Mesa de Bar

Lugar pra se falar sobre tudo e sobre o nada.

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Local: Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil

Sóbria, a maior parte do tempo. Na mesa de um bar me torno mais corajosa, mais sensível, mais emotiva, mais generosa. No bar e com umas cervejas a mais, as dúvidas se dissipam, as certezas afloram, as tristezas caem fora e a alegria reina. Sim, na mesa de um bar eu sou uma pessoa melhor do que fora dela.

quarta-feira, outubro 27, 2010

Filhas e enteadas de peixe...

...petistinhas são!

Claro que a meninas torcem pela Dilma! Cantam jingles, entoam loas, criticam a propaganda do Serra que veem na tv. Chega a ser engraçado ouvi-las criticar os coleguinhas, não porque gostem do outro candidato, mas porque "eles não estão ligados, mamãe, nem sabem quem é Dilma nem quem é Serra, pode isso?"

Ontem, no caminho de casa, elas vieram contando quantos carros tinham adesivos do Serra e quantos tinham adesivos da Dilma. Dilma ganhou com larga vantagem e elas comemoraram como uma previsão do resultado definitivo. Sendo boas observadoras, chegaram rapidamente à conclusão de que os carrões tinham majoritariamente adesivos do candidato do PSDB, enquanto os carros populares e velhos como o nosso, o da candidata do PT. O que as levou a uma divertida inversão das expectativas: "tomara que tenha mesmo muito pobre no Brasil pra votar na Dilma!"

Gastei quinze minutos de saliva com explicações de cunho sóciopoliticoeconômico sobre o assunto, mas elas logo se cansaram.
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As mulheres, enquanto animais políticos, são bichos raivosos. Que triste.

Durante o abraço de sábado, na av. do Contorno, pudemos constatar a falta de civilidade da parte feminina do eleitorado que vota no Serra. Enquanto os homens simplesmente viravam a cara, fingiam não ver ou até tentavam argumentar com os militantes, as suas mulheres preferiam xingar. Baixo calão mesmo.

O amigo Leo, que ficou na rua muito mais tempo do que nós, tem ótimas histórias a esse respeito.

terça-feira, outubro 26, 2010

Ectoparasitas

Ando fazendo muito trabalho de campo ultimamente. O que me leva a pensar que sou eu que estou passando carrapatos para o Nelson. Ontem tirei mais de 20. De mim.

sexta-feira, outubro 22, 2010

Direto pro hospital

O colega do lado foi jogar uma bolinha de papel no lixo e me acertou na barriga.
Hemorragia interna, no mínimo.
Semana que vem não trabalho.
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Serra, que papelão! (sem trocadilho)

Os sapatos e o consumismo

Desde o dia infeliz em que me dispus a contar os pares de sapato que tenho no armário, venho seguindo incomodada. Eram muitos os sapatos. A maioria só sai da caixa uma vez ao ano e olhe lá.

Não preciso e não quero meu armário abarrotado, minha consciência pesada, minha conta bancária vermelha e o mundo destituído de recursos naturais por conta da elegância dos meus pezinhos.

Vamos ser razoáveis?

No verão:
chinelo
sandália baixa
sandália alta

No inverno:
pantufa
sapato baixo
sapato alto
bota

Em qualquer tempo:
tênis

Oito pares. Número suficiente para enfrentar qualquer situação, de festa a supermercado. E só se desfazer de um par quando não der mesmo pra usar mais. É isso que eu quero.

Não vou recomendar a ninguém a simplicidade franciscana. Não somos santos. E consumir é preciso. Se não, a economia pára. As indústrias demitem. O comércio também. O setor agrícola idem. E nossa diversidade econômica é limitada, não temos muitas mais fontes de renda e riqueza.

