A Obra (quase) Completa de Shakespeare em cinco minutos
Antônio e Cleópatra – Todo mundo conhece. A alpinista político-social casa com Júlio César, depois com Marco Antônio e morre picada de cobra. A grande questão é: cobra pica cobra?
Coriolano – O protagonista mais antipático de todos os tempos é um grande patriota e valente general. Embora deteste, despreze e odeie o povo romano. Vai entender. Morre atraiçoado. Bem-feito.
Hamlet – Todas as possíveis neuroses familiares expressas em grandes monólogos pelo pequeno príncipe maluquinho do reino da Dinamarca. E muito antes de Freud explicar qualquer coisa!
Júlio César – O homem volta das campanhas, é aclamadíssimo pelo povo, quer poder e mais poder, mas os outros poderosos não querem largar o osso. Todo mundo também conhece o final: punhaladas nos idos de março.
O rei Lear – Um velho rei já meio caduco dá tudo para as duas filhas mais velhas que são malvadas e deixa a mais nova que é boazinha sem nada. Só quando vai morrer, doente e na miséria, é que descobre que se enganou.
Macbeth – Intriga, traição, ganância, cobiça, vingança, sangue jorrando aos borbotões. E algumas bruxas para dar aquele clima sobrenatural. Uma mistura de novela mexicana e cine trash.
Otelo – Vai dar ouvidos a fofoca, vai.
Romeu e Julieta – Batidíssimo. Dois adolescentes sem juízo e com hormônios em polvorosa, ajudados por um padre drogado, fazem os planos mais estapafúrdios para dar um balão nas famílias e ficarem juntos. Dá tudo errado, claro.
Sonho de uma noite de verão – Totalmente alucinógeno. Tem um duende saltitante chamado Puck, fadinhas pra todo o lado, gente com cabeça de burro, gente que não percebe que o outro tem cabeça de burro. Shakespeare ia muito com o padre de Romeu e Julieta.
Muito barulho por nada – Vai acreditar em fofoca, vai. Mas desta vez tudo acaba bem.
A tempestade – Tente entender: um sujeito está preso em uma ilha com uns espíritos mágicos e amiguinhos e em vez de usar seus poderes mágicos para sair da ilha, os usa para levar seus inimigos para lá???!!!
Os dois cavalheiros de Verona – Dois amigos se interessam pela mesma senhorita. Rola uma ciumeira brava e um fura o olho do outro. Todo mundo sabe de um babado assim na vida real e com muito mais baixaria.
O mercador de Veneza – Vingança, vingança, vingança. Por causa de uma dívida não paga um sujeito quer um pedaço do lombo do outro, literalmente. A grande questão da obra é: peça inteira ou fatiada em bifes?
A comédia de erros – Parece novela brasileira. Dois pares de gêmeos idênticos na Grécia, cada par separado do seu respectivo clone na infância. Todos acham que um é o outro e que o outro é o um. Tudo acaba bem.
As alegres comadres de Windsor – A cidade inteira, liderada pelas alegres comadres, prega uma peça em Falstaff, velho beberrão, sovina e safado que bem o merecia. Tratando-se de comédia devia ser engraçada naquela época.
Rei João, Henrique IV, Henrique V, Henrique VI, Henrique VIII, Ricardo II e Ricardo III – Primeiro, vá estudar a história da Inglaterra. A minha grande dúvida é: o que fez o Henrique VII que nem mereceu uma peça com seu nome??? (tenho que estudar história da Inglaterra).
Coriolano – O protagonista mais antipático de todos os tempos é um grande patriota e valente general. Embora deteste, despreze e odeie o povo romano. Vai entender. Morre atraiçoado. Bem-feito.
Hamlet – Todas as possíveis neuroses familiares expressas em grandes monólogos pelo pequeno príncipe maluquinho do reino da Dinamarca. E muito antes de Freud explicar qualquer coisa!
Júlio César – O homem volta das campanhas, é aclamadíssimo pelo povo, quer poder e mais poder, mas os outros poderosos não querem largar o osso. Todo mundo também conhece o final: punhaladas nos idos de março.
O rei Lear – Um velho rei já meio caduco dá tudo para as duas filhas mais velhas que são malvadas e deixa a mais nova que é boazinha sem nada. Só quando vai morrer, doente e na miséria, é que descobre que se enganou.
Macbeth – Intriga, traição, ganância, cobiça, vingança, sangue jorrando aos borbotões. E algumas bruxas para dar aquele clima sobrenatural. Uma mistura de novela mexicana e cine trash.
Otelo – Vai dar ouvidos a fofoca, vai.
Romeu e Julieta – Batidíssimo. Dois adolescentes sem juízo e com hormônios em polvorosa, ajudados por um padre drogado, fazem os planos mais estapafúrdios para dar um balão nas famílias e ficarem juntos. Dá tudo errado, claro.
Sonho de uma noite de verão – Totalmente alucinógeno. Tem um duende saltitante chamado Puck, fadinhas pra todo o lado, gente com cabeça de burro, gente que não percebe que o outro tem cabeça de burro. Shakespeare ia muito com o padre de Romeu e Julieta.
Muito barulho por nada – Vai acreditar em fofoca, vai. Mas desta vez tudo acaba bem.
