhamos visto esse tipo de bobagem em Dois Dias em Paris e em Sob o Sol da Toscana. Outros dois desperdícios que só valem pela locação e olhe lá.
3) A mocinha de personalidade bipolar, durona mas boazinha, que se apaixona pelo cara com quem mais briga (estamos na quinta-série?) que se recusa ao amor mas cai na primeira cantada do protagonista. Marion, cadê a profundidade?
Comédia romântica já foi um gênero respeitável. Hoje tem todo o meu desprezo.
Só Woody Allen se salva.
Coisas que me incomodaram:
1) Um homem de negócios aí dos seus quarenta anos, rico e sofisticado, se comportando como um palhaço de circo, tropeçando nas coisas, caindo numa piscina vazia, fazendo um humor corporal bem pastelão. Cadê a dignidade, Russell?
2) A reafirmação contumaz e acrítica dos ridículos estereótipos que os anglo-saxões fazem dos povos meridionais: desorganizados, primitivos, irresponsáveis, comilões, sempre pensando naquilo, mas no fundo, de bom coração. Já tínhamos visto esse tipo de bobagem em Dois Dias em Paris e em Sob o Sol da Toscana. Outros dois desperdícios que só valem pela locação e olhe lá.
3) A mocinha de personalidade bipolar, durona mas boazinha, que se apaixona pelo cara com quem mais briga (estamos na quinta-série?) que se recusa ao amor mas cai na primeira cantada do protagonista. Marion, cadê a profundidade?
Comédia romântica já foi um gênero respeitável. Hoje tem todo o meu desprezo.
Só Woody Allen se salva.
2 Comments:
É ruim demais, comecei a ver na Tela Quente uma vez e não aguentei até o segundo comercial.
É horrível mesmo. Comecei a ver numa viagem, no avião, e parei antes dos 30 minutos.
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