Mesa de Bar

Lugar pra se falar sobre tudo e sobre o nada.

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Local: Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil

Sóbria, a maior parte do tempo. Na mesa de um bar me torno mais corajosa, mais sensível, mais emotiva, mais generosa. No bar e com umas cervejas a mais, as dúvidas se dissipam, as certezas afloram, as tristezas caem fora e a alegria reina. Sim, na mesa de um bar eu sou uma pessoa melhor do que fora dela.

segunda-feira, dezembro 29, 2008

Que venha 2009!

  1. O espumante está na geladeira e as flûtes no aparador
  2. Nozes, amêndoas e castanhas a postos (assim como o meu recentíssimo quebra-nozes ainda não estreado, nunca mais vou passar vergonha quebrando nozes com martelo de bater bife!).
  3. Roupa branca, calcinha nova, sandália altíssima: confere
  4. Salão já marcado pra véspera
  5. Música selecionada

Pode vir, Ano Novo!

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Alguém quer lindos filhotinhos de hamster?

terça-feira, dezembro 23, 2008

Feliz Jingle Bells!

Que o Natal de vocês seja ótimo!
Tenham todos um bom peru!

Mesmo pra quem eu não gosto, desejo de verdade que o Natal seja um dia feliz. É o mais perto de ser boazinha a que consigo chegar.

Coitados dos homens também, né?

Se seguem a moda, são admiráveis metrossexuais
Se não seguem, são machos normais

Se priorizam os filhos, são pais exemplares
Se cuidam da carreira, são pais responsáveis

Se trepam, são normais
Se não trepam, é o cansaço, a bebida, a idade (devem ter um bom motivo)

Se malham na academia, estão preocupados com a saúde
Se não malham, têm coisa mais importante em que pensar

Se falam palavrões, é aceitável
Se não falam, são bem-educados

Se choram, são sensíveis
Se não choram, auto-controlados

Se tratam da aparência, as mulheres gostam
Se não tratam, elas não se importam

Se comem bem, são bons de garfo
Se comem pouco, são contidos e moderados

Se dirige rápido, é um ás ao volante
Se dirige devagar e com cuidado, é responsável

Se trabalha muito e ganha bem, competente
Se tem um empreguinho meia-boca, é porque tem outras prioridades

Se a mulher cuida muito, felizardo
Se não cuida, independente

Se senta na frente da tv depois do trabalho, é o merecido descanso do guerreiro
Se vai ajudar a mulher, é o melhor homem do mundo!

(Resposta para o Léo)

Coitadas das mulheres

Se seguem a moda, são fúteis
Se não seguem, são barangas

Se priorizam os filhos, são profissionais frustradas
Se cuidam da carreira, são mães desnaturadas

Se dão, são put@s
Se não dão, são frescas

Se malham na academia, são cabeças-ocas
Se não malham, bundas moles

Se falam palavrões, são masculinizadas
Se não falam, complexadas

Se choram, são histéricas de TPM
Se não choram, insensíveis brutalizadas

Se tratam da aparência, burras e frívolas
Se não tratam, desleixadas

Se comem bem, compulsivas tendendo à obesidade e precisando de terapia
Se comem pouco, obsessivas tendendo à anorexia e precisando de terapia

Se dirige rápido, psicótica auto-destrutiva
Se dirige devagar e com cuidado, roda-dura

Se trabalha muito e ganha bem, muito competitiva, muito agressiva, muito ambiciosa
Se tem um empreguinho meia-boca, pouco talentosa, pouco capaz, pouco ousada

Se o marido cuida muito, submissa
Se não cuida, mal-amada

quinta-feira, dezembro 18, 2008

Insano

Mercado Central, centro da cidade, com chuva, com pressa, com duas crianças, quase véspera de natal...
Nem queiram saber o que eu passei...

