Mesa de Bar

Lugar pra se falar sobre tudo e sobre o nada.

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Local: Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil

Sóbria, a maior parte do tempo. Na mesa de um bar me torno mais corajosa, mais sensível, mais emotiva, mais generosa. No bar e com umas cervejas a mais, as dúvidas se dissipam, as certezas afloram, as tristezas caem fora e a alegria reina. Sim, na mesa de um bar eu sou uma pessoa melhor do que fora dela.

terça-feira, maio 02, 2006

Arte

Neste fim-de-semana estive conversando com pessoas ligadas às belas-artes e ao cinema.
A polêmica começou porque eles estavam altamente interessados somente naquilo que trouxesse algum tipo de inovação estética: uma linguagem diferente, uma visão diferente, um ângulo diferente, etc. Uma obra, por mais bela que fosse, que não trouxesse, não acrescentasse nenhuma novidade, era considerada obra menor. Por maior que fosse o prazer estético que ela proporcionasse.
Fazendo analogia com a atividade científica, é evidente que a ciência precisa de inovações teóricas e tecnológicas para seguir adiante, senão fica estagnada. Mas a ciência tem o objetivo claro de acumular conhecimento e informações verificáveis, tão universais quanto possíveis.Mas porquê a arte, que não tem esse objetivo, deveria se alimentar de novidade sempre? Até entendo que, se a arte é representação de um momento da sociedade, ela tem que mudar juntamente com as mudanças na sociedade. Mas porquê essa frenética busca do novo pelo novo em que tantos artistas contemporâneos se lançam?

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As coisas por aqui não estão fáceis. Mas não vou deixar me abater assim.
Cresci e me criei na filosofia do "equitare, arcum tendere, veritate dicerem". E estou em paz comigo mesma, ao contrário de quem tenta me atingir.

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Na verdade essa busca pela "inovação" na arte é relativamente nova. Por milhares e milhares de anos o bom artista era o que conseguia ser o mais fiel possível ao que os mestres ensinavam. E hoje também eu acho que, talvez mais do que inovação, tem se valorizado muito a capacidade de criar referências. Aquele papo da arte que dialoga entre si, que depende de um conhecimento prévio para ser decodificada. A arte contemporânea praticamente só é 100% compreendida pelos próprios artistas, porque é um tal de fazer citação de outras obras, que a bagagem cultural que temos que ter para captar todas as referências é enorme. Enfim.
Cê tá no curso da Fal, né? Delícia!

5/03/2006 9:50 AM  

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