Mesa de Bar

Lugar pra se falar sobre tudo e sobre o nada.

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Local: Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil

Sóbria, a maior parte do tempo. Na mesa de um bar me torno mais corajosa, mais sensível, mais emotiva, mais generosa. No bar e com umas cervejas a mais, as dúvidas se dissipam, as certezas afloram, as tristezas caem fora e a alegria reina. Sim, na mesa de um bar eu sou uma pessoa melhor do que fora dela.

sexta-feira, setembro 28, 2007

Jequitinhonha adentro

Eu vou pro vale do Jequitinho-nha, trá-lá-lá-lá-lá-á
E vocês não vão-ão, trá-lá-lá-lá-lá-á

Acompanhem num mapa aí o meu roteiro:
BH-Diamantina-Virgem da Lapa-Araçuaí- Almenara-Salto da Divisa-BH

O lance é que não vou ficar nas cidades, tenho que ir pelas estradinhas de terra, procurando áreas de mineração e garimpo. Tá bom de aventura pra vcs? Pelas minhas estimativas, vamos rodar uns 2000 km, numa das regiões mais interessantes de MG! Estou louquinha pra ir.
Queria só ter mais tempo para poder turistar um pouco em Diamantina e em Araçuaí e conhecer de perto o artesanato de lá, que eu acho maravilhoso.
Até a volta.

quinta-feira, setembro 27, 2007

Fracasso

O cortador de unhas foi um fiasco.
Só consegui cortar uma única unha do Miú e quase perdi a mão direita nisso.

quarta-feira, setembro 26, 2007

Aha!

Descobri que existem cortadores de unhas especiais para gatos!
Vou hoje mesmo numa petshop. Miú que me aguarde.

terça-feira, setembro 25, 2007

2 perguntinhas básicas

Como é que se faz um gato engolir um comprimido?

ou

Onde eu compro uma armadura?

segunda-feira, setembro 24, 2007

O golpe do pensamento

No domingo foi a Bibi quem veio me acordar bem cedinho. Tentei aplicar nela o mesmo golpe do pensamento do outro dia:
-Querida, deixa a mamãe dormir mais um pouquinho. Deixa eu só terminar um pensamento.
-Não, mamãe. Levanta e traz seu pensamento com você.

By Bernardo Gouveia



Detalhes:



sábado, setembro 22, 2007

Heavy Metal

Um colega, amante do heavy metal, afirmou que não curte muito crianças, na verdade mal suporta sua proximidade. Direito dele, claro. Não vou discutir em cima do gosto pessoal de ninguém.
Mas fiquei com vontade de argumentar que não existe nada mais pauleira do que criancinhas pequenas. Elas conseguem berrar e espernear a noite inteira sem parar, fazem um ruído ensurdecedor, acordam e incomodam a vizinhança, colocam na boca coisas que fariam Ozzy Osb*urne vomitar, não têm hábitos de higiene formados, exprimem-se por sons guturais, não dão a mínima para convenções sociais, frequentemente são hostis a terceiros. Achei que podia rolar uma identificação.

huum, já sei, deve ser por isso mesmo. Criancinhas são punk demais para metaleiros.