terça-feira, dezembro 16, 2008

Fragmentos

Meu computador está sendo desfragmentado. A interrogação me sobe do tornozelo à testa.
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Bibi tem medo do mundo porque não entende como ele funciona. Então, pediu de Natal um livro "que explique tudo sobre todas as coisas importantes do mundo".
Será que a Enciclopédia Britânica é um presente adequado para quem tem só cinco anos? E será que explica o que ela realmente quer saber?
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Na sala, dançamos todo o High School Musical III. Na maior animação, fazendo coreografias, passinhos cadenciados. Janelas abertas, luzes acesas, a vizinhança admirada da nossa festa particular em plena noite de semana.
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Laura me pede pra colocá-la em uma aula de dança, mas não balé. Tem que ser street dance.
Bibi me pede um curso de DJ, "mas dj de hip-hop, tá mãe?"

Já é, bro.
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Não me perguntem pelo trabalho. Atarantada é pouco neste fim de semestre.
Tenho trabalho de campo até o dia 22/12.
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Comentando os acontecimentos recentes:
- que pena o jornalista ter errado a sapatada no Bush.
- que sorte a da Susana V, não?
(hoje, eu estou má)
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Não bastasse a chuva e o caos que ela provoca no já difícil trânsito de BH, a Tota-Tola fez um comboio de cinco ou seis caminhões e igual número de vans com o Papai Noel pelas ruas da cidade, escoltado ainda por várias viaturas policiais. Tá certo, nesta cidade não tem bandido, a polícia não tem mais o que fazer além de escoltar veículos particulares de grandes empresas...
E foi bem no horário do rush, bem no meu caminho de volta a casa. Engarrafamento dusinfernus.

O bom velhinho me acenou quando o ultrapassei. Exerci o máximo auto-controle pra não lhe mostrar o dedo feio.

Detesto Papai Noel, velho embusteiro duma figa.
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Caso Pluvioso (C.D. de Andrade)

A chuva me irritava. Até que um dia
descobri que maria é que chovia.

A chuva era maria. E cada pingo
de maria ensopava o meu domingo.

E meus ossos molhados, me deixava
como terra que a chuva lavra e lava.

E eu era todo barro, sem verdura...
maria, chuvosíssima criatura!

Ela chovia em mim, em cada gesto,
pensamento, desejo, sono e o resto.

Era chuva fininha e chuva grossa,
matinal e noturna, ativa... Nossa!

Não me chovas, maria, mais que o justo
chuvisco de um momento, apenas susto.

Não me inundes de teu líquido plasma,
não sejas tão aquático fantasma!

Eu lhe dizia - em vão - pois que maria
quanto mais eu rogava, mais chovia.

E chuveirando atroz em meu caminho,
o deixava banhado em triste vinho,

que não aquece, pois água de chuva
mosto é de cinza, não de boa uva.

Chuvadeira maria, chuvadonha,
chuvinhenta, chuvil, pluvimedonha!

Eu lhe gritava: pára! e ela, chovendo,
poços d'água gelada ia tecendo.

Choveu tanto maria em minha casa
que a correnteza forte criou asa

e um rio se formou, ou mar, não sei,
sei apenas que nele me afundei.

E quanto mais as ondas me levavam,
as fontes de maria mais chuvavam,

de sorte que com pouco, e sem recurso,
as coisas se lançaram no seu curso,

e era o mundo molhado e sovertido
sob aquele sinistro e atro chuvido.

Os seres mais estranhos se juntando
na mesma aquosa pasta iam clamando

contra essa chuva, estúpida e mortal
catarata (jamais houve outra igual).

Anti-petendam cânticos se ouviram.
Que nada! As cordas d'água mais deliram,

e maria, torneira desatada,
mais se dilata em sua chuvarada.

Os navios soçobram. Continentes
já submergem com todos os viventes,

e maria chovendo. Eis que a essa altura,
delida e fluida a humana enfibratura,

e a terra não sofrendo tal chuvência,
comoveu-se a Divina Providência,

e Deus, piedoso e enérgico, bradou
Não chove mais, maria! - e ela parou.

quinta-feira, dezembro 11, 2008

A Obra (quase) Completa de Shakespeare em cinco minutos

Antônio e Cleópatra – Todo mundo conhece. A alpinista político-social casa com Júlio César, depois com Marco Antônio e morre picada de cobra. A grande questão é: cobra pica cobra?

