Mesa de Bar

Lugar pra se falar sobre tudo e sobre o nada.

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Local: Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil

Sóbria, a maior parte do tempo. Na mesa de um bar me torno mais corajosa, mais sensível, mais emotiva, mais generosa. No bar e com umas cervejas a mais, as dúvidas se dissipam, as certezas afloram, as tristezas caem fora e a alegria reina. Sim, na mesa de um bar eu sou uma pessoa melhor do que fora dela.

quarta-feira, dezembro 06, 2006

Utopia

Entre as minhas grandes decepções literárias, posso colocar agora a Utopia de Thomas More (ou Morus, pra quem não perde o seu latim).
Talvez seja culpa minha, que tinha grandes expectativas e imaginava encontrar um tratado de sócio-política-economia renascentista. Mas a obra é de um simplismo e ingenuidade que chega a irritar. A complexidade social das relações humanas e a heterogeneidade de personalidades não são minimamente considerados. A população de Utopia tinha que ser toda lobotomizada para conseguir viver ali, com tanta paz e harmonia.
Isso para não falar das contradições: pena de morte pelos motivos mais fúteis, a falta de liberdade de ir e vir, a escravidão, o determinismo social, entre outros.
Eu não sei como esse livro ficou tão famoso, a ponto de ser referência ainda hoje. Só pode ser porque hoje ninguém o lê. Na minha opinião, deveria ir para as estantes da categoria infanto-juvenil das livrarias.

2 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Querida filha
Analisa o livro desse santo (ele foi santificado pela igreja católica), considerando a época e o local em que a obra foi produzida e a heroicidade do escritor. Era o equivalente a primeiro ministro e preferiu perder tudo e até a vida a abdicar das suas opiniões. Recusou-se ao "beija-mão" a Ana Bolena, que deve tê-lo jurado de morte!
Foi dos poucos católicos que não aderiu ao cisma de Henrique VII, razão pela qual foi decapitado.
O livro trata da primeira crítica justificada feita por um burguês culto e inteligente ao sistema da nobreza feudal. Até aí o sistema não tinha sido alvo de críticas escritas, digamos, construtivas!
Por isso o seu impacto foi tão grande. O Renascimento estava nos seus comecinhos, lá prós lados da Itália...

12/13/2006 10:46 AM  
Anonymous Anônimo said...

Querida filha
Analisa o livro desse santo (ele foi santificado pela igreja católica), considerando a época e o local em que a obra foi produzida e a heroicidade do escritor. Era o equivalente a primeiro ministro e preferiu perder tudo e até a vida a abdicar das suas opiniões. Recusou-se ao "beija-mão" a Ana Bolena, que deve tê-lo jurado de morte!
Foi dos poucos católicos que não aderiu ao cisma de Henrique VII, razão pela qual foi decapitado.
O livro trata da primeira crítica justificada feita por um burguês culto e inteligente ao sistema da nobreza feudal. Até aí o sistema não tinha sido alvo de críticas escritas, digamos, construtivas!
Por isso o seu impacto foi tão grande. O Renascimento estava nos seus comecinhos, lá prós lados da Itália...

12/13/2006 10:46 AM  

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