Mesa de Bar

Lugar pra se falar sobre tudo e sobre o nada.

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Local: Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil

Sóbria, a maior parte do tempo. Na mesa de um bar me torno mais corajosa, mais sensível, mais emotiva, mais generosa. No bar e com umas cervejas a mais, as dúvidas se dissipam, as certezas afloram, as tristezas caem fora e a alegria reina. Sim, na mesa de um bar eu sou uma pessoa melhor do que fora dela.

domingo, outubro 07, 2007

Emma Zunz

Não sei por quais critérios os professores de literatura escolhem esse ou aquele conto (ou romance, ou poema) de um autor para discutir com seus alunos. Mas o prof Idelber Avelar propôs “Emma Zunz” do Jorge L. Borges e convidou quem quisesse a falar sobre ele.
Eu nem me lembrava mais do conto, tive que reler. E pela segunda vez tive a impressão que era um dos mais fracos da obra, ou um dos que menos gostei. Não é um conto “fantástico”, não tem nem tigres ou labirintos, pareceu-me que Borges quis tentar algo mais sólido, algo allanpoeniano de que ele tanto gostava. Enfim, acho que ele quis fazer uma história policial mais tradicional e não se saiu tão bem quanto de costume. Porque a única coisa totalmente irreal é a protagonista ter saído impune do seu crime.
Vejam bem:
1-Emanuel Zunz não era um funcionário qualquer da fábrica, visto ter acesso ao caixa da empresa.
2- Nada no conto dá a entender que a vítima costumeiramente molestasse suas empregadas, pelo contrário, “Aaron Loewenthal era, para todos, um homem sério;...”
3- Emma não trocou o seu sobrenome, era conhecida pelo patrão como “operária Zunz”.

Nesse caso como pôde a polícia, e as pessoas de modo geral, não associar de imediato o nome da operária Emma Zunz ao nome do funcionário graduado Emanuel Zunz, acusado de desfalque do caixa apenas 6 anos antes, ou pouco mais que isso, já que Emma tinha lembranças exatas do período, sendo à época do crime uma moça de 19 anos incompletos? O evento do desfalque não deve ter sido coisa de pouca monta; pelo contrário, deve ter causado escândalo público, tendo havido auto de prisão e fuga do suspeito para o Brasil.
Ora, então uma operária cujo pai esteve envolvido há pouco tempo numa falcatrua financeira mata o patrão de ambos, “homem sério”, e ninguém desconfia de nada?!
Ainda de um ponto de vista ultra pragmático, há mais um motivo para o conto não funcionar para mim. Se Emma tivesse matado Aaron antes de ter sido violentada podia ser inocentada com base em legítima defesa. Mas tendo matado após o suposto defloramento isso seria considerado como vingança pela justiça e ela deveria ir para a cadeia.

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Esta semana Bibi teve conjuntivite, gripou e, descobri agora, está com ... piolho, argh.
Recebi uma cartinha da escola avisando que havia uma infestação na sala da Laurinha. Catei a mais velha e não achei nada. Por desencargo de consciência, fui catar a mais nova também e lá estava um bichinho.
O que não é o poder da sugestão, não é minha gente? minha cabeça começou a coçar na hora, desesperadamente (espero que seja só sugestão...). Nesta casa vai todo mundo entrar de cabeça no kwell.

1 Comments:

Blogger Arnaldo Heredia Gomes said...

Lembro-me da primeira vez que li O Aleph e não achei nenhuma graça. Não entendi o motivo de tanta onda com aquele conto. Outro dia, me caiu um livro nas mãos, com outra tradução deste conto e eu achei genial!

10/08/2007 12:02 AM  

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