Casablanca, crianças e etc
Lembram daquela cena de Casablanca em que Ingrid Bergman, abraçada a Humphrey Bogart, pede a ele "pense por nós"?
Pois é. Mulher liberada, emancipada e independente à parte, há momentos em que eu gostaria de pedir a alguém para pensar por mim, decidir por mim, resolver por mim.
Porque a vida, às vezes, é muito difícil.
///---///---///---///
Ontem eu quase caí pra trás quando as meninas chegaram da escola cantando:
"ado ado ado
convidei um velho t@rado
para ser meu namorado"
E elas morriam de rir.
Jesusmariaejosé, é o fim dos tempos!
///---///---///---///
Esta vidinha pequeno-burguesa está me cansando.
Se fosse ao menos da alta-burguesia...
///---///---///---///
Depois de muitos anos sem vê-la, encontrei uma ex-amiga.
Como embarangou, coitada. E era bonita há uns dez anos atrás...
Será que ela pensou o mesmo de mim?
Pois é. Mulher liberada, emancipada e independente à parte, há momentos em que eu gostaria de pedir a alguém para pensar por mim, decidir por mim, resolver por mim.
Porque a vida, às vezes, é muito difícil.
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Ontem eu quase caí pra trás quando as meninas chegaram da escola cantando:
"ado ado ado
convidei um velho t@rado
para ser meu namorado"
E elas morriam de rir.
Jesusmariaejosé, é o fim dos tempos!
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Esta vidinha pequeno-burguesa está me cansando.
Se fosse ao menos da alta-burguesia...
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Depois de muitos anos sem vê-la, encontrei uma ex-amiga.
Como embarangou, coitada. E era bonita há uns dez anos atrás...
Será que ela pensou o mesmo de mim?
8 Comments:
Perigosíssima a falácia "Pense por mim". Não te deixes arrastar mais uma vez. Por milhares de anos fomos ensinadas que a nossa boa-sociedade e a Igreja Católica sabiam o que era melhor para nós, que os nossos pais também e em seguida os nossos maridos. Lembra-te de quantas vezes já sofreste por seguir regras recomendadas por essas entidades bem intencionadas (no seu próprio bem, claro). Lá dizia Schopenhauer: as mulheres têm cabeça para usarem cabelos compridos. Pensa sózinha, por favor.
Hahaha, pensei nisso ontem. Vi um cara que eu paquerava e ele era charmosíssimo! Esbarrei com ele no elevador e pensei: "como tá acabado, meudeus". E agora tô na dúvida se ele pensou o mesmo ou não, hehehe.
Não precisa se preocupar, anônimo. Não estou abdicando de nada. Só cansada.
Rô, é horrível rever certas pessoas. Não sei se por elas ou se por nós, mas é horrível.
Sou muito feliz nesses encontros: sempre me acho muito melhor que os meus colegas de graduação, parentes e amigos que reencontro às vezes depois de dezenas de anos.
Hoje a Nina disse que aprendeu a música do créu-créu. Eu, solenemente, proibi e disse que é uma música muito feia que tem uma moça dançando e mostrando o bumbum pros meninos (ela tem 4 e achou o fim do mundo, ufa).
Ado, ado, ado, dever ser a música do quadrado...E eu não conhecia além do refrão, tô boba !!! O Henrique canta, naturalmente..
Olha, que coincidência!
Quando escrevi aquele post praguejando o feminismo, era mais ou menos isso aí que eu dizia, mas de um jeito bem diferente. E vc comentou mais ou menos como o anônimo, puxando minha orelha.
Viu, viu?? A gente cansa mesmo. Sempre cansa. E sempre tem alguém que vem nos lembrar que antes era pior.
Eu vi Casablanca com uns 20 anos, por aí, e desde então essa cena do "pense por nós dois" (não é "pense por mim", é "pense por nós", ó que lindo) é meu mantra. O bonito é que no contexto da cena não há margem para a interpretação da anônima (acho que é anônima e não anônimo), fica bem claro que é uma licença temporária, que ela não quer ter que decidir aquilo, naquele momento, não está abrindo mão do direito de decidir pra sempre não... :-)
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