sexta-feira, setembro 21, 2007

Esparsos

Dizer que tenho um gato é apenas um modo de expressão. O gato é que me tem. Virei uma serva gentil que lhe traz comida nas horas em que ele assim o exige. Sou obrigada a dar colo e afago quando lhe dá na telha e ai de mim se não o fizer. Vinte navalhas afiadas, embutidas em pezinhos macios, estão ali para me mostrar quem manda. Além de meu dono, Miú agora também é proprietário de todas as minhas coisas. Deita-se sobre as minhas roupas, sapatos, mochila, bolsa e defende suas pretensas posses com toda a ferocidade. Agora mesmo, ele me observa com implacáveis olhos amarelos que deixam claro que está apenas me permitindo uma breve pausa de distração no seu computador, mas que logo virá me tirar do teclado para então ele sim escrever algo que preste.
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Correndo o risco de desagradar a gregos e troianos, de perder o respeito e amizade de muitos, de ter minha capacidade intelectual e bom gosto literário postos em dúvida, eu preciso confessar: acho a Clarice Linspector uma chata.
Terminar “Perto do coração selvagem” foi um sacrifício, ainda mais considerando que tinha ao lado “O primeiro homem” do Camus e esse me agrada muitíssimo.
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Dos poucos estados alterados de consciência que já experimentei, os melhores são o sono, a paixão e a alegria. Não necessariamente nessa ordem.
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Então a correspondência pessoal de Madre Teresa de Calcutá vai ser publicada e a grande revelação é que ela, até o fim da vida, pôs em dúvida a existência de Deus.
Fiquei pasma, ela dedicou a vida inteirinha a uma ordem religiosa sem sequer contar com o auxílio de uma fé inabalável. Essa mulher gostava realmente era dos seres humanos. Impressionante.
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Não entendi o espanto em que todos ficaram com a absolvição do senador bandido.
Alguém esperava coisa diferente dessa corja?
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Pronto, Miú já veio reclamar o que lhe é de direito. Tchau.

Respondendo à Lê

1. Meu nome é Maria Margarida. No início da adolescência algumas colegas passaram a me chamar de Meg, por causa de uma personagem de “Little Women”, embora eu me identificasse muito mais com a Jô. O apelido pegou.

2. Fui para a escola com 5/6 anos. E nunca mais saí.

3. Sempre soube que queria ser cientista. A Biologia era uma entre várias possibilidades e me atraiu por seus diferentes desafios. Minha carreira está se aproximando do que eu quero que ela seja.

4. Eu sempre quis ser mãe. Desde a mais tenra infância eu pensava em mim como uma adulta com filhos. Queria ter filhos homens, mas veio primeiro uma menina e eu gostei tanto de ser mãe de menina que quis muito que a segunda também fosse. E foi!

5. Eu tenho uma memória seletiva. Lembro certas coisas em detalhes mínimos e outras, nada. Não consigo lembrar das dores do parto, por exemplo. Lembro de estar gritando e chorando na cama do hospital, mas não consigo reconstituir a sensação da dor das contrações, embora seja capaz de o fazer com a dor do dente de siso arrancado, do apêndice inflamado, da clavícula quebrada.

6. Quando criança era muito mais ligada à minha mãe que ao meu pai. Na adolescência me afastei dos dois. Ao entrar na faculdade me reaproximei aos poucos dos dois e hoje são meus amigos muito queridos. Adoro a companhia de ambos!

7. Amo a internet! Uma parte não desprezível da minha vida social utiliza esse meio para dar início às conexões reais. Aliás, tenho que me policiar para não passar tempo demais por aqui.

quinta-feira, setembro 20, 2007

Pronto, voltei...

Aproveitem, que logo, logo, vou de novo.
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Foram 7 dias comendo apenas carboidratos. Numa mesma refeição: macarrão, arroz, feijão, batatas e farinha de mandioca. No lanche: biscoito e pão. Nada bom para a minha silhueta de sílfide. Isso que dá deixar as compras sob a (ir)responsabilidade de alunos.
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Tudo bem dividir o quarto com um morcego, o banheiro com uma perereca, o sangue com os mosquitos. Ruim foi só as formigas terem atacado a nossa já pouca comida.
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Contabilizando tudo, no fundo das lagoas do Parque do Rio Doce já perdemos um disco de Secchi, uma garrafa de van Dorn, uma rede de amostragem de zoobentos. Desta vez deixamos lá uma mangueira de 10 metros e por pouco não se foi também a bomba de sucção.
O que dirão os arqueólogos do futuro quando, daqui a 10 mil anos, encontrarem esses estranhos artefatos?
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No progressista distrito de Baixa Verde, que conta no máximo umas 3.000 almas, já existe uma lan house. E a molecada, que antes eu via jogando bola na praça ou pedalando pelas ruas, agora se aglomera na porta da lojinha, viciados em games cretinos. Blergh.
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É Bessie Smith quem me aconselha:

