Desatualizado
Vejam vocês:
nos últimos dois meses coletei material de 25 pontos de amostragem espalhados por Minas Gerais afora. Em cada ponto eu coleto uma amostra em triplicata, ou seja, é como se fossem três amostras. Em cada amostra, eu estou encontrando uma média de 500 organismos (larvas de inseto, moluscos, minhocas, microcrustáceos) que eu tenho que contar, medir, pesar e identificar a que espécie pertence. Isso pra não falar de três malditos pontos outliners que vieram com mais de 50.000 indivíduos, felizmente, para mim, de apenas duas espécies.
Em outubro começam as coletas tudo de novo, o que significa que, se eu não der conta de processar todas as amostras até fins de setembro, elas vão começar a se acumular com as novas que vão chegar e eu vou entrar em desespero com o volume de trabalho.
É por isso que quando fecho os olhos à noite, tudo o que vejo são animaizinhos minúsculos flutuando numa placa de Petri, dentro do campo iluminado de um microscópio estereoscópio.
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Ser mãe de uma criança em idade escolar significa ter bolhas permanentes no indicador e polegar da mão direita, de tanto apontar lápis.