Esparsos
Dizer que tenho um gato é apenas um modo de expressão. O gato é que me tem. Virei uma serva gentil que lhe traz comida nas horas em que ele assim o exige. Sou obrigada a dar colo e afago quando lhe dá na telha e ai de mim se não o fizer. Vinte navalhas afiadas, embutidas em pezinhos macios, estão ali para me mostrar quem manda. Além de meu dono, Miú agora também é proprietário de todas as minhas coisas. Deita-se sobre as minhas roupas, sapatos, mochila, bolsa e defende suas pretensas posses com toda a ferocidade. Agora mesmo, ele me observa com implacáveis olhos amarelos que deixam claro que está apenas me permitindo uma breve pausa de distração no seu computador, mas que logo virá me tirar do teclado para então ele sim escrever algo que preste.
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Correndo o risco de desagradar a gregos e troianos, de perder o respeito e amizade de muitos, de ter minha capacidade intelectual e bom gosto literário postos em dúvida, eu preciso confessar: acho a Clarice Linspector uma chata.
Terminar “Perto do coração selvagem” foi um sacrifício, ainda mais considerando que tinha ao lado “O primeiro homem” do Camus e esse me agrada muitíssimo.
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Dos poucos estados alterados de consciência que já experimentei, os melhores são o sono, a paixão e a alegria. Não necessariamente nessa ordem.
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Então a correspondência pessoal de Madre Teresa de Calcutá vai ser publicada e a grande revelação é que ela, até o fim da vida, pôs em dúvida a existência de Deus.
Fiquei pasma, ela dedicou a vida inteirinha a uma ordem religiosa sem sequer contar com o auxílio de uma fé inabalável. Essa mulher gostava realmente era dos seres humanos. Impressionante.
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Não entendi o espanto em que todos ficaram com a absolvição do senador bandido.
Alguém esperava coisa diferente dessa corja?
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Pronto, Miú já veio reclamar o que lhe é de direito. Tchau.
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Correndo o risco de desagradar a gregos e troianos, de perder o respeito e amizade de muitos, de ter minha capacidade intelectual e bom gosto literário postos em dúvida, eu preciso confessar: acho a Clarice Linspector uma chata.
Terminar “Perto do coração selvagem” foi um sacrifício, ainda mais considerando que tinha ao lado “O primeiro homem” do Camus e esse me agrada muitíssimo.
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Dos poucos estados alterados de consciência que já experimentei, os melhores são o sono, a paixão e a alegria. Não necessariamente nessa ordem.
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Então a correspondência pessoal de Madre Teresa de Calcutá vai ser publicada e a grande revelação é que ela, até o fim da vida, pôs em dúvida a existência de Deus.
Fiquei pasma, ela dedicou a vida inteirinha a uma ordem religiosa sem sequer contar com o auxílio de uma fé inabalável. Essa mulher gostava realmente era dos seres humanos. Impressionante.
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Não entendi o espanto em que todos ficaram com a absolvição do senador bandido.
Alguém esperava coisa diferente dessa corja?
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Pronto, Miú já veio reclamar o que lhe é de direito. Tchau.
4 Comments:
Finalmente alguém que me compreende: também acho a Clarice intragável, nem consegui acabar o que dela comecei a ler...
A Lia Luft e o Saramago são outros que tais! Viste o Prêmio Nobel de Literatura de 2004 que te trouxe de Lisboa? Também é bem ruim, aqui no Brasil nem foi publicado.
Já que os reis não vão mais nus são os escritores que mal sabem escrever que precisam ser denunciados.
A Madre Teresa segue a linha da Santa Teresa de Ávila, única Doutora da Igreja, que também afirmou que durante 7 longos anos, no meio da sua vida monástica, não acreditou em Deus. Mas continuou lá no convento (fazer o quê...) Nos últimos anos de vida se entreteve a reformar a Ordem das Carmelitas e andou de um lado para o outro da Espanha, fazendo reformas...
Ao ler a vida dela sempre fiquei na dúvida se tinha passado a acreditar em Deus ou se tinha decidido se entreter com qualquer coisa, dentro do que lhe era possível.
A Madre Teresa não gostava dos pobres, gostava era da pobreza: vai ser masoquista assim!
Se além da pobreza considerares que a castidade é um desvio do comportamento normal, toda essa gente é anormal.
Coitados, se eu tivesse Fé, rezava por eles!
Eu gosto de algumas coisas da Clarice, do Saramago nem tanto mas da Lya um tantão.Adoro ler você Meg ,mas não vejo a hora de ler o Miú.
Um beijo pra sua anônima mãe.
Meg, eu gosto da Clarice, mas Perto do coração é chato mesmo. Nem eu gostei...Fiquei pasma com a Madre Teresa tb! Haja amor pela humanidade. Beijos
Eu gosto da Clarice nos contos e na Hora da Estrela, mas em todos os romances e nos fragmentos que suas bilhões de órfãs internéticas vivem publicando, eu a acho uma chata de 1a grandeza. Adorei ler isso aqui e ver que não sou a única.
;o)
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