Crítica
Pra algumas pessoas a gente tem que dar um certo desconto; pra outras a gente tem que dar muito desconto. É que subúrbio é subúrbio e continua longe do centro. Província é província e continua longe da metrópole. E estão ambos na periferia dos acontecimentos principais. Então não dá pra esperar que uns e outros tenham as mesmas atitudes mentais diante das coisas.
Sem querer ser elitista, mas já sendo, (um erro que eu não cometo é negar as origens) eu fico tantalizada com o verdadeiro culto que hoje se presta às nulidades de toda a ordem. Nulidades musicais, nulidades literárias, nulidades científicas, etc. A nulidade, ao contrário da sumidade, é extremamente popular, é carismática, e é “gente boa”.
Porque faz parte do credo das nulidades afirmar que tudo tem o mesmo valor, seja a teoria do Big Bang ou a mitologia judaico-cristã para explicar o surgimento do universo. Assim também faz parte do credo a idéia de que tudo o que se faz com carinho e amor é necessariamente bom. Mesmo que seja um daqueles quadros pavorosos que se vendem na feira da Afonso Pena. Faz parte também a cretiníssima idéia de que valeu o esforço, mesmo se o resultado foi pífio ou nulo.
E por fim, como dogma central, cultiva-se a idéia de que a novidade, per si, é melhor. Mesmo que seja um guinchado incompreensível num ritmo que se auto-denominou pós-punk.
Então, que fique bem claro de uma vez por todas:
Se alguém acha que todas as idéias são igualmente válidas, é uma nulidade.
Se alguém faz coisas pavorosas, mesmo que com muito amor e carinho, é uma nulidade.
Se alguém se esforça muito e o resultado é nem sequer razoável, é uma nulidade.
Se alguém acha que o crivo do tempo é desnecessário para determinar a qualidade do que quer que seja, é bem provável que seja também uma nulidade.
Sem querer ser elitista, mas já sendo, (um erro que eu não cometo é negar as origens) eu fico tantalizada com o verdadeiro culto que hoje se presta às nulidades de toda a ordem. Nulidades musicais, nulidades literárias, nulidades científicas, etc. A nulidade, ao contrário da sumidade, é extremamente popular, é carismática, e é “gente boa”.
Porque faz parte do credo das nulidades afirmar que tudo tem o mesmo valor, seja a teoria do Big Bang ou a mitologia judaico-cristã para explicar o surgimento do universo. Assim também faz parte do credo a idéia de que tudo o que se faz com carinho e amor é necessariamente bom. Mesmo que seja um daqueles quadros pavorosos que se vendem na feira da Afonso Pena. Faz parte também a cretiníssima idéia de que valeu o esforço, mesmo se o resultado foi pífio ou nulo.
E por fim, como dogma central, cultiva-se a idéia de que a novidade, per si, é melhor. Mesmo que seja um guinchado incompreensível num ritmo que se auto-denominou pós-punk.
Então, que fique bem claro de uma vez por todas:
Se alguém acha que todas as idéias são igualmente válidas, é uma nulidade.
Se alguém faz coisas pavorosas, mesmo que com muito amor e carinho, é uma nulidade.
Se alguém se esforça muito e o resultado é nem sequer razoável, é uma nulidade.
Se alguém acha que o crivo do tempo é desnecessário para determinar a qualidade do que quer que seja, é bem provável que seja também uma nulidade.
2 Comments:
Tá inspirada hoje, hem, Meg? Adorei o post. E que maldade com os horrendos quadros da Afonso Pena, hahaha!
Finalmente, alguém com coragem para dizer a verdade.
Parabéns, continue sempre assim.
Gostaria de ler seus comentários sobre cotas para negros e cotas para brancos (porque não?) nas universidades públicas, gratuitas e dequalidade...
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