Mesa de Bar

Lugar pra se falar sobre tudo e sobre o nada.

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Local: Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil

Sóbria, a maior parte do tempo. Na mesa de um bar me torno mais corajosa, mais sensível, mais emotiva, mais generosa. No bar e com umas cervejas a mais, as dúvidas se dissipam, as certezas afloram, as tristezas caem fora e a alegria reina. Sim, na mesa de um bar eu sou uma pessoa melhor do que fora dela.

domingo, julho 30, 2006

Atletismo em família

Neste fim-de-semana aconteceu em Viçosa o VI Torneio de Atletismo para Veteranos da UFV.
Parabéns para a minha mãe que conquistou duas medalhas de prata, nos 100 e 400 metros rasos, da categoria 55 anos! Detalhe, a medalha de ouro foi para a primeira colocada no ranking nacional, campeã brasileira da categoria e corredora experiente de maratonas.
Alguns recordes, em várias modalidades, foram batidos no sábado à tarde.
Fiquei muito impressionada com uma das corredoras, a Laura Eunice, atleta da equipe do Clube Botafogo (RJ), campeã brasileira, sul-americana e das Américas na categoria dela. Ela tem 70 anos, baixinha, magrinha, miúda. Parece uma velhinha inofensiva. Mas quando ouve o tiro da largada, a mulher dispara numa agilidade e velocidade incríveis, passadas largas, firmes, decididas.
Eu, com metade da idade, não me atreveria a competir com ela. Medo do vexame.
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Hoje tem goiabada....

Enquanto eu sonho com o Cirque du Soleil, vou me contentando com a realidade de um circo de cidade do interior. Levei as meninas ao circo Planeta Espacial (o mais mambembe da galáxia, juro). Lona remendada, fantasias puídas, arquibancada desconjuntada, poltronas desconfortáveis. Faltou luz no meio do espetáculo e até a pipoca estava queimada. Mas as menininhas se divertiram muito, que é o que importa!
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Bibi, de manhã:
- Hoje estou parecida com outra pessoa.
Eu:
- Com quem?
- Com a vovó, com a Andrelina, com a Imaculada, com todo mundo do mundo.

Parece que baixou um Walt Whitman nessa menina e ela encarnou o Homem Universal.
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A vida nunca foi fácil para quem luta contra o lado negro da Força. Mas os tempos estão cada vez mais bicudos. Estou chocada com o caso:
Um colega do meu irmão, moço recém-formado em Eng. Florestal, estava trabalhando como fiscal do IEF, tentando preservar o que resta do cerrado no norte de Minas. Pois no mês passado levou um tiro ao entrar numa carvoaria.

Pelamor, se forem fazer um churrasco tenham certeza de comprar carvão de eucalipto, daqueles com selo e certificação ambiental.
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Na última vez que estive em Furnas fazia parte do nosso trabalho entrevistar os proprietários de terra das fazendas ao redor do reservatório. Assim que a gente se aproximava, eles iam logo perguntando, com cara de poucos amigos: “Vocês não são do Meio Ambiente não, né?” E a gente mentia, com a cara mais lavada do mundo: “De jeito nenhum!”
Eu não tenho a menor vocação pra mártir. Este corpinho lindo que Deus me deu num dia de muita inspiração não está aqui pra levar tiro de ninguém...
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Há um bocado de tempo atrás fui entrevistada por um grupo de garotos de escola. Fizeram várias perguntas sobre meio ambiente e sobre a profissão de ecólogo. Uma das perguntas era:
- Você daria sua vida pela causa ambiental?
Fui categórica:
- Não. Eu daria meu trabalho, meu tempo, meu conhecimento. A vida já é querer demais.

3 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Quero as fotos do circo, que lindo o remendo na lona!

8/01/2006 1:29 PM  
Anonymous Anônimo said...

Meg, estou contigo quanto ao lanbce do mártir... os heróis morrem, os inteligentes sobrevivem.

8/01/2006 1:37 PM  
Anonymous Anônimo said...

ih, tem foto não... Eu não tenho camêra digital...
Vou providenciar, assim que sobrar algum dindin!

Meg

8/01/2006 2:15 PM  

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