Memória Sentimental
Morar durante muitos anos numa mesma cidade pode ser entediante às vezes. Mas traz uma grata compensação quando você percebe que cada m2 da sua cidade tem uma história sua pra ser contada. Em BH, eu já morei em frente ao Parque Municipal, na praça Raul Soares, em dois lugares diferentes no São Bento, em dois lugares diferentes na Cidade Nova, na Pampulha, no Sion e no Anchieta.
Andando pelas ruas, em quase qualquer lugar que eu esteja, consigo ir lembrando que aqui morava uma amiga querida, ali morou um namorado, nessa esquina ganhei uma flor e um beijo, na esquina de baixo levei um fora. Onde hoje é essa igreja, já fui muito no cinema. Nessa praça molhei os pés na fonte luminosa. Aqui eu quase morri atropelada, ali eu quase matei. No bar que antes existia nesta rua, tomei meu primeiro porre. Nesta calçada eu andei muito feliz aquele dia comemorando a vida; naquela outra eu passei de cabeça baixa me sentindo derrotada por aquele acontecimento infeliz. Era aqui que a turma se encontrava, foi ali que nos vimos pela última vez.
Tudo me dá o que lembrar. E uma lembrança puxa a outra e, de repente, me pego pensando em gentes e coisas e fatos e conversas e assuntos que há muito não me vinham à mente.
Quem muda de cidade deve sentir falta disso, dessa memória sentimental que os lugares não deixam adormecer por completo. Deve sentir falta das referências geográficas que despertam um sorriso sem saber bem porquê, mas é porque foi bem ali que se deu uma gargalhada gostosa ao ouvir uma coisa qualquer engraçada, há muitos anos atrás.
Andando pelas ruas, em quase qualquer lugar que eu esteja, consigo ir lembrando que aqui morava uma amiga querida, ali morou um namorado, nessa esquina ganhei uma flor e um beijo, na esquina de baixo levei um fora. Onde hoje é essa igreja, já fui muito no cinema. Nessa praça molhei os pés na fonte luminosa. Aqui eu quase morri atropelada, ali eu quase matei. No bar que antes existia nesta rua, tomei meu primeiro porre. Nesta calçada eu andei muito feliz aquele dia comemorando a vida; naquela outra eu passei de cabeça baixa me sentindo derrotada por aquele acontecimento infeliz. Era aqui que a turma se encontrava, foi ali que nos vimos pela última vez.
Tudo me dá o que lembrar. E uma lembrança puxa a outra e, de repente, me pego pensando em gentes e coisas e fatos e conversas e assuntos que há muito não me vinham à mente.
Quem muda de cidade deve sentir falta disso, dessa memória sentimental que os lugares não deixam adormecer por completo. Deve sentir falta das referências geográficas que despertam um sorriso sem saber bem porquê, mas é porque foi bem ali que se deu uma gargalhada gostosa ao ouvir uma coisa qualquer engraçada, há muitos anos atrás.
5 Comments:
Nossa, Meg, que lindo! Uma prosa poética, lírica e terna.
Aquele Abraço!
Nossa, Meg, que lindo! Uma prosa poética, lírica e terna.
Aquele Abraço!
oi meg, te conheci lá do mothern e desde então venho visitar sua casinha, mas nunca comentei
hoje ao ler este post sobre lembrancas que temos da nossa vida, da nossa cidade, vieram lágrimas de saudade de lugares em que eu vivi, espero que eu construa novas lembrancas que um dia tb me deixarao marcas
beijos
Eu sinto isso também...Agora começo a colecionar memórias do meu novo bairro.
Beijos
tudo! Adorei!
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