Da comida, da fome, dos transgênicos
Segundo dados do IBGE, o Brasil produziu em 2006 mais de 620 milhões de toneladas de alimento. Nesta estatística entram só as principais culturas agrícolas (milho, soja, arroz, feijão, batata, cana, mandioca, laranja, amendoim, cebola, trigo, cevada, aveia, cacau). Reparem que grande parte da fruticultura e horticultura não está considerada e se formos somar todas as outras culturas menos importantes esse número vai aumentar significativamente.
Hoje existem no mundo cerca de 6,6 bilhões de pessoas (o número exato você encontra no U.S. Bureau of the Census)
Dividindo essa quantidade de alimento pelo número de pessoas da Terra, temos 94 kg/pessoa. Se todos comerem muito, se cada um comer 1 kg por dia, isso significa que o Brasil sozinho produziu comida suficiente para alimentar TODA a população mundial por mais de três meses. Junte-se a isso a produção agrícola, nada desprezível, de mais alguns países como Canadá, EUA, Austrália, Argentina e fica evidente que existe um excedente de alimentos no mundo.
O Departamento de Agricultura dos EUA nos informa que o mundo inteiro junto produziu só de grãos e sementes oleaginosas (milho, arroz, feijão, soja, amendoim e outras) pouco mais de 2 bilhões de toneladas (2 trilhões de quilos, o número exato vc encontra lá). Dividindo novamente pelos 6,6 bilhões de humanos temos 364 kg/ano/pessoa. O ano não tem 365 dias? Dá pra todo mundo não só ficar alimentado como até engordar bem.
A fome que há no mundo não se deve de maneira alguma à escassez de comida ou a deficiências nas tecnologias agrícolas. A fome é causada pela pobreza. As pessoas passam fome, não porque não haja comida, mas porque elas não têm dinheiro para comprá-la. Há outros fatores, claro, desperdício, problemas de distribuição (transporte e conservação), alimentação animal (mais de metade de todos os grãos do mundo servem como ração animal), o excedente que é jogado no lixo pelos agricultores para forçar a alta de preços e impedir que tomem prejuízo. E, sobretudo, ausência de programas de combate à pobreza e uma política internacional justa e socialmente responsável.
E tem gente que ainda acha que transgênicos seriam a solução para a fome no mundo!
Vem cá, os transgênicos vão mudar esse quadro político-econômico-social-comercial-e-sei-lá-mais-o-quê?
Não, né? Eles vão, talvez, aumentar um pouco a produção, o que poderia, teoricamente, levar à redução de preços. Mas a gente sabe que o tamanho da produção não é o problema e que se o preço reduzir demais eles jogam a safra fora, mas não vendem baratinho pros pobrezinhos, não.
Então, pra soja transgênica chegar ao prato das crianças famintas do Sudão ou do nordeste, ela precisaria ter mais do que resistência ao glifosato, o herbicida randup. Ela precisaria ter asas.
Sei que estou simplificando tanto a questão alimentar quanto a questão agrícola, mas ainda ninguém conseguiu me convencer da real necessidade de se produzir transgênicos.
Hoje existem no mundo cerca de 6,6 bilhões de pessoas (o número exato você encontra no U.S. Bureau of the Census)
Dividindo essa quantidade de alimento pelo número de pessoas da Terra, temos 94 kg/pessoa. Se todos comerem muito, se cada um comer 1 kg por dia, isso significa que o Brasil sozinho produziu comida suficiente para alimentar TODA a população mundial por mais de três meses. Junte-se a isso a produção agrícola, nada desprezível, de mais alguns países como Canadá, EUA, Austrália, Argentina e fica evidente que existe um excedente de alimentos no mundo.
O Departamento de Agricultura dos EUA nos informa que o mundo inteiro junto produziu só de grãos e sementes oleaginosas (milho, arroz, feijão, soja, amendoim e outras) pouco mais de 2 bilhões de toneladas (2 trilhões de quilos, o número exato vc encontra lá). Dividindo novamente pelos 6,6 bilhões de humanos temos 364 kg/ano/pessoa. O ano não tem 365 dias? Dá pra todo mundo não só ficar alimentado como até engordar bem.
A fome que há no mundo não se deve de maneira alguma à escassez de comida ou a deficiências nas tecnologias agrícolas. A fome é causada pela pobreza. As pessoas passam fome, não porque não haja comida, mas porque elas não têm dinheiro para comprá-la. Há outros fatores, claro, desperdício, problemas de distribuição (transporte e conservação), alimentação animal (mais de metade de todos os grãos do mundo servem como ração animal), o excedente que é jogado no lixo pelos agricultores para forçar a alta de preços e impedir que tomem prejuízo. E, sobretudo, ausência de programas de combate à pobreza e uma política internacional justa e socialmente responsável.
E tem gente que ainda acha que transgênicos seriam a solução para a fome no mundo!
Vem cá, os transgênicos vão mudar esse quadro político-econômico-social-comercial-e-sei-lá-mais-o-quê?
Não, né? Eles vão, talvez, aumentar um pouco a produção, o que poderia, teoricamente, levar à redução de preços. Mas a gente sabe que o tamanho da produção não é o problema e que se o preço reduzir demais eles jogam a safra fora, mas não vendem baratinho pros pobrezinhos, não.
Então, pra soja transgênica chegar ao prato das crianças famintas do Sudão ou do nordeste, ela precisaria ter mais do que resistência ao glifosato, o herbicida randup. Ela precisaria ter asas.
Sei que estou simplificando tanto a questão alimentar quanto a questão agrícola, mas ainda ninguém conseguiu me convencer da real necessidade de se produzir transgênicos.
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