Coriolano – O protagonista mais antipático de todos os tempos é um grande patriota e valente general. Embora deteste, despreze e odeie o povo romano. Vai entender. Morre atraiçoado. Bem-feito.

Hamlet – Todas as possíveis neuroses familiares expressas em grandes monólogos pelo pequeno príncipe maluquinho do reino da Dinamarca. E muito antes de Freud explicar qualquer coisa!

Júlio César – O homem volta das campanhas, é aclamadíssimo pelo povo, quer poder e mais poder, mas os outros poderosos não querem largar o osso. Todo mundo também conhece o final: punhaladas nos idos de março.

O rei Lear – Um velho rei já meio caduco dá tudo para as duas filhas mais velhas que são malvadas e deixa a mais nova que é boazinha sem nada. Só quando vai morrer, doente e na miséria, é que descobre que se enganou.

Macbeth – Intriga, traição, ganância, cobiça, vingança, sangue jorrando aos borbotões. E algumas bruxas para dar aquele clima sobrenatural. Uma mistura de novela mexicana e cine trash.

Otelo – Vai dar ouvidos a fofoca, vai.

Romeu e Julieta – Batidíssimo. Dois adolescentes sem juízo e com hormônios em polvorosa, ajudados por um padre drogado, fazem os planos mais estapafúrdios para dar um balão nas famílias e ficarem juntos. Dá tudo errado, claro.

Sonho de uma noite de verão – Totalmente alucinógeno. Tem um duende saltitante chamado Puck, fadinhas pra todo o lado, gente com cabeça de burro, gente que não percebe que o outro tem cabeça de burro. Shakespeare ia muito com o padre de Romeu e Julieta.

Muito barulho por nada – Vai acreditar em fofoca, vai. Mas desta vez tudo acaba bem.

A tempestade – Tente entender: um sujeito está preso em uma ilha com uns espíritos mágicos e amiguinhos e em vez de usar seus poderes mágicos para sair da ilha, os usa para levar seus inimigos para lá???!!!

Os dois cavalheiros de Verona – Dois amigos se interessam pela mesma senhorita. Rola uma ciumeira brava e um fura o olho do outro. Todo mundo sabe de um babado assim na vida real e com muito mais baixaria.

O mercador de Veneza – Vingança, vingança, vingança. Por causa de uma dívida não paga um sujeito quer um pedaço do lombo do outro, literalmente. A grande questão da obra é: peça inteira ou fatiada em bifes?

A comédia de erros – Parece novela brasileira. Dois pares de gêmeos idênticos na Grécia, cada par separado do seu respectivo clone na infância. Todos acham que um é o outro e que o outro é o um. Tudo acaba bem.

As alegres comadres de Windsor – A cidade inteira, liderada pelas alegres comadres, prega uma peça em Falstaff, velho beberrão, sovina e safado que bem o merecia. Tratando-se de comédia devia ser engraçada naquela época.

Rei João, Henrique IV, Henrique V, Henrique VI, Henrique VIII, Ricardo II e Ricardo III – Primeiro, vá estudar a história da Inglaterra. A minha grande dúvida é: o que fez o Henrique VII que nem mereceu uma peça com seu nome??? (tenho que estudar história da Inglaterra).

terça-feira, dezembro 09, 2008

Então é Natal...

Natal chegando. Todos os homens e mulheres, mesmo os de mais boa vontade, começam a sentir comichões consumistas, volúpias gastronômicas e crises de consciência. Porque vamos dar e ganhar presentes, vamos comer bem, vamos estar ao lado de gente boa e, se formos mesmo seres de boa vontade, tal qual a bíblia define seres de boa vontade, não vamos conseguir esquecer quem não vai ter presentes, quem não vai ter panetone, quem não vai ter festa.

