Mesa de Bar

Lugar pra se falar sobre tudo e sobre o nada.

Minha foto
Nome:
Local: Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil

Sóbria, a maior parte do tempo. Na mesa de um bar me torno mais corajosa, mais sensível, mais emotiva, mais generosa. No bar e com umas cervejas a mais, as dúvidas se dissipam, as certezas afloram, as tristezas caem fora e a alegria reina. Sim, na mesa de um bar eu sou uma pessoa melhor do que fora dela.

sexta-feira, novembro 30, 2007

E é por isso que a gente sofre...

"A sociedade contemporânea, regida acima de tudo por leis de mercado que disseminam imperativos de bem estar, prazer e satisfação imediata de todos os desejos, só reconhece o amor e a realização sexual como fundamentos legítimos das uniões conjugais. A liberdade de escolha que esta mudança moral proporciona, a possibilidade (real) de se tentar corrigir um sem número de vezes o próprio destino, cobram seu preço em desamparo e mal estar. O desamparo se faz sentir porque a família deixou de ser uma sólida instituição para se transformar num agrupamento circunstancial e precário, regido pela lei menos confiável entre os humanos: a lei dos afetos e dos impulsos sexuais. O mal estar vem da dívida que nos cobramos ao comparar a família que conseguimos improvisar com a família que nos ofereceram nossos pais. Ou com a família que nossos avós ofereceram a seus filhos. Ou com o ideal de família que nossos avós herdaram das gerações anteriores, que não necessariamente o realizaram. Até onde teremos de recuar no tempo para encontrar a família ideal com a qual comparamos as nossas?
...
A família tentacular contemporânea, menos endogâmica e mais arejada que a família estável no padrão oitocentista, traz em seu desenho irregular as marcas de sonhos frustrados, projetos abandonados e retomados, esperanças de felicidade das quais os filhos, se tiverem sorte, continuam a ser portadores. Pois cada filho de um casal separado é a memória viva do momento em que aquele amor fazia sentido, em que aquele par apostou, na falta de um padrão que corresponda às novas composições familiares, na construção de um futuro o mais parecido possível com os ideais da família do passado."

Dica ótima da Dani. Leia o texto inteiro aqui. É pra dar esperança.

quinta-feira, novembro 29, 2007

Dia-a-dia

Anteontem teve a entrevista.
Ontem fui dar uma palestra numa universidade particular.
Hoje tem reunião interna para discutir o andamento dos projetos.
Amanhã participo de uma banca de doutorado (estão chovendo convites para banca, começo a desconfiar que peguei fama de "boazinha").

ADORO essa vida!!!

terça-feira, novembro 27, 2007

Te vi na TV

Assistam hoje ao jornal do meio dia da RedeMinas. Fui convidada por uma equipe de reportagem e deve aparecer lá uma entrevista comigo, comentando a situação ambiental da lagoa da Pampulha.
Meus 15 segundos de fama, hahahaha.
///---///---///---///

Mas a boa notícia do dia é que o meu cartunista favorito está de volta ao seu blog, mostrando suas charges já publicadas na imprensa. Não deixem de ir !
///---///---///---///

Outra boa notícia é que, enfim, terminei as viagens de trabalho deste ano e já consegui triar todas as amostras coletadas até agora.
Nenhuma pendência para o ano que vem! Sou uma mulher livre!

sexta-feira, novembro 23, 2007

Pequena menina grande

E lá foi ela, minha pequena menina grande, rumo à maior aventura da sua vida até agora: dormir a primeira noite fora de casa, sem pai nem mãe nem vovó nem vovô. Foi passar a primeira noite sozinha, sem a família, acampada com a turma na escola. Esta noite é a Festa do Pijama da sua série, noite pela qual Laurinha ansiava e da qual há dias não parava de falar. E eu, mãe pró-autonomia, estava curtindo junto: fiz questão de comprar uma lanterna nova pra ela e um saco de dormir bem quentinho.
E a minha menina entrou na escola pulando e gritando "aha, uhu, a noite é nossa!" Eu e Bibi vibramos com ela e cantamos também, mas fomos embora com a sensação de um trio desfalcado. Bibi reclamou de saudades da irmã na hora de ir pra cama e combinamos de dormir juntinhas esta noite.
Eu tô assim: feliz por ela já ser tão grande e estar se divertindo muito com a caça ao tesouro e a guerra de travesseiros e com uma vontadezinha de chorar por ela já não ser tão pequena e não mais tão minha.

Plenitude

Enquanto eu contava o número de cerdas prementais do labium de uma Cordulegaster é que me dei conta de que viver a vida em plenitude é isso: experimentar tanto os píncaros da glória quanto conhecer o fundo do poço. Entremeando ambos com momentos mais-ou-menos-tudo-bem.
E cheguei à profunda e verdadeira conclusão que preciso me concentrar mais no trabalho.

