Mesa de Bar

Lugar pra se falar sobre tudo e sobre o nada.

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Local: Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil

Sóbria, a maior parte do tempo. Na mesa de um bar me torno mais corajosa, mais sensível, mais emotiva, mais generosa. No bar e com umas cervejas a mais, as dúvidas se dissipam, as certezas afloram, as tristezas caem fora e a alegria reina. Sim, na mesa de um bar eu sou uma pessoa melhor do que fora dela.

quinta-feira, abril 22, 2010

Egocêntrica

Quando criança, eu tinha essa ideia alucinada: o mundo era uma representação encenada. Nada existia de verdade. Todos os lugares e paisagens eram cenários extremamente bem-feitos e habilidosamente montados e desmontados à minha passagem. Assim como as pessoas (TODAS as pessoas, meus pais incluídos) eram atores ensaiados para me testar, ou me enganar, ou me ensinar/provar alguma coisa.

O autor/diretor desse grande teatro: uma entidade poderosíssima com propósitos obscuros (Deus, né?).

Como consequência dessa, havia uma segunda outra grande viagem: o passado nunca teria existido! Tudo se criou quando EU comecei a existir! O que me contavam os mais velhos e os livros de História era pura mistificação para ajudar a me convencer que o mundo, tal como o via, era verdadeiro.

Portanto, minha percepção da realidade, até o início da adolescência, era assim uma mistura mística de Matrix com o Show de Truman.

Outra coisa na qual eu não acreditava era na possibilidade de morrer. Não, a morte era uma coisa que não ia me acontecer. Eu era imortal naquela época. Lembro de ter pensado várias vezes: "se não morri até agora, não morro nunca mais." Isso com 8, 9 anos. E essa sensação se prolongou por muito, muito tempo. Só comecei a considerar (e temer) a morte como um evento de alta probabilidade quando tive filhos. Ser mãe me pôs, definitivamente, os pés no chão...

1 Comments:

Blogger Rubão said...

Vamos caprichar mais na encenação, pessoal. Ela já andou desconfiada e quase descobriu a nossa farsa.

4/22/2010 4:22 PM  

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