"There ain't nothing I can do, or nothing I can say
That folks don't criticize me
But I'm goin' to do just as I want to anyway
And don't care if they all despise me

If I should take a notion
To jump into the ocean'
T ain't nobody's bizness if I do, do, do do"

terça-feira, setembro 18, 2007

Presbiope

Se você, tal como eu,
está se aproximando perigosamente da casa dos "enta", da qual raramente se sai;
ainda não precisa, mas já está se preparando psicologicamente para encarar lentes multifocais;
não se encaixa bem com a galerinha mais chóvem, que conversa aquilo que você já discutiu à exaustão;
não se enquadra totalmente com a turma de coroas, que tem preguiça e não vai mais para a balada;
já tem um bocado de certezas, mas cada vez mais dúvidas,

então você vai se identificar com isso aqui.
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Eu cheguei, mas ainda não cheguei totalmente. Tô chegando aos poucos.

quarta-feira, setembro 05, 2007

Até a volta!



Miú, exibindo sua vida de nababo.



Bibi, exibindo seus irresistíveis olhos verdes!



Laurinha, exibindo a "janelinha" mais charmosa do mundo!

Mais viagem

Vida de mulher independente, liberada e emancipada é assim: sempre na correria.
Fiquei sabendo hoje que vou viajar a trabalho na semana que vem, de segunda a segunda. Como nesta sexta vou viajar para passar o feriado em família e tenho apenas amanhã para resolver um monte de pendências e fazer um monte de preparos, o blog vai entrar em recesso.
Mas estou animadíssima! Uma semana inteirinha no Parque do Rio Doce, meu segundo lar! OBA!!!!

Inté procês

segunda-feira, setembro 03, 2007

A coroa desquitada

Dia desses ouvi uma figura se referir, de modo pejorativo e desdenhoso, às mulheres na minha situação como “essas coroas desquitadas...”. Fiz que não era comigo e deixei passar em branco. Mas confesso que fiquei triste.
Triste não por mim, que tenho orgulho de ser quem sou e levar a vida que levo. Não vejo nada de errado em ser coroa; afinal aproveitei tudo da infância, adolescentei o suficiente para várias existências, fui uma jovem adulta com muita satisfação até onde deu e venho me aproximando da meia-idade sem ressentimentos contra o tempo. Nem acho que depõe contra mim o estar separada. Pelo contrário, penso que enfrentei como devia os reveses que o casamento me trouxe e me sinto corajosa ao lembrar como mandei para o espaço um estilo de vida (pra não dizer um marido) que só me fazia infeliz, mesmo estando à época desempregada e com duas filhas pequenas. Muitas não o fariam e engoliriam sapos pelo resto da vida.
O que me entristeceu foi ver como, em pleno séc XXI, há preconceito sobre as mulheres que levam a vida sozinhas, sem um homem ao lado. Principalmente quando o preconceito vem de outra mulher e jovem ainda (31-32 anos). Encarar a estupidez humana sempre me deixa pesarosa.
Eu não sou uma pessoa elevada e, por momentos, minha língua coçou para dizer alguma coisa sobre “essas solteironas mal-comidas”; uma vez que a moça em questão ainda não casou, está há tempos sem namorado e, segundo ela mesma afirmou, há mais de um ano sem dar umazinha. Mas me segurei para não cair em contradição. Pois também não acho nada demais alguém decidir viver sólo (aliás, pode ser uma decisão muito sábia) e nem vejo porque ser mal/bem comida deva influenciar o mau/bom caráter de alguém.
Enfim, foi só uma pessoinha péssima, com idéias retrógradas, que me deixou momentaneamente triste. Por ela.