Dia 12: Livro preferido de ficção científica
Não é um gênero que me atraia e devo dizer que li muito pouco de ficção científica na vida inteira e nem sei bem se o que li era de fato ficção científica ou apenas ficção: Crônicas Marcianas, de Ray Bradbury; Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley; O Homem Bicentenário e outros contos, de Isaac Asimov; O Vento Solar, contos de Arthur C. Clarke e vários do Michael Crichton. Tirando O Admirável Mundo Novo, nenhum deles me entusiasmou muito.
A Europa e o Japão haviam renunciado à representação na tripulação em troca de maior participação na construção de componentes da Máquina, que no entender deles seria de grande benefício econômico. Por fim ficou reservada uma cadeira para os Estados Unidos, uma para a União Soviética, uma para a China e outra para a Índia, ficando a quinta pendente. Esse resultado representou uma longa e difícil negociação multilateral, na qual foram levadas em conta a população, o poder econômico, industrial e militar, os atuais alinhamentos políticos e até um pouco da história da espécie humana.
À quinta cadeira candidataram se o Brasil e a Indonésia, com base no tamanho da população e no equilíbrio geográfico; a Suécia propôs que Ihe coubesse um papel moderador no caso de disputas políticas; o Egito, o Iraque, o Paquistão e a Arábia Saudita levantaram questões de eqüidade religiosa. Outros países sugeriram que ao menos essa quinta poltrona fosse decidida segundo critérios de mérito individual, e não de nacionalidade. Durante algum tempo, a decisão ficou em suspenso, como um curinga para uso posterior."
Mas tem o Contato, de Carl Sagan, que é capaz de salvar todo o gênero. Depois virou filme, bom filme também, com a Jodie Foster e ficou famoso. Mas desnecessário dizer que o livro é muuuuito melhor, principalmente para quem se interessa por ciência. Há mais detalhes, mais explicações, mais coerência, menos pieguice no final (que é bem diferente do final do filme).
Não é à toa que o Sagan é considerado um dos melhores divulgadores da ciência até hoje. Para mim, Dra. Ellie Arroway se tornou uma espécie de "quero ser assim quando crescer". Pesquisadora, inteligentíssima, independente, dedicada, bem-sucedida, esse é o meu alterego.
"O empreendimento era agora anunciado amplamente como uma atividade da espécie humana. O nome 'Consórcio Mundial da Mensagem' estava prestes a ser mudado para 'Consórcio Mundial da Máquina'. Os países que dispunham de um fragmento da mensagem tentavam utilizar esse fato para forcar a indicação de um dos seus cidadãos como tripulante. Os chineses haviam argumentado, sem estardalhaço, que em meados do próximo século eles seriam 1 bilhão e meio no planeta, muitos dos quais filhos únicos, devido à experiência de controle da natalidade patrocinada pelo Estado. Na vida adulta, previam, essas crianças seriam mais inteligentes e mais seguras, do ponto de vista emocional, do que as crianças de outros países., onde prevaleciam normas menos rígidas sobre as dimensões das famílias. Uma vez que dentro de 50 anos os chineses desempenhariam um papel mais destacado nos assuntos mundiais, mereciam ao menos uma das cinco cadeiras da máquina. esse argumento vinha sendo debatido em muitos países que nada tinham a ver com a Mensagem ou com a Máquina.
A Europa e o Japão haviam renunciado à representação na tripulação em troca de maior participação na construção de componentes da Máquina, que no entender deles seria de grande benefício econômico. Por fim ficou reservada uma cadeira para os Estados Unidos, uma para a União Soviética, uma para a China e outra para a Índia, ficando a quinta pendente. Esse resultado representou uma longa e difícil negociação multilateral, na qual foram levadas em conta a população, o poder econômico, industrial e militar, os atuais alinhamentos políticos e até um pouco da história da espécie humana.
À quinta cadeira candidataram se o Brasil e a Indonésia, com base no tamanho da população e no equilíbrio geográfico; a Suécia propôs que Ihe coubesse um papel moderador no caso de disputas políticas; o Egito, o Iraque, o Paquistão e a Arábia Saudita levantaram questões de eqüidade religiosa. Outros países sugeriram que ao menos essa quinta poltrona fosse decidida segundo critérios de mérito individual, e não de nacionalidade. Durante algum tempo, a decisão ficou em suspenso, como um curinga para uso posterior."
2 Comments:
Caramba, olha que ignorância a minha, não sabia que o livro é do Carl Sagan. Anotado!
Doutora Meg Arroway!
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