Mesa de Bar

Lugar pra se falar sobre tudo e sobre o nada.

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Local: Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil

Sóbria, a maior parte do tempo. Na mesa de um bar me torno mais corajosa, mais sensível, mais emotiva, mais generosa. No bar e com umas cervejas a mais, as dúvidas se dissipam, as certezas afloram, as tristezas caem fora e a alegria reina. Sim, na mesa de um bar eu sou uma pessoa melhor do que fora dela.

sexta-feira, março 16, 2007

Escola e Para Casa

Quando criança eu não gostava de escola, embora sempre tenha sido boa aluna. Detestava particularmente aquela história de Para Casa. E, por mal dos meus pecados, continuo detestando. Agora, os da Laurinha.
É uma luta diária, ela não quer fazer, tenta de todas as maneiras que eu faça por ela. Minha resposta constante e invariável: “Eu já passei da segunda série, é você quem tem que fazer.” Eu fico disponível para sanar as dúvidas, leio com ela as questões que ela diz não entender, mas me recuso, terminantemente, a responder qualquer coisa. E também não corrijo, acho que é importante a professora saber em que ela está errando para poder ensinar e explicar direito.
Mas a menina fica nervosa, chora, grita, faz bico, quer que eu sente do lado dela o tempo todo. E eu ainda tenho que administrar a mais nova que, não tendo ainda dever de casa, faz o possível para atrapalhar a mais velha. Ai, meus sais.

E tem também o horror das reuniões de pais e professores.
Teoricamente, seria uma ótima oportunidade para se discutir coisas importantes a respeito da educação das crianças. Mas algumas mães tornam a experiência insuportável. Não conseguem seguir a pauta e deslancham a contar casinhos absolutamente desinteressantes sobre os seus filhotes: o que eles comem no café da manhã, se eles preferem o short, a bermuda ou a calça do uniforme e outras banalidades, como se ninguém ali tivesse filhos e seus relatos fossem de uma enorme singularidade. Não deixam a professora concluir um raciocínio, desperdiçam um tempo gigantesco e não dizem nada proveitoso. E o pior, muitas delas são absolutamente infantilizadas, falam em tatibitati, dão risadinhas pueris. Putz, não é porque se está numa sala de aula de crianças de 6 anos que se deve incorporar o espírito infantil e agir como tal. Eu queria uma escola onde todas as mães fossem Motherns.
Paciência: tem, mas acabou.

4 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Que ideia genial , uma escola para filhos de Motherns.
Associem-se, criem uma escola tipo cooperativa de ensino e ponham lá os vossos filhos.
Eu também odiava as reuniões de mães, a estupidez predominante da maioria, a cumplicidade das professoras...
Por vezes vingava-me dizendo cruamente as verdades intelectuais e eruditas, o que era uma maneira de lhes chamar burras e me criar inimizades...
Nos últimos anos do último filho desisti de ir. Ou mandava-te a ti.
Coragem, querida filhinha.
Beijos da
Mãe

3/16/2007 9:59 AM  
Anonymous Anônimo said...

Haha, reunião de pais é a casa dos horrores. Na última do Henrique um pai sugeriu já abordar com crianças casos de violência, como o do João Hélio, pra ir formando a consciência. Eu quase caí da cadeira. "Paciência, tem mas acabou."

3/16/2007 2:57 PM  
Anonymous Anônimo said...

Meg,
Na última reunião de pais que fui há alguns dias,levantei no meio e fui embora sem pedir licença quando uma mãe começou pela enésima vez com a frase: -Minha filha...
No dia seguinte pedi desculpas à professora e à coordenadora pela minha saida tempestuosa mas não estava lá de forma alguma pra ouvir casos da filha de ninguém.Eram 21:30 h, meus filhos com fome e sono e eu sendo obrigada a escutar que a filha de alguém não concordava com o dicionário e que lição se escrevia com dois esses.Faça-me o favor!!!

3/17/2007 9:30 AM  
Anonymous Anônimo said...

Eu quis dizer que saí de forma "intempestuosa". Sorry...

3/18/2007 8:29 AM  

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