Dia 21: O melhor livro que li este ano (2012)
O Pêndulo de Foucault, de Umberto Eco.
O livro já é antiguinho, foi lançado em 1988, o que significa um certo atraso da minha parte. Mas como estou esperando minha mãe terminar o último lançamento do mesmo autor (O cemitério de Praga), resolvi voltar no tempo e ler finalmente a única obra de ficção de U. Eco que me escapava.
Com exceção d'A Misteriosa Chama da Rainha Loana, que é mais ou menos, toda a ficção de U. Eco é excelente. Escreve excepcionalmente bem; inventa enredos complicados, mas envolventes e divertidos; cria personagens adoráveis e destila erudição. Como diria Nelson Rodrigues (o escritor, não o meu cãozinho): " pinga gênio em cada frase".
Sociedades fechadas e seus segredos são quase uma obsessão para Eco. Neste romance, os templários, os maçons, os rosacruzes, os jesuítas, as religiões obscuras, os alquimistas, os esotéricos, os cabalistas; toda essa gente é jogada num mesmo caldeirão onde se forja uma gigantesca Teoria da Conspiração: um jogo criado por três colegas de trabalho de uma editora picareta para espantar o tédio. E com a ajuda de uma grande novidade da época: um computador pessoal capaz de fazer conexões aleatórias entre quaisquer fatos!
Eco tira um grande sarro de todas as organizações e pessoas que se levam realmente a sério, de tudo e todos o que se propõem, de antemão, a "mudar o mundo". Grandes mistérios e segredos e toda a mixórdia ocultista são apresentados como bons motivos para dar gargalhadas.
Há no livro uma antecipação de Dan Brown, mas com a diferença fundamental: enquanto D. Brown meio que leva a sério a gororoba cultural que descreve, U. Eco dá risada apresentando o lado grotesco da nossa sede pelo não-revelado.
O livro já é antiguinho, foi lançado em 1988, o que significa um certo atraso da minha parte. Mas como estou esperando minha mãe terminar o último lançamento do mesmo autor (O cemitério de Praga), resolvi voltar no tempo e ler finalmente a única obra de ficção de U. Eco que me escapava.
Com exceção d'A Misteriosa Chama da Rainha Loana, que é mais ou menos, toda a ficção de U. Eco é excelente. Escreve excepcionalmente bem; inventa enredos complicados, mas envolventes e divertidos; cria personagens adoráveis e destila erudição. Como diria Nelson Rodrigues (o escritor, não o meu cãozinho): " pinga gênio em cada frase".
Sociedades fechadas e seus segredos são quase uma obsessão para Eco. Neste romance, os templários, os maçons, os rosacruzes, os jesuítas, as religiões obscuras, os alquimistas, os esotéricos, os cabalistas; toda essa gente é jogada num mesmo caldeirão onde se forja uma gigantesca Teoria da Conspiração: um jogo criado por três colegas de trabalho de uma editora picareta para espantar o tédio. E com a ajuda de uma grande novidade da época: um computador pessoal capaz de fazer conexões aleatórias entre quaisquer fatos!
Eco tira um grande sarro de todas as organizações e pessoas que se levam realmente a sério, de tudo e todos o que se propõem, de antemão, a "mudar o mundo". Grandes mistérios e segredos e toda a mixórdia ocultista são apresentados como bons motivos para dar gargalhadas.
Há no livro uma antecipação de Dan Brown, mas com a diferença fundamental: enquanto D. Brown meio que leva a sério a gororoba cultural que descreve, U. Eco dá risada apresentando o lado grotesco da nossa sede pelo não-revelado.
3 Comments:
Isso porque ele trabalha para estas seitas, com o objetivo de ocultar a existência delas e ridicularizar os que perseguidores da verdade!
No mais, alvíssaras! Meg´s back.
bj
r
Que bom que vc voltou!
Preciso reler, era muito nova quando o li - bem no lançamento e só sei que gostei muito. Lembra do vídeo no Panthéon? Vai lá também, se emocionar. ;)
Postar um comentário
<< Home