Assédio no Louvre
Quando se conta algum caso acontecido conosco no exterior, muita gente torce três voltas de nariz e pensa: “ela tá contando isso só pra mostrar que já viajou”. Não torçam o nariz pra mim, infelizmente só estive em Paris uma vez, há muitos anos e por apenas uma semana, tá?
Fato é que, enquanto eu contemplava mesmerizada “A morte de Sardanapalus” do Delacroix, um senhor bem-vestido postou-se ao meu lado e disse em voz baixa: “Quelle merveille, hã?” Acenei que sim com a cabeça e foi aí que o homem se aproximou bem de mim e desatou a falar rápido e baixinho, um monte de coisinhas que o meu francês, que na época já não era assim tão bom, não conseguiu acompanhar. Mas pelo tom de voz, boa coisa não havia de ser. Aí virei as costas e fui ver outra merveille ao lado e o homem me seguiu sem parar de falar e eu comecei a andar pra me livrar dele e ele foi me seguindo, sala após sala, sussurrando no meu ouvido. Três salas depois (e aquelas salas são enormes), eu estava realmente com medo e quando vi um segurança fui direto nele. Só então o francês desistiu e me largou sozinha.
Quando lembro, acho graça no acontecido. Mas tenho a lamentar o fato de que o assediador era feio e tinha cara de tarad*. Fosse bonito e tivesse cara de tarad*, quem sabe uma hora dessas eu não estava bem instalada na Rive Gauche, olhando o Sena e comendo ostras com Chablis? Já pensou, hein, hein?
Fato é que, enquanto eu contemplava mesmerizada “A morte de Sardanapalus” do Delacroix, um senhor bem-vestido postou-se ao meu lado e disse em voz baixa: “Quelle merveille, hã?” Acenei que sim com a cabeça e foi aí que o homem se aproximou bem de mim e desatou a falar rápido e baixinho, um monte de coisinhas que o meu francês, que na época já não era assim tão bom, não conseguiu acompanhar. Mas pelo tom de voz, boa coisa não havia de ser. Aí virei as costas e fui ver outra merveille ao lado e o homem me seguiu sem parar de falar e eu comecei a andar pra me livrar dele e ele foi me seguindo, sala após sala, sussurrando no meu ouvido. Três salas depois (e aquelas salas são enormes), eu estava realmente com medo e quando vi um segurança fui direto nele. Só então o francês desistiu e me largou sozinha.
Quando lembro, acho graça no acontecido. Mas tenho a lamentar o fato de que o assediador era feio e tinha cara de tarad*. Fosse bonito e tivesse cara de tarad*, quem sabe uma hora dessas eu não estava bem instalada na Rive Gauche, olhando o Sena e comendo ostras com Chablis? Já pensou, hein, hein?
4 Comments:
eu, com meu super poderoso imã de atrair maluco, aliado ao meu campo eletromagnético que tem o dom de pifar todas as caixas registradoras dos supermercados ao redor do mundo, não estranho mais nada!
hahahaha, Falando assim parece engraçado né? Mas imagino como foi na hora! Eu costumo ter imã pra essas pessoas e situações também. Eu estou no terceiro ano de direito, e juro que não é pra puxar o saco (hehehe), mas penso em me especializar em meio ambiente.
Beijos
Meg,mais uma coisa teríamos em comum .Rssss
Ui, Meg, não seria de todo mal não, hem? Beijo prá você.
Postar um comentário
<< Home