Há tempos tinha decidido que vou usar meu velho carrinho popular (8 anos) até onde der. Só troco quando ficar realmente muito desvantajoso (quase está). O mesmo para o meu aparelho de celular (só tive 2 aparelhos até hoje) que já tem 4 anos. E também me recuso a trocar o velho notebook (5 anos) já que ele ainda atende a todas as minhas necessidades computacionais. Enfim, decidi que não vou trocar nada só por modismo ou porque apareceu novidade no mercado. Ainda que, nas reuniões com gente importante, eu seja a única a descer de um carrinho, usar um celular que não tira foto e ter um computador que pesa quase 3 kg.

Então, se vale para aparelhos e máquinas, tem que valer também pras outras coisas. Sapatos, roupas, etc.

Se me virem embarangada por aí, já sabem: estou tentando ser coerente!

Negócio da China (para a China)

A mineração de ferro em Minas Gerais irá simplesmente DOBRAR sua produção nos próximos dois anos, sabiam? Para quê isso?

Por que a sociedade mineira vai aumentar desse tanto a sua produção mineral e sua convivência com passivos ambientais, contaminação de água, ar e solos, perda de biodiversidade e serviços ambientais, se já saiu um estudo importantíssimo e divulgadíssimo da Faculdade de Ciências Econômicas explicando que isso não vai se refletir no crescimento econômico do estado que, na verdade, tende a desacelerar na próxima década?

Ah, tá explicado: é que temos que viabilizar o crescimento econômico da China em 10 % ao ano.
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China. Não gosto. Tenho preconceito. Tenho medo (igual à Regina Duarte, hahaha).

Mas, sério, tenho a sensação de que estamos alimentando o monstro que irá devorar nossos filhos.

quarta-feira, outubro 20, 2010

Mobilização

Vi no blog do Idelber Avelar:

A militância, os simpatizantes, os eleitores, enfim, de Dilma vão sair às ruas de Belo Horizonte neste próximo sábado (23/10) para dar um grande abraço coletivo na avenida do Contorno.

A concentração começa às 9:30h da manhã, em vários pontos da av do Contorno. Vão lá no blog do Idelber e confiram o local mais próximo da casa de vocês! Vai ser uma festa!

domingo, outubro 17, 2010

Pró-Dilma



(Mandado pela Dani, por email)
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Com religião não há solução!

Detesto as religiões em geral e as mais próximas em particular. Mesmo. Disfarço minha má-vontade com um silêncio respeitoso. Porque respeito o direito de cada um de ser idiota à vontade e também porque detesto a intolerância. Então, tolero.*

Mas misturar religião e política me leva às raias da raiva. Não há sequer possibilidade de conversa, diálogo, debate, discussão, nada que seja minimamente racional. Vai tentar mostrar fatos racionais prum religioso: a inflação continua baixa, mais gente com curso superior, mais universidades, crise econômica enfrentada com tranquilidade, crescimento do PIB, déficit externo zerado, etc.

E ele redargue: "Mas isso é puramente materialista, você tem que pesar os valores morais! O governo da Dilma vai acabar com nossos valores morais!!!"

Por valores morais leia-se: criminalização do aborto e proibição do casamento gay. Ou seja, essa gente tem como dogma que, caso a Dilma não seja eleita, a mulherada vai parar de abortar e os gays vão virar hétero.

Paciência não me sobra.

Sei que estou generalizando, tem gente religiosa que sabe separar as coisas e dá a César o que é dele. E há ateus e agnósticos também muito, muito obtusos. Mas são exceções.

*Detestar igrejas e religiões não é o mesmo que detestar Deus. Gosto da idéia de Deus. Aliás, se me perguntarem, faço questão que Ele exista.

sábado, outubro 16, 2010

Vocabulário

Segundo Bibi, as pessoas não ficam tristes; ficam desalegradas da vida.

E Laurinha tem que fazer um trabalho de escola interatível.

