Mesa de Bar

Lugar pra se falar sobre tudo e sobre o nada.

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Local: Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil

Sóbria, a maior parte do tempo. Na mesa de um bar me torno mais corajosa, mais sensível, mais emotiva, mais generosa. No bar e com umas cervejas a mais, as dúvidas se dissipam, as certezas afloram, as tristezas caem fora e a alegria reina. Sim, na mesa de um bar eu sou uma pessoa melhor do que fora dela.

domingo, outubro 30, 2011

Dia 08: O livro mais assustador que já li

Um livro assustador, deixa ver... um livro assustador...

O tipo de livro capaz de me assustar é aquele que contém informações provenientes de fontes confiáveis que me fazem vislumbrar um futuro nada ameno ou aprazível. Terror futurista, não-ficção, baseado em fatos (e dados) reais. Nessa linha, um livro que me assustou muito foi Água, do jornalista canadense Marq de Villiers, que li durante o mestrado.


Ao longo de trinta anos de atividade profissional em jornais e revistas internacionais, o autor foi pesquisando e se aprofundando no tema, o que acabou resultando no livro, dividido em capítulos que focam ciclos hidrológicos naturais e alterados pelas atividades econômicas humanas, estudos de caso e a política da água.

Sem tons catastróficos, mas com muita objetividade, ele mostra como e porque os recursos hídricos do planeta estão em crise e como a tendência dessa crise é se agravar. Não é um livro científico, a escrita é voltada para o público leigo, clara, fácil e acessível. Pode-se dizer que é um livro de divulgação científica, já que recorre sempre a dados de instituições de pesquisa, órgãos oficiais de governos e agências variadas, como FAO e UNESCO.

Além da descrição da situação mundial atual (por atual, leiam 1999, quando foi lançado), o autor adota uma abordagem histórica, comparando a evolução da disponibilidade quantitativa e qualitativa da água em vários locais do mundo. Ao final, a mensagem é clara: quem não está assustado é porque não anda prestando atenção.

"....Desta forma podemos chegar, finalmente, ao estoque de água doce utilizável pela comunidade humana: algo em torno de 34 mil quilômetros cúbicos por ano. Os seres humanos já estão usando mais de metade disto: 35% para a irrigação, a indústria e o consumo domiciliar, e outros 19% para atender às necessidades correntes. Isto soa como se houvesse um volume de sobra, mas a outra metade é mais difícil, e mais cara, de ser adquirida. Todos os aquiferos mais simples já foram drenados e os rios mais fáceis represados. A população continua crescendo a taxas alarmantes. Os custos ecológicos da utilização da água tornaram-se mais que evidentes. A demanda de água triplicou entre 1950 e 1990 e espera-se que dobre outra vez nos próximos 35 anos. De onde virá esta água? A escassez está mais próxima do que pode parecer."

2 Comments:

Blogger Rubão said...

Com 15 anos, entrei numas de ler todos os livros do J. J. Benitez (que, a propósito, só tem o Operação Cavalo de Tróia 1 que preste). Fiquei meio passando mal depois de ler Rebelião de Lúcifer e O Testamento de São João. Isso me assustou, acho que dei os livros não sei pra quem e nunca mais os vi.

Mas, recentemente, merece registro outro livro do caldeirão pop/pulp: o Símbolo Perdido, do Dan Brown. Há uma passagem lá, na qual uma personagem está presa num galpão de onde não se vê nada além da escuridão total, e o assassino também está lá junto com ela, que é simplesmente aterrorizante. Suspense puro.

11/01/2011 9:20 AM  
Anonymous Mariana said...

Eu tive medo, muito medo de Não Verás País Nenhum (Ignácio de Loyola Brandão. Faz muito tempo isso, mas acho que o medo continua....
Abraços

11/17/2011 12:09 PM  

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