Mesa de Bar

Lugar pra se falar sobre tudo e sobre o nada.

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Local: Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil

Sóbria, a maior parte do tempo. Na mesa de um bar me torno mais corajosa, mais sensível, mais emotiva, mais generosa. No bar e com umas cervejas a mais, as dúvidas se dissipam, as certezas afloram, as tristezas caem fora e a alegria reina. Sim, na mesa de um bar eu sou uma pessoa melhor do que fora dela.

sexta-feira, outubro 19, 2007

Mais dois dias fora

Estava quente e seco em BH esses dias pra trás, mas ninguém consegue imaginar o braseiro que estava de Curvelo pra cima. Eu não suava em bicas porque o suor pura e simplesmente evaporava antes de me encharcar, deixando a pele salgada e curtida. A minha linda cútis ficou com o aspecto de uma banana-passa. E olha que, de hora em hora, eu parava para beber água, suco, água de côco e passar hidratante com protetor solar.

Do que vi, me agradou:


- o canto do avestruz. Eu não fazia idéia que esses bichos emitissem ruídos, mas quando fui tirar fotos nessa fazenda de avestruzes, um macho enorme veio pra perto do cercado, inflou o pescoço e cantou! Não consigo descrever bem como é o barulho que ele faz, algo entre um uivo e a sereia de um barco; ou melhor, uma buzina. É isso: os avestruzes buzinam!

- a tendência ao exotismo de certas pessoas. Não bastassem as criações de avestruzes, de pôneis e de vacas miniatura, desta vez eu vi uma fazenda de...lhamas! Não sei é como esses animais, feitos para as altitudes dos Andes, suportam bem o sertão mineiro.

- o habilidoso boiadeiro que, com meia dúzia de manobras a cavalo e uns pares de gritos, juntou todo um rebanho que se espalhava na pista asfaltada, enfileirou o gado no acostamento e ainda fez os animais darem meia-volta-volver e caminharem na direção certa. Não deve ser qualquer um que é capaz disso!

- o exímio manobrista de escavadeira que desimpediu de troncos e toras uma estrada para nós. Manipulando ao mesmo tempo as duas “conchas” (a grandona da frente e a pequena de trás) e aquelas “pás” laterais, ele era capaz de movimentos absolutamente precisos e delicados, capaz de pegar até mesmo gravetos. Fiquei com a impressão de que ele poderia comer um sushi com aquela máquina enorme.
-o senhor de idade que passou por nós num cavalinho em marcha e me cumprimentou pondo o chapéu ao peito. Achei lindo!

Do que vi, não me agradou de jeito nenhum:

- o mau-cheiro e a cor da água do rio das Velhas a partir de Corinto.


-os muitos peixes mortos nas margens. Num trecho de apenas 100 metros ao longo do rio eu contei mais de 50.

Depois, eu que sou alarmista, os ecólogos que são todos terroristas, né?
Vai vendo onde a gente vai parar...

2 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Meg,
teve uma componente erótica na sua descrição do manobrista do barco. Lembra-me uma cena de Eisenstein no filme Greve, quando a máquina de queijo tem um orgasmo, jorrando leite para todo lado, e as mulheres se deliciam, lambendo e bebendo aquilo.

10/21/2007 8:30 AM  
Blogger MegMarques said...

HAHAHAHAHAHA, cada um vê o que quer...
Era manobrista de uma retro-escavadeira e eu não fiz nenhuma ligação com o erotismo ali, só apreciei a meticulosidade dos movimentos de uma máquina tão grande e abrutalhada.

Artistas são uma coisa louca! Então a máquina de queijo dá pane geral e o Eisentein associa aquilo com um orgasmo! hahahahahaha

10/21/2007 8:50 PM  

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