"píncaros da glória", nunca me imaginei usando essa expressão.

quinta-feira, novembro 22, 2007

Cartola e Musicoterapia Escatológica

Tive um sonho muito interessante:
eu estava trabalhando, fazendo minhas atividades usuais, mexendo no computador, falando com as pessoas e tal, mas usando uma cartola!!! Uma cartola alta, preta, lustrosa!
E eu não me sentia nem um pouco constrangida ou envergonhada, pelo contrário, a sensação do sonho era muito boa.
Fiquei pensando em possíveis significados. A cartola me parece um símbolo evidente do poder masculino, já que é (ou era) usada por homens ricos, bem-sucedidos ou aristocratas. Será que ando me sentindo muito "macha" e poderosa? Será que é essa a impressão que eu tento, inconscientemente, passar para as pessoas?
Vocês me vêem assim, de cartola na cabeça?
///---///---///---///

Certa feita entrei naquela loja de Cds alternativos. Muita world music, new age e coisas esquisitas em geral, tipo: som de fogo crepitando na lareira, barulho de onda do mar quebrando na praia e quetais.
Mas o que mais me chamou a atenção foi um estante com CDs "terapêuticos". Tinha para cardíacos (música tranquilinha, imaginei), insones (canções de ninar?) e para... constipação intestinal!
Peraí, música para prisão de ventre?! Que tipo de som será que estimula alguém a fazer cocô? Barulho de pum, descarga de vaso sanitário? Fiquei curiosíssima, mas não comprei o tal disco, tanto por não precisar quanto por ser meio caro.
Sempre lembro disso quando vejo aquelas propagandas de iogurte que prometem regularizar a função intestinal. Imagina, vc toma o iogurte escutando a musiquinha terapêutica e tem que correr pro banheiro, um verdadeiro laxante!

terça-feira, novembro 20, 2007

Doce regresso

Ficar perdido, rodando em estrada de terra deserta e poeirenta num belo dia de sol é até charmoso. mas ficar perdido numa cidade grande, suja, barulhenta e poluída, com um trânsito infernal e debaixo de chuva é uó.

E estou gostando desse negócio de ter motorista à disposição.
Abrem a porta, fecham a porta, carregam a bagagem, "a senhora quer parar?", "a senhora já quer ir?" Um luxo, não fosse a lama em que eu fico. Olhem, é fácil se acostumar com vida de madame, viu?

Trabalhar debaixo de chuva, subindo e descendo barrancas molhadas, esgorregadias e enlameadas, eu tiro de letra. O que acaba comigo é a falta de banheiro no meio do mato.

Antes da viagem assisti um showzinho de uma banda de cuyo nombre no quiero (nem consigo) acordarme, mas que bem poderia se chamar "Bouquet de Emos". A música era legal, mas o que eu queria ouvir mesmo era o segredo daquelas franjinhas lisinhas. Aquilo não armava, não encolhia, não emaranhava nem com a chuva nem com o suor. Será escova progressiva? escova-chocolate? Quero pra mim também!

quarta-feira, novembro 14, 2007

Bolsa

Conseguimos uma bolsa de iniciação científica para o projeto.
Oba! Vou ter uma escrav... ops, uma estagiária

segunda-feira, novembro 12, 2007

Dever cumprido

Hoje foram quatro amostras triadas, duas reuniões, uma defesa de dissertação.
E são só 16:00 h! Sensação de dever cumprido, já posso ir pra casa.

sexta-feira, novembro 09, 2007

Frase da Semana

"Imorais são todos aqueles que estão se divertindo muito mais que a gente."
Mencken

///---///---///---///

Preciso de uma dama-de-companhia para a próxima viagem, no próximo feriadão. Nenhum dos estudantes/estagiários pode ir, todo mundo tem prova, seminário, o escambau neste final de semestre. Alguém aí se habilita?

quinta-feira, novembro 08, 2007

Segundo lugar em buscas









O segundo assunto que mais traz gente a este blog via google é:
"desenho de coração partido"
Para manter a clientela satisfeita, mesmo a eventual, fiz minha própria busca e deixo aqui à disposição de quem quiser.
Interessante de ser notado é que ninguém cai aqui procurando baixaria, as pesquisas são sempre mais ou menos inocentes.

terça-feira, novembro 06, 2007

Saudade de grávida

Quando eu leio a Anna V. ou a Cam Seslaf me dá uma saudade tão intensa de estar grávida...
Saudade de portar aquela barriga imensa, redonda, lisa, decorada com arabescos azuis de veias largas e intercomunicantes como rios amazônicos.
Saudade daquele umbigo saltado, apontando a frente, o futuro, o porvir; farol que guiava o globo em que meu corpo se tornava.
Saudade de ter seios fartos e voluptuosos, merecedores de terem uma Sophia L*ren atrás deles.
E de ter todos os olhares voltados para mim ao entrar em qualquer lugar e ser alvo de todos os sorrisos, gentilezas e agrados.
E de ter que responder mil vezes às mesmas perguntas "pra quando é?", "menino ou menina?", "já em nome?"
Saudade até daquela sensação esquisita dos ossos do quadril se afastando gradualmente e de alguém me cutucando as costelas pelo lado de dentro.