E me enche de orgulho ouvir o comentário da pequena ao ver dois objetos da mesma cor superpostos:
- A caixa se camufla sobre a mesa.


sexta-feira, outubro 15, 2010

O doidinho da cidade

Cada cidadezinha do interior tem um doidinho de estimação. Um louco manso e pacífico conhecido por todos e cuja família tem a consideração, respeito e compaixão das demais. De manhã e à tarde passeia nas ruas e pracinhas, conversa com quem lhe dá atenção, entra e sai do comércio local, senta no meio fio e olha para o nada. Tranquilo.

E quando chegam estranhos à cidadezinha, ele também é tomado por imensa curiosidade e intensa vontade de espantar o tédio. E vem conversar. Sendo você um forasteiro benigno e gentil, o quê fazer? Converse com ele, claro. Faça perguntas simples. Dê respostas simples. Ofereça uma bala. Ria quando ele rir. Dê um aperto de mão a cada vez que ele estender a sua. Sorria. Trate-o bem. Faça qualquer coisa. Mas resista, resista com todas as suas forças, por maior que seja a curiosidade, a pedir que declame um verso, caso ele se declare poeta.

Porque, se ele começar, você tá lascado. É impossível se livrar de um doidinho-poeta que quer audiência externa. Ele não vai parar de declamar poemas nas próximas 24 horas. E você, esteja certo disso, não vai aguentar ouvir nem por meia hora, quando toda a sua benignidade e gentileza já foram pro saco e os manicômios começam a te parecer uma alternativa simpática.

Nesse caso, dê uma desculpa e corra.

segunda-feira, outubro 04, 2010

Resultado das eleições

Numericamente, a representação feminina mineira no Congresso Nacional foi um fracasso...

Minas Gerais elegeu 53 deputados federais, dentre os quais apenas uma mulher, a Jô Moraes. Pelo menos, uma boa representante. Ùnica candidata eleita entre os que votei.

Meus candidatos a senador, minhas candidatas a governadora e deputada estadual não se elegeram.

Ainda temos a esperança em Dilma.

Criação

Criação, filme de Jon Amiel, é a pior obra que já se fez a respeito da vida de Charles Darwin.

Não fala a respeito da viagem do Beagle, não fala a respeito da teoria da evolução por seleção natural, não fala a respeito do impacto e da polêmica gerados pela publicação do "A Origem das Espécies". Enfim, não diz nada a respeito do que realmente interessa. Sobre o quê trata o filme, então? Não passa de um drama familiar, comovente e tocante aliás, envolvendo conflitos entre marido e mulher, a tristeza e a inconformidade de quem perde um filho, dúvidas existenciais, etc.

Não precisava ser Darwin, podia ser qualquer um. Eu me senti engalobada.
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Falando em filmes, até pouquíssimo tempo atrás, uns dois anos, por aí, eu podia me gabar de jamais ter dormido enquanto assistia algum.

Muito diferente agora. Tem que ser um filmão para me manter acordada. Ou é a idade, ou o excesso de trabalho, a canseira do dia a dia, ou os filmes não tão prestando mesmo: o Boêmio põe o dvd, apaga a luz, nos ajeitamos no sofá e eu deslizo para um soninho profundo e invencível.

sábado, outubro 02, 2010

Chove chuva

Chuva forte nos últimos dias e uma ventania como eu nunca tinha visto ontem à noite. Parecia um furação varrendo o Buritis.

Amanhece nublado, molhado, friozico. Mas temos que começar bem o fim de semana, então me animo a ir para a cozinha, fazer panquecas para um café da manhã diferente, aproveitando o delicioso xarope de bordo que a amiga trouxe do Canadá. Foi um sucesso, nos regalamos!
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Casamento à vista

Já vi o vestido! Dourado! Curto! Lindo!

A festa é um dilema. Festão? Festinha? Nada?

Lua de mel? Voto na Itália!
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Eu não entendo absolutamente NADA de legislação tributária.
E portanto sempre acho espantoso como as empresas conseguem, sem burlar a lei, não pagar impostos.