Mesa de Bar

Lugar pra se falar sobre tudo e sobre o nada.

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Local: Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil

Sóbria, a maior parte do tempo. Na mesa de um bar me torno mais corajosa, mais sensível, mais emotiva, mais generosa. No bar e com umas cervejas a mais, as dúvidas se dissipam, as certezas afloram, as tristezas caem fora e a alegria reina. Sim, na mesa de um bar eu sou uma pessoa melhor do que fora dela.

sexta-feira, abril 20, 2012

Itinerário parisiense III

Quarto dia: Versailles

Saímos de Paris bem cedinho e tomamos o trem rumo a Versailles, cidadezinha próxima, onde o Rei-Sol Luís XIV se estabeleceu com sua corte e de onde seus descendentes foram tirados à força. Luxo, glamour, requinte, suntuosidade, esbanjamento e exibicionismo como nunca tinha existido até então e nunca mais voltou a existir em tal escala.


Às portas do palácio. Atrás de mim, tudo aquilo que parece uma cidade inteira é um único palácio.

Apesar de enorme, apenas uma parte relativamente pequena está aberta à visitação. São os aposentos reais, a capela e os locais onde as autoridades eram oficialmente recebidas. Cada grande aposento tem algumas, ou muitas, portinhas embutidas no forro de madeira das paredes, por onde provavelmente a criadagem (um verdadeiro exército) entrava e saía discretamente.

 O enorme salão dos espelhos, onde os reis davam seus bailaricos. Eu me senti em casa, hehehe


Os jardins são um caso à parte. Deixam qualquer outro humilhado pela beleza, tamanho e tratamento. Impossível conhecer tudo a pé, são muito quilômetros (e olha que já foi reduzido a menos de 1/5 do que era originalmente) e por isso a organização local providenciou carrinhos elétricos que podem ser alugados e trenzinhos para os quais se compra ingresso e ele vai dando voltas pelo jardim e parando nos pontos mais interessantes. Aí a gente pode descer, conhecer o local, e voltar para o ponto do trem e esperar o próximo.


Entre as atrações dos jardins estão o Grand Trianon, um "pequeno" palácio que o Rei usava como casa de campo, lugar para onde ia relaxar, escapar do zumzumzum da corte e se encontrar com as amantes.

Meu rei, no pátio do Grand Trianon.

Há também o Petit Trianon, construção lindinha, charmosa e que de pequena também não tem nada, que Luís XV mandou erguer para presentear sua amante, a Mme. de Pompadour, e que seu neto, o decapitado, deu de presente à mulher, a rainha Maria Antonieta, para que esta o pudesse trair com mais conforto, discrição e comodidade, conforme a tradição. Um bando de fanfarrões, esta realeza.



Cada uma destas construções tem seu próprio jardim e bosque. No bosque do Petit Trianon, Maria Antonieta mandou construir uma fazendinha com uma aldeola de brinquedo, onde ela ia se divertir com as crianças e satisfazer seu gosto por uma vida uma pouco mais próximo da natureza. Eu amei muito essa aldeola, onde tudo foi feito em pequena escala, embora caibam pessoas e móveis dentro das casinhas, e tudo funcionava de verdade: o moinho, a leiteria, o farol, a granja, etc. Coisa mais linda!


















Mas a delícia do dia ficou mesmo por conta do passeio ao ar livre, pelos bosques, ao redor do canal (um lago artificial construído nos jardins, onde navegavam navios de grande porte de verdade). Estávamos só no começo da primavera, embora boa parte das árvores ainda estivesse pelada, já havia muito verde e muitas flores.


Ao fim do dia, voltamos a Paris e fomos jantar no badaladíssimo Chez Gladines, do qual o Boêmio já contou bastante e que não nos decepcionou em nada.

3 Comments:

Blogger Rubão said...

"Meu rei" - só podia ser foto de baiano.

4/20/2012 3:12 PM  
Blogger Tina Lopes said...

Que vontade de sentar numa mesa de bar e trocar figurinhas sobre viagens com vocês. Amei Versailles, tô louca pra voltar lá com a Nina, que adora a história da Maria Antonieta.

4/22/2012 11:15 AM  
Blogger MegMarques said...

Tina querida, qdo vcs vierem a BH, ou a gente a Curitiba, não vamos deixar de jeito nenhum de marcar uma butecada pra falar sobre tudo!

4/22/2012 2:40 PM  

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