Mas aí eu lembro dos enjôos, das dores nas costas, das cãimbras, dos pés inchados e... acho que mesmo assim vale a pena!

Em off: a única vez em que um homem, com o qual eu não estava envolvida, me confessou ser eu a protagonista dos seus sonhos eróticos foi quando estava grávida da Laurinha.

domingo, novembro 04, 2007

Queridos, cheguei!

Detalhezinhos bobos da vida na roça que muito me agradam:

-porta que se fecha com tramela
-café na caneca esmaltada
-famílias inteiras indo se refrescar nos rios, nadando totalmente vestidos

sábado, novembro 03, 2007

Em trânsito

Da indescritivelmente quente Governador Valadares, eu vos envio meu muito saudar!

A primeira vez que aqui estive, há uns 8 anos, detestei esta cidade por causa do calor. Quase jurei que nunca mais voltava.
Hoje está tão ou mais quente do que naquele dia, mas eu estou muito satisfeita. O que um ar-condicionado no quarto do hotel não é capaz de fazer por uma pessoa, não? Vejo ao longe o pico do Ibituruna, bebo minha água de côco geladíssima, acesso a internet sem fio da cama e tudo está em paz.

Ontem , hoje e amanhã são dias de estrada e trabalho pra mim. Espero que o resto do mundo curta o feriado e fim-de-semana.

Bom de ter internet em quase qualquer pousada de quase qualquer lugarejo é que não se fica incomunicável com o blog. Por outro lado, eu fico me sentindo na obrigação de olhar email e trabalhar no computador mesmo de noite, já que estou aqui a serviço. Saco.

Outra coisa boa é ver um pouquinho de televisão e ficar espantada com o que vejo.

Uma coisa que me deixou intrigada foi num programa da gl*bo, ontem, sobre mudanças hormonais. Uma senhora reclamava que, após a menopausa, ela passou a se sentir menos vaidosa, menos interessada em sexo e no sexo oposto. Fiquei pensando que para muitas mulheres isso deve significar talvez uma libertação.

Amanhã vocês poderão me encontrar em Cuieté. Sabem onde é?
Não??? Nem eu. Vou descobrir amanhã, depois dou notícia.

Dica para quem viaja muito: na estrada, faça como os caminhoneiros. Coma nos restaurantes onde tiver muito caminhão na porta. É garantia de comida boa, farta e barata. Nada sofisticado, claro, mas tempero caseiro de qualidade. Só evite o café em restaurante de beira de estrada; por algum motivo eles gostam daquilo muito doce, um verdadeiro xarope, argh.

E precisam ver que fofo o menininho da roça, gritando na estrada de terra:
"evém, evém, evém o camião cheio de roda!"

Dois passarinhos suicidas atropelaram nosso carro em alta velocidade. Coitados.

update:
Nesta cidade não existe o conceito "tomar a fresca da tarde". Já anoiteceu e não refrescou nem um décimo de grau.
Aí, desisti de sair do quarto e pedi na copa pra me mandarem um sanduíche de frango com alface e tomate. Me trouxeram um PF com salada suficiente para engordar uma vaca, pelo menos meio galeto desossado em cima de uma tal quantidade de pão que, com certeza, exércitos já venceram campanhas com menos do que aquilo.
Comi tudinho.

quinta-feira, novembro 01, 2007

O caso do colar

As pequenas resolveram me dar um presente e fizeram um colar para mim!
Enfiaram uma argola de plástico que acharam no meio dos brinquedos num pedaço grande de fio dental e prenderam as pontas do fio com durex. Loosho!
Claro que eu agradeci muito e elogiei a iniciativa, mas o problema é que elas querem que eu use, que eu saia na rua com ele. E, sinceramente, não faz muito meu estilo andar por aí com meio metro de fio dental pendurado no pescoço...
///---///---///---///

O calor me deixa com enxaqueca, com pressão baixa, com pés inchados, sem conseguir dormir.
Ou essa canícula acaba ou vai acabar comigo. Tô um caco.