Então, para apaziguar um pouco a consciência de quem, como eu, tem tudo o que realmente importa e sente-se mal por saber que há quem não tenha nada do que é imprescindível, aqui vão duas dicas de boas ações possíveis:

-Papai Noel dos Correios. Você tem até o dia 16/12 para escolher, na Central dos Correios da sua cidade, uma carta de uma criança carente, comprar o presente que ela pede e enviar. O envio é gratuito. Laurinha e Bibi escolheram presentear duas menininhas que pedem bonecas que falam.

-Defesa Civil de Santa Catarina. Você nem precisa ir de um banco para outro para fazer sua doação e ajudar as vítimas das enchentes e desabamentos. A Defesa Civil tem conta em quase todos os bancos, é só fazer a transferência na quantia que você quiser/puder. Sabe lá o que é passar o Natal sem nada? Entra lá na página oficial e ajude.

quinta-feira, dezembro 04, 2008

Feliz Natal da Família Elfo!

Send your own ElfYourself eCards

quarta-feira, dezembro 03, 2008

O pior do mau-humor

Ontem, ao fim do dia, eu estava com um mau-humor terrível, no meu melhor estilo Ogra. Culpei o calor e o cansaço. Quase na hora de ir dormir é que me dei conta que, no meio da correria de múltiplas reuniões e afazeres, tinha esquecido de almoçar. Pudera estar mal-humorada, passei o dia inteiro só com o café da manhã.

Uma pessoa com fome é uma pessoa perigosa.

Acreditam que eu nem tinha percebido que estava desesperada de fome? Tal eram a tensão e a preocupação.

segunda-feira, dezembro 01, 2008

Meu trabalho é feito disto:

Uma expedição limnológica é feita de:

Muita tralha e algumas pessoas


Uma van lotada

Incoerências pela estrada

Lixo e até carcaças nas águas

Intervenções mal-feitas

Trabalho duro, mas sem perder o humor

Alguns belos cenários

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Pesquisadores, principalmente da área ambiental, não estão acostumados a ser bem-tratados por parte de grandes empresas. Então, quando nos oferecem um banho de espuma diva style de cortesia no spa do balneário, a gente se esbalda.

Água quente direto da fonte, a temperatura ideal, sais de banho, espuma cremosa e perfumada e uma banheira maior que a minha sala! Meia hora de puro prazer e delícia!!! Descobri que eu quero, eu preciso, eu tenho que ter isso todos os dias.


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Eu lido diretamente com a iniciativa privada e diferentes esferas do poder público. E dá um desânimo tão grande constatar que a questão ambiental ainda é somente um discurso vazio para entreter o populacho. Vontade de mandar minha profissão às favas e ir fazer outra coisa, sei lá, abrir uma carrocinha de cachorro-quente.
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A cidade

Era o que eu já esperava de uma cidade do Circuito das Águas. Bonita, limpinha, arrumadinha, organizadinha, cheia de velhinhas de caneca na mão bebendo águas diretamente das várias fontes. Mas, tirando beber água mineral (nunca bebi tanta água na minha vida), freqüentar o balneário (banho, massagem e tal, tudo caro) e fazer alguns passeios meio óbvios (charrete, trenzinho e uma maria-fumaça), não há mais nada pra se fazer além de dormir e descansar. Coisa para terceira idade mesmo. Mas, de qualquer forma, me deu vontade de voltar lá um dia a passeio. Quem sabe quando me aposentar?
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Na volta, Bibi me brindou com estes versos, que eu achei muito bons pra quem tem só cinco anos:

“Será que você sente o sentimento da chuva?
Será que você sente o sentimento da nuvem?
Será que você sente o mesmo que eu sinto no vento?”

Fiquei até na dúvida se foi ela mesma que fez ou se é de alguma musiquinha que aprendeu na escola.
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E nossa casinha já está preparada para o Natal, presépio e árvore feitos a oito mãos.




Difícil achar uma árvore de Natal natural em BH. Poucas e caras. Tive que ir a umas cinco floriculturas. Numa delas queriam me vender umas tuias minúsculas e amareladas por 55 reais. Fica a dica, as melhores eu achei na Floricultura do Uriel: no São Bento, rua Kepler.