A tempestade – Tente entender: um sujeito está preso em uma ilha com uns espíritos mágicos e amiguinhos e em vez de usar seus poderes mágicos para sair da ilha, os usa para levar seus inimigos para lá???!!!
Os dois cavalheiros de Verona – Dois amigos se interessam pela mesma senhorita. Rola uma ciumeira brava e um fura o olho do outro. Todo mundo sabe de um babado assim na vida real e com muito mais baixaria.
O mercador de Veneza – Vingança, vingança, vingança. Por causa de uma dívida não paga um sujeito quer um pedaço do lombo do outro, literalmente. A grande questão da obra é: peça inteira ou fatiada em bifes?
A comédia de erros – Parece novela brasileira. Dois pares de gêmeos idênticos na Grécia, cada par separado do seu respectivo clone na infância. Todos acham que um é o outro e que o outro é o um. Tudo acaba bem.
As alegres comadres de Windsor – A cidade inteira, liderada pelas alegres comadres, prega uma peça em Falstaff, velho beberrão, sovina e safado que bem o merecia. Tratando-se de comédia devia ser engraçada naquela época.
Rei João, Henrique IV, Henrique V, Henrique VI, Henrique VIII, Ricardo II e Ricardo III – Primeiro, vá estudar a história da Inglaterra. A minha grande dúvida é: o que fez o Henrique VII que nem mereceu uma peça com seu nome??? (tenho que estudar história da Inglaterra).
8 Comments:
Em Lisboa esteve em cartaz pelo menos 2 anos uma peça de teatro com o título : "As obras completas de Shaskepeare em 90 minutos". Era parecido com o teu roteiro. Os atores excelentes, os figurinos muito bons, o cenário minimalista, era de rir sem parar.
Se aparecer por estes lado do Atlantico vale a pena assistir.
Ixi! Meu conhecimento em Shakespeare é péssimo. Conheço só três das obras citadas.
Afinal não foram 2 anos foram 12!
Leiam o que copiei di blog deles:
Segunda-feira, Novembro 24, 2008
12 anos de Shakespeare!
Este enorme êxito teatral, conforme toda a crítica o confirma (e claro, todos os nossos espectadores, até mesmo aqueles foram chamados ao palco), comemora hoje 12 anos, sendo a peça com maior longevidade do teatro português.
Durante estes doze anos de representações, foi vista por cerca de 200.000 espectadores, realizou 150 digressões e conta com 1.250 representações, mas promete continuar em cena enquanto o público se divertir com o espectáculo, como tem acontecido até hoje.
Entre as diversas razões que a levaram ao sucesso está a interacção dos actores com o público e o europeísmo de Shakespeare, cuja obra não respeita fronteiras e parodiar o Romeu e Julieta é brincar com mitos que entraram no imaginário dos europeus modernos.
Escrita por Adam Long, Jess Borgeson e Daniel Singer, esta peça é uma condensação a alta velocidade, de trinta e sete obras do dramaturgo inglês, William Shakespeare, abordando as tragédias, as comédias, as peças históricas e até os sonetos.
As Obras Completas de William Shakespeare em 97 Minutos continua em cena às segundas e terças-feiras, pelas 21h00, com João Carracedo, Manuel Mendes e Simão Rubim, representando cada um inúmeras personagens, a uma velocidade estonteante.
Publicada por CTC em 15:52
Quarta-feira, Novembro 12, 2008
Maria, fiquei com muita vontade de assistir a essa peça! Quem sabe, um dia...
Ivich, eu também não conheço todas. Só li as tragédias e as comédias. As peças históricas, eu só assisti a duas no cinema: Henrique V e Ricardo III.
Mas é fácil, fácil, encontrar e baixar da internet.
beijos
Conheço quase todas, mas nao li nenhuma...hohohohoho
Aí está mais um serviço prestado pela Doutora, é por isso que eu adoro essa muié. Um guia útil aos malandros e preguiçosos (como este que vos fala), sempre agarrados à possibilidade de sobreviver ilesos (ou pouco chamuscados) a debates mais eruditos e a rodinhas mais literárias. Funciona assim: indagado se leu determinada obra do bardo, você, com um falso ar de tédio ou um esgar de cinismo, diz o resumo criado pela Doutora aos cincunstantes e imediatamente pede licença; deixa a discussão para trás perguntando "Onde é mesmo o banheiro?" ou se alguém quer mais daquele salgadinho, que está de fato uma delícia.
Nossa vida não é mole, não - como o Willian escreveu: O cansaço ronca em cima de uma pedra, enquanto a indolência acha duro o melhor travesseiro.
Assisti a uma encenação moderninha de Ricardo II, muito elogiada pelos críticos e intelectuais de teatro: cada partido político vestia um uniforme de time de futebol, o cenário era uma rede de gol e um campo sujo de papéis.
Para entender a trama era preciso saber muito bem a história inglesa daquele período: são uns tios, primos e cunhados que queriam ser rei e os outros não percebi quem era o quê a quem! Saí no meio.
Não assistam.
ou! ADOREI! haehae
vou copiar sua idéia, pode? rs
Mas com algum outro autor...
plágios a parte, Parabéns!
Abs!
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