Interesse e Uakti
Há uns dias, eu estava lendo na hora do almoço um artigo muito interessante sobre a história dos escravos muçulmanos que foram trazidos para o Brasil (num resumo raso, eles foram convertidos ao cristianismo ou ao candomblé, não conseguiram manter suas raízes num ambiente tão pouco favorável ao islamismo)*.
Aí chegou alguém, leu por cima do meu ombro e ficou no maior espanto: “ué, você se interessa por isso?” Não lembro ao certo que resposta eu dei, algo como “mais ou menos”.
Mas fiquei pensando sobre o espanto da colega e não consegui lembrar de nenhum assunto dentro da esfera do conhecimento humano que não seja capaz de me interessar. Sim, eu me interesso por tudo. O cérebro dos canhotos. Literatura húngara. Religiões animistas. Geoquímica. A última fofoca do departamento.
Acho todas essas coisas irresistíveis! Infelizmente, por falta de tempo e energia, e também por inclinação pessoal e profissional, tenho que priorizar certos temas. Impossível estar por dentro de tudo.
Mas de vez em quando eu é que fico espantada com a falta de interesse e curiosidade da maioria das pessoas. Como pode alguém ouvir falar de bósons vetoriais intermediários e não ir correndo descobrir o que pode ser essa maravilha? E não, não estou sendo pedante aqui. Também acho inacreditável alguém ouvir falar de um bafão da Britney Spears e não querer saber o que aconteceu.
*não consegui achar de novo o artigo, senão eu passava a referência pros interessados.
///---///---///---///
Teve show do Uakti ontem à noite no gramado em frente à reitoria. Foi absolutamente delicioso! O repertório já é conhecido mas meu encantamento continua. São mágicos tirando sons sublimes de instrumentos inesperados. Sensação de estar num sonho bom.
Há muito tempo que eu não me sentava no chão ao ar livre, no meio da estudantada, para ouvir boa música e curtir uma noite tão gostosa. Adorei, me fez muito bem!
Aí chegou alguém, leu por cima do meu ombro e ficou no maior espanto: “ué, você se interessa por isso?” Não lembro ao certo que resposta eu dei, algo como “mais ou menos”.
Mas fiquei pensando sobre o espanto da colega e não consegui lembrar de nenhum assunto dentro da esfera do conhecimento humano que não seja capaz de me interessar. Sim, eu me interesso por tudo. O cérebro dos canhotos. Literatura húngara. Religiões animistas. Geoquímica. A última fofoca do departamento.
Acho todas essas coisas irresistíveis! Infelizmente, por falta de tempo e energia, e também por inclinação pessoal e profissional, tenho que priorizar certos temas. Impossível estar por dentro de tudo.
Mas de vez em quando eu é que fico espantada com a falta de interesse e curiosidade da maioria das pessoas. Como pode alguém ouvir falar de bósons vetoriais intermediários e não ir correndo descobrir o que pode ser essa maravilha? E não, não estou sendo pedante aqui. Também acho inacreditável alguém ouvir falar de um bafão da Britney Spears e não querer saber o que aconteceu.
*não consegui achar de novo o artigo, senão eu passava a referência pros interessados.
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Teve show do Uakti ontem à noite no gramado em frente à reitoria. Foi absolutamente delicioso! O repertório já é conhecido mas meu encantamento continua. São mágicos tirando sons sublimes de instrumentos inesperados. Sensação de estar num sonho bom.
Há muito tempo que eu não me sentava no chão ao ar livre, no meio da estudantada, para ouvir boa música e curtir uma noite tão gostosa. Adorei, me fez muito bem!
1 Comments:
Entendo perfeitamente o que você falou. A princípio, todos os assuntos me são interessantes (aliás, todas as pessoas são interessantes - pessoas são histórias). Depois, minha preguiça trata de estragar tudo, sobrepujando a disposição inicial.
Abraço,
rubão
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