Mesa de Bar

Lugar pra se falar sobre tudo e sobre o nada.

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Local: Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil

Sóbria, a maior parte do tempo. Na mesa de um bar me torno mais corajosa, mais sensível, mais emotiva, mais generosa. No bar e com umas cervejas a mais, as dúvidas se dissipam, as certezas afloram, as tristezas caem fora e a alegria reina. Sim, na mesa de um bar eu sou uma pessoa melhor do que fora dela.

sábado, julho 29, 2006

Micos maternais

Ser mãe é pagar mico. E eu cumpro essa sina com perfeição.

Há uns dias atrás o meu chefe, homem sério e sisudo de quase 2 metros de altura, entrou mancando no laboratório. Eu, que tinha acabado de passar um fim de semana intenso sozinha com as crianças, falei essa sem nem pensar no que dizia:
- O pezinho tá dodói, tá?
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As meninas andam na rua comigo e vão brincando com as cores das calçadas: “não pode pisar nas pedras pretas”, “agora não pode pisar nas brancas”, etc. Brinco com elas e saímos as três saltitando pelas calçadas na ponta dos pés. Ou então elas brincam de se equilibrar nas muretas dos canteiros e eu acompanho também. Até aí tudo bem: uma mamãe se divertindo com as filhotas.
O problema é que de vez em quando eu me pego sozinha na rua andando na ponta dos pés e escolhendo onde vou pisar. Ou me equilibrando nos canteiros. As pessoas olham com cara de pena: “é maluca, coitada”. Outro dia uma senhora me olhou tão admirada que eu até me justifiquei: “é que eu tenho filhos pequenos”.
Fico pensando o que será pior: andar aos pulinhos pela rua ou dar satisfações a desconhecidos.
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Não é por ser minha filha, mas Bibi é uma menina absolutamente linda! Dessas que as pessoas param no meio da rua para olhar melhor. Mas por trás dessa aparência de boneca de louça se esconde um temperamento terrível.
Ontem numa loja um rapaz lhe fez um carinho na cabeça. Ela correu pra mim, apontou o rapaz e gritou, em tom acusatório:
- Aquele homem pôs a mão no meu cabelo!
Todo mundo da loja olhou pra ele. O coitado do sujeito ficou muito sem graça, como se o estivessem acusando de assédio contra menores.
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Mas o pior vexame foi no shopping.
Bibi tinha 5 ou 6 meses e ainda mamava no peito. Eu tive a idéia de jerico de ir ao shopping sozinha com as duas meninas. Em determinado momento a Bibi ficou com fome. Levei a Laura (4 anos na época) numa grande loja de brinquedos e disse a ela que ficasse olhando as bonecas enquanto eu, no banco em frente à loja dava de mamar à pequena.
Nem 5 minutos se passaram e Laurinha sai da loja correndo, com as mãos atrás do bumbum, e gritando:
- Quero fazer cocô!
- Não dá pra esperar um pouquinho?
- Não! Tô apertada, tem que ser agora!
Tiro a Bibi do peito e ponho no carrinho de bebê. Ela desata a berrar por causa da refeição interrompida. Empurrando o carrinho com uma mão e arrastando a Laurinha com a outra, atravesso o shopping correndo, até a outra ponta onde ficam os banheiros. E Bibi aos berros. Entro com as duas, deixo o carrinho na porta da cabine, ajudo Laurinha, saio com as duas. E Bibi aos berros. Voltamos pra outra ponta do shopping. Sento no banco, mando Laurinha entrar na loja de brinquedos e quando vou pôr Bibi no peito de novo...... vejo que estou com a blusa aberta até o umbigo, o sutiã de amamentação aberto e leite pingando por todos os lados.
Horror, vergonha vexame! Atravessei o shopping duas vezes, ida e volta, num estado mais que deplorável...

3 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Querida filha
Este foi o teu melhor post!

7/31/2006 10:46 AM  
Anonymous Anônimo said...

Mãe, mãe, mãe... ai, ai... filhos! Gente, até hoje não quis ser mãe porque sei que não terei férias nunca mais.

8/01/2006 1:41 PM  
Blogger Regiana Queiroz said...

hahahahaha
òtimos micos!

adorei seu blog, linkada!!!

8/01/2006 9